sexta-feira, 29 de março de 2013

Os Sem trabalho no Congresso: Jader Barbalho, Mário Couto (PSDB) , José Priante (PMDB), Wladimir Costa (PMDB) e Elcione Barbalho (PMDB).



Congresso em Foco

Jader Barbalho: campeão nacional de faltas no Senado

Com patrimônio declarado de R$ 240 milhões, o deputado João Lyra (PTB-AL) começou a legislatura como o parlamentar mais rico do Congresso, segundo declaração apresentada à Justiça eleitoral. Mas o usineiro alagoano terminou o seu segundo ano de mandato como um homem de negócios à beira da falência e o deputado mais ausente da Casa.
João Lyra compareceu a apenas 29 (32%) das 91 sessões destinadas a votação em 2012.
No Senado, ninguém faltou mais que Jader Barbalho (PMDB-PA). O senador que só tomou posse em dezembro de 2011, após ser beneficiado com o adiamento da vigência da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012, registrou presença em somente 69 (55%) das 126 sessões destinadas a votação ao longo de todo o ano. Os dados são de levantamento da Revista Congresso em Foco.
Além das faltas, esses parlamentares têm, pelo menos, mais duas coisas em comum. Ambos justificaram a maioria de suas ausências e, por isso, evitaram cortes nos salários. Os dois têm um longo histórico de problemas com a Justiça que parece não ter fim.
Outros paraenses na lista dos mais ausentes no Congresso são:  senador Mário Couto (PSDB) e os deputado José Priante (PMDB), Wladimir Costa (PMDB) e Elcione Barbalho (PMDB).

quarta-feira, 27 de março de 2013

Mais de 200 mil pessoas são empregados domésticos no Pará

Aproximadamente 92% deste total são mulheres

Uma das pautas mais discutidas no Senado brasileiro atualmente é a PEC do Emprego Doméstico, que visa ampliar os direitos dos trabalhadores domésticos através de emenda à Constituição. Com vistas a esta questão, o Dieese no Pará (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizou um estudo sobre a situação das pessoas que têm como ocupação o emprego doméstico no Pará e região Norte. Estudo divulgado nesta terça-feira (26), parte do Observatório do Trabalho no Pará, revela que 220.206 pessoas estão ocupadas com emprego doméstico no Estado, sendo que 91,58% delas, ou seja, 201.659 são mulheres e 8,42% (15.547 pessoas) são homens. Em todo Norte, 450.797 pessoas são empregados domésticos. Quase 92% desse número são mulheres (412.946) e 37.851 são homens (equivalente a 8,40 %). Os dados analisados pelo Dieese mostram também que mais de 80% dos empregados domésticos do Pará e região Norte trabalham sem carteira assinada. A faixa etária que mais concentra esse tipo de trabalhador na região Norte vai dos 30 aos 39 anos, onde estão ocupadas 129.738 pessoas, correspondendo a 58,92% do total de empregados domésticos ocupados. No Pará, a faixa etária com maior número de trabalhadores dessa categoria também é a mesma, com 61.374 pessoas ocupadas, correspondendo a cerca de 27,87% do total de empregados domésticos ocupados em todo o Pará. A maioria dos empregados nesta idade são mulheres, alcançando um total de 57.309 pessoas. Por outro lado, na faixa de idade de 10 a 17 anos existem 19.309 pessoas ocupadas, sendo que cerca 86% deste total (16.551 pessoas) são mulheres. Carga horária – O Dieese ainda revela que de um total de 450.797 pessoas ocupadas no trabalho doméstico no Norte, cerca de 26,23% (118.271 pessoas) trabalham com uma carga horária superior a prevista em lei, que é de 44 horas semanais. Já no Pará, dos 220.206 empregados domésticos cerca de 26,00% (56.183 pessoas) trabalham mais do que 44 horas por semana. Destes, cerca de 9,42% (5.291 pessoas) são homens e 90,58% (50.892 pessoas) são mulheres. Redação Portal ORM
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terça-feira, 26 de março de 2013

CPI do Trabalho Escravo da Câmara, termina sem definição


 
Sem acordo, CPI do Trabalho Escravo da Câmara encerra trabalhos sem relatório O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, deputado Claudio Puty (PT-PA), acusou ontem (22) os parlamentares da bancada ruralista de tentarem usar o colegiado para flexibilizar a legislação que trata do trabalho escravo. Já os ruralistas argumentam que Puty encerrou os trabalhos de forma “arbitrária” e “intransigente”.

Fonte: Amazônia Informa

Belém será sede do novo Comando Militar do Norte


Brasília - DF: A presidente Dilma Rousseff autorizou a criação do Comando Militar do Norte, que abrangerá os Estados do Pará, Maranhão e Amapá, a partir da separação do Comando Militar da Amazônia (CMA). A decisão é estratégica e faz parte do processo de expansão da presença do Estado brasileiro na linha de fronteira menos povoada no norte do País e, de uma maneira geral, no "continente" amazônico.

O novo CMN será o oitavo comando do Exército, terá sede em Belém do Pará, e ocupará uma área de cerca de 1,722 milhão de quilômetros quadrados, território correspondente a 42% do tamanho do atual Comando Militar da Amazônia.
Localizado na Amazônia Oriental, o novo comando é defendido pelos militares por ter características completamente diferentes da Amazônia Ocidental. De início, contará com dez mil homens. Mas, dentro da estratégia de ocupação da região, uma nova Brigada de Infantaria de Selva, em Macapá, a ser batizada de Brigada da Foz, será construída e irá reforçar a região com mais cerca quatro mil homens. O CMA dispõe hoje de 27 mil soldados e com a divisão passará a 17 mil, embora o deslocamento de novas unidades para a Amazônia já estejam previstas, para reforçar a área de fronteira. O Estado do Maranhão, que pertencia ao Comando Militar do Nordeste, integra agora o Comando do Norte.
Considerado prioritário pelo Exército, o Comando da Amazônia vai cuidar de 9.358 quilômetros de fronteira - ele perdeu 1.890 quilômetros para o novo comando do Norte.
Diferenças. Para demonstrar a diferença de vocação entre as áreas oriental e ocidental da região e a necessidade de dividi-las, o Exército menciona que, na ocidental, as tropas do Exército são constantemente empregadas no combate a delitos transfronteiriços como o narcotráfico, o contrabando e os crimes ambientais, dentre outros. Por isso, a preparação de seus soldados é voltada, principalmente, à vigilância das fronteiras terrestres.
Já na área Oriental da Amazônia, onde o Comando do Norte será criado, as tropas têm sido empregadas normalmente em ações de Garantia da Lei e da Ordem, com enfoque à proteção de infraestruturas estratégicas, combate à exploração ilegal de recursos naturais e conflitos sociais. O Pará, por exemplo, tem extensas áreas de garimpo onde os conflitos são constantes. O Estado possui também extensas áreas onde florestas são frequentemente devastadas. O novo comando cuidará das menos habitadas e menos problemáticas fronteiras com as três Guianas: Suriname (ex-holandesa), Guiana (inglesa) e Guiana Francesa.
A 15ª estrela. O general-de-Exército Eduardo Villas Bôas continuará à frente do Comando Militar da Amazônia, em Manaus. O general Osvaldo de Jesus Ferreira, que receberá a quarta estrela no dia 31 de março, ficará à frente do novo comando do Norte. O decreto assinado pela presidente Dilma, no dia 7 de março, abrindo as portas para a criação do comando do Norte, na verdade, apenas fixou o novo efetivo da Força Terrestre, criando mais uma vaga de general de Exército, a ser ocupada pelo novo comandante militar do Norte. Agora, o Exército que tinha 14 generais "quatro estrelas", passa a ter 15. No total, a Força passa a ter 147 oficiais-generais, com a criação de outras sete vagas, sendo duas de generais de divisão e cinco de general de brigada. O efetivo do Exército em 2013 passa a ser de 222 mil 596 homens.
Autor: Com informações agestado

 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Marina Silva faz campanha na Amazônia para conseguir 600 mil assinaturas.



Portal Amazônia  
  Rafael S. Nobre - jornalismo@portalamazonia.com
Marina Silva pretende arrecadar 600 mil assinaturas para fundar novo partido. Foto: Diego Oliveira/ Portal Amazônia.
Marina Silva pretende arrecadar 600 mil assinaturas para fundar novo partido. Foto: Diego Oliveira/ Portal Amazônia.
 
MANAUS – A ex-senadora pelo Estado do Acre e ex-ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, esteve em Manaus, neste sábado (23), onde visitou o canal Amazon Sat e o portalamazonia.com como parte da agenda pelo País para divulgar o recolhimento de assinaturas para criar um novo partido político: Rede. Ela concedeu entrevista exclusiva ao portalamazonia.com, onde falou das expectativas sobre o novo partido e disse o que espera dos amazônidas. Como a coleta de assinatura será realizada em Manaus?
Estamos fazendo um esforço para coletar 550 mil assinaturas no Brasil inteiro e, partir de agora, estamos em visita a vários estados da federação. Estive em Rio de Janeiro, São Paulo, na passada, e no Pará. Estou aqui no Amazonas. Amanhã vou para o Acre, Campo Grande, Rio Grande do Sul, Minas Gerais; o Brasil inteiro. E aqui, enfim, em Manaus, no Amazonas, a ideia é que a gente possa pedir ajuda das pessoas para que elas divulguem o nosso site: www.brasilemrede.com.br, que baixem a ficha, preencham; e vejam, no próprio site, no lugar onde os endereços mais próximos estão e enviem diretamente. É importante para a política brasileira ter um partido comprometido com a defesa do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, da ética na política. Então, é um esforço coletivo em que, em rede, buscamos fazer o debate programático para que tenhamos propostas para o Brasil e, ao mesmo tempo, a coleta das assinaturas.
São necessárias 550 mil assinaturas. Já tem um número parcial de quantas foram coletadas até agora?
Nós temos um mês de decisão de fundar o partido. Nesse um mês o nosso esforço foi ter uma coordenação nacional que já temos com 90 pessoas; uma executiva nacional que já temos com 16 pessoas; os dois porta-vozes que sou eu e um rapaz de Minas Gerais, o Cássio; e ter os coletivos estaduais. Depois desse esforço todo organizativo, nós começamos a coleta induzida de assinatura. Mas só na coleta espontânea, até chegarmos aqui, já temos mais de 100 mil assinaturas.
Isso significa que tem um potencial muito grande, porque a maioria das pessoas que imprime a ficha, ela não imprime uma ficha só pra ela. Ela imprime uma ficha pensando no esposo, no amigo, no vizinho, no colega de sala de aula. E é assim que está sendo feito: um processo exponencial de coleta de assinaturas que nós esperamos, se Deus quiser aí, com a ajuda do povo brasileiro, em três-quatro meses, nós tenhamos as 550 mil assinaturas válidas; porque precisar de um pouco mais. Porque algumas são perdidas, são invalidadas na Justiça Eleitoral. Então, já estamos botando um percentual a mais, de 600 mil assinaturas.
Quais os critérios utilizados para validar ou invalidar uma assinatura?
Tem que ver se a assinatura que é feita na ficha (de apoio ao partido) está de acordo com a assinatura que está no título de eleitor. E, às vezes, as pessoas mudam a grafia ao longo da vida. O nome, por exemplo. Uma pessoa casa, mas muda de nome. O título tem o nome de anterior (de solteiro). Então, tem uma série de questões que têm que ser observadas na hora de preencher a ficha para que a sua intenção de nos ajudar, de ter a rede de sustentabilidade, seja validada na Justiça Eleitoral.
Aqui em Manaus, vocês estão recolhendo assinaturas e, em um momento de debate, de plenária, quais os temas que a senhora vai abordar, claro, além da rede?
Na verdade, nós vamos abordar os temas ligados à questão programática vamos partir das diretrizes que apresentamos em 2010 (na campanha eleitoral para presidência da república), eu e o Guilherme, vamos aprofundar essas diretrizes em grandes seminários no Brasil inteiro, com trabalhadores; movimentos sociais; empresários comprometidos com a sustentabilidade; com a academia, temos pessoas de muitas universidades que estão nos ajudando; com a juventude; os movimentos sociais.
Vai haver toda uma discussão programática em torno de qual Brasil que queremos. E a discussão organizativa que é essa, de como fazer para que cada vez mais as pessoas possam se envolver na coleta das assinaturas.
A sua vida política foi pautada em defesa de minorias, de mulheres, de defesa ambiental. Esse novo partido tem essas bandeiras? Ou tem essas e também quais outras? Como está o direcionamento, o partido vai trabalhar em quais áreas?
Trabalhar em todas as áreas. Na ideia de um novo modelo para o Brasil. O desenvolvimento sustentável não é uma, digamos, uma plataforma de minoria. É uma plataforma para pensar o desenvolvimento com qualidade de vida, com emprego, moradia digna, é ocupação para as pessoas, educação de qualidade. A sustentabilidade tem várias dimensões. Uma dimensão econômica, social, ambiental, cultural e, porque não dizer, política e ética. A sustentabilidade como um modelo de desenvolvimento. Essa é a nossa proposta, o nosso compromisso de pensar o Brasil no que concerne a um novo modelo. Um modelo que gere emprego, que gere riqueza e, ao mesmo tempo, preserve as imensas riquezas naturais que temos. E com a participação de amplos setores da sociedade, com o empresariado moderno, com os trabalhadores, os movimentos sociais, da academia – que tem uma grande contribuição a dar.
Produzir mais, utilizando menos recursos naturais, desperdiçando menos, cada veze menos recursos naturais é um desafio que vai precisar de conhecimento, tecnologia e inovação. E a parceria com a academia é muito importante, sobretudo com a juventude que está ávida por mudança, por poder transformar o mundo para ter uma chance de ter um futuro.
Dos nove estados da Amazônia, quais a senhora já visitou nesse um mês de divulgação para conseguir assinaturas?
Nós começamos essas visitas na semana passada: Rio de Janeiro e São Paulo. Ontem, Pará. Hoje, Amazonas. Amanhã, Acre. E depois vamos dar continuidade ao processo em outras cidades da região.
Uma mensagem para os amazônidas. Para os 25 milhões de brasileiros. Aqueles que votaram ou não na senhora no último pleito para a presidência. O que eles podem esperar desse novo partido, dessa nova proposta, que é de mudança?
Há um esforço para que as pessoas, elas possam contribuir para um Brasil que a gente quer, para o Amazonas que a gente quer, o Acre que a gente quer, o mundo que a gente quer. Infelizmente, os partidos se transforam em projetos de poder pelo poder; e já não discutem propostas, já não discutem ideias; já não discutem visão de País. Cada um pensa qual é o próximo passo eleitoral para ganhar o poder. E a rede se propõe a isso, a fazer um debate com a sociedade. A tirar o cidadão do lugar de espectador da política e colocá-lo no lugar de sujeito político, de protagonista, de autor, mobilizar. Essa talvez seja a principal mensagem, mas não apenas como uma mensagem dita, é uma mensagem vivida. Nós já funcionamos assim em rede. O movimento ambientalista, o empresariado moderno, os acadêmicos comprometidos com essa nova agenda, sobretudo a juventude que não quer ver o seu futuro ameaçado já está se mobilizando para, como diz o Gadhi, ser a mudança que gostaria de ver.

Gaby Amarantos lança DVD gravado no Jurunas


Gaby Amarantos lança DVD gravado no Jurunas (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Gaby Amarantos é uma cantora em ascensão. Nos últimos dois anos a paraense passou de queridinha de alguns antenados atraídos pela exótica premissa de música eletrônica da Amazônia do tecnobrega para se tornar um nome cada vez mais consolidado nacionalmente estrelando trilhas de novelas como “Cheias de Charme” e “Salve Jorge”.
Um pouco do início dessa história pode ser vista no DVD “Gaby Live in Jurunas”, parceria entre as produtoras Petites Planétes (França) e Greenvision (Brasil). O show, gravado em 2011, pode ser encarado como uma espécie de embrião do que viria ser o primeiro álbum solo da artista, “Treme”, lançado um ano depois. A apresentação é, literalmente, uma volta às origens. O palco foi montado na rua em que ela cresceu, bem em frente à casa da mãe, no bairro do Jurunas, periferia de Belém.
“Foi a prova de fogo do CD, que ainda estávamos planejando. Pensei: ‘Se curtirem o show no Jurunas, no lugar que nasci e me criei, vão curtir em qualquer lugar’”, vaticina Gaby Amarantos. O DVD será lançado hoje no Jurunas, com uma exibição ao ar livre no mesmo local onde ocorreu o show.
Não que ela fosse uma iniciante na época. Gaby começou a cantar em um coro de igreja, ainda adolescente. Virou fenômeno regional ao assumir os vocais da banda Tecnoshow, com a qual se apresentou por dez anos. O repertório apesar de enxuto - conta apenas com 33 minutos de duração e cinco músicas - reflete sua trajetória reunindo uma sequência de hits como “Faz o T”, “Beba Doida” e “Galera da Laje”.
Se a reação do público servia como termômetro, ela não deve ter saído decepcionada. A gravação reúne inúmeros momentos em que fãs extrapolam na empolgação, como quando o garoto que se identifica com o nome de guerra Tiffany Wilson sobe ao palco para dançar o treme ao embalo de “Merengue Latino”. Ou quando os integrantes de um bloco de Carnaval de passagem pelo local se unem à audiência.
“Aquele dia foi um caos. Lembro da sala tomada por cabos e equipamentos. Era tanta coisa que só a minha casa não deu conta. Tivemos que usar a casa da minha vó, dos meus vizinhos. A comunidade inteira veio ajudar. Um fez uma feijoada, o açougueiro da esquina emprestou um toldo na hora da chuva”, conta.
O show também é o começo das parcerias com Felix Robatto e Priscilla Brasil, que se mostraram cruciais para a futura carreira da cantora. Recém saído do grupo de guitarrada La Pupuña, o guitarrista paraense foi um dos grandes responsáveis por moldar a sonoridade de “Treme”, assinando  ao lado de Carlos Miranda a produção musical do disco. Já a codiretora do “Live in Jurunas” é a mesma do clipe “Xirley”, que conquistou os prêmios de Melhor Artista Feminino e Artista do Ano no Video Music Brasil 2012, da MTV.
A solução foi improvisar
“A ideia de gravar um show nesse formato já existia, mas só começou a ganhar forma com a chegada do codiretor Vicente Moon. Era a primeira visita dele a Belém, à procura de artistas para gravar um documentário. Quando conheceu a Gaby, visitou a casa dela, ele pirou, queria gravar naquela mesma semana. Nos convenceu a fazer algo que vínhamos adiando por anos por causa da logística envolvida”, revela Priscilla Brasil, proprietária da Greenvison e empresária de Gaby.
Conhecido pelas “Take away sessions”, o francês Mathieu Saura, mais conhecido como Vincent Moon, já dirigiu clipes de bandas como Bloc Party, The Kooks, The Shins, Animal Collective, Vampire Weekend, Arcade Fire e R.E.M. No Brasil, ele desviou um pouco do seu foco do rock e apontou para a etnografia, registrando o Carnaval, rodas de capoeira, terreiros de umbanda. Na passagem pela capital paraense, gravou com a carimbozeira Dona Onete durante um culto de tambor de mina e com violonista Sebastião Tapajós no meio da mata do Utinga.
“O meu estilo e o dele combinam. Nós queremos fazer as coisas, sem medo de correr riscos. No dia da gravação do DVD caiu uma chuva torrencial. Ficou assim por horas, já pensávamos em gravar dentro da casa. Estava prestes a chorar de desespero. Alguns minutos antes de dar a hora programada pro show, parou de chover”, afirma Priscilla.
Quando o universo parecia conspirar contra os planos dos diretores, eles improvisavam. O palco foi montado em um quadrado minúsculo de 60 centímetros. A iluminação foi conseguida às custas de longos fios da extensão conectadas em quase todas as casas ao redor. Até o lançamento do “Gaby Live in Jurunas” parecia estar dando zica. O DVD ficou sendo adiado devido ao estouro da carreira da cantora, que passou a priorizar a divulgação do CD e shows.
“Tudo que poderia dar errado, deu errado. Mas parece que isso encheu a gente de gana, sabe? Lembro que uma hora começou a cair uma tempestade de novo e veio esse grupo de travestis, carregando guarda-chuvas pra proteger o pessoal da banda. Esse DVD marca um momento muito especial pra mim. Eu olho pra trás e vejo o tanto que eu conquistei agora. O mais bacana é que eu ainda me sinto parte daquele lugar, conheço todas aquelas pessoas”, analisa Gaby, que como boa anfitriã já está se preparando para receber todo mundo em casa de novo. “Dessa vez não vai ter ‘uruca’”, garante. 
NÃO PERCA
A sessão de lançamento do DVD “Gaby Live in Jurunas” será hoje, às 19h, na rua Nova Segunda, 122, entre Roberto Camelier e Onorio Pena, Jurunas. Entrada franca.
(Diário do Pará)

sábado, 23 de março de 2013

Lula com câncer novamente

Via Blog da Dilma

Por JORGE SERRÃO - Alerta Total
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a ter graves problemas de saúde. Semana passada, na quinta e no sábado, sempre no meio de madrugada e dentro de uma ambulância bem equipada, Lula fez duas idas de emergência ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O problema dele agora é um nódulo no pulmão.
O novo câncer pode ser uma metástase ocorrida a partir do enorme tumor na laringe – que a equipe do médico Roberto Kalil garantiu ter curado completamente com químio e radioterapia, sem necessidade de cirurgia, no ano passado. A despeito da enfermidade gravíssima, Lula segue com seu ritmo frenético de viagens, em jatinhos de empreiteiras, para articulações de negócios.
O ambiente gelado dos voos, e as alterações de pressão no sobe e desce, podem agravar seu quadro – que requer cuidados extremos, principalmente para quem fumou, muito, a vida inteira. Além disso, Lula tem se desgastado com a situação grave da política econômica, principalmente com a instabilidade de seu afilhado Guido Mantega, programado para deixar o Ministério da Fazenda assim que a conjuntura permitir. Problemas políticos na Petrobrás também mexem com o emocional de Lula, com reflexos diretos em sua saúde.
A recente perda do grande amigo Hugo Chávez – que ainda sequer foi sepultado, só confirmando a farsa do boneco de cera de um corpo que sequer foi embalsamado – pode ter mexido com o emocional de Lula, provocando uma queda de sua imunidade. No pós-tratamento ao câncer de laringe, Lula ainda é obrigado a tomar medicamentos a base de corticóide, para evitar qualquer evolução de células cancerígenas. O problema é que tais remédios causam inchaços no corpo, por reterem líquido, e ainda têm como efeito colateral o cansaço.
A área de inteligência do Exército já sabe do novo problema de Lula – que é guardado como segredo a sete chaves. A informação vazou de médicos e funcionários do hospital. Um dirigente de uma grande transnacional da área de saúde, que tem relações muito próximas com a área militar de inteligência, confirmou a triste informação classificada de 1-A-1.
No Brasil, tem-se a cultura esquisita de tratar de graves casos médicos como “tema tabu” – que a imprensa sempre abafa conforme as conveniências.
Pode ser que o novo problema de Lula, a partir do vazamento de agora, gere uma pronta resposta de seus médicos – que foram forçados pelas circunstâncias a agir com a máxima transparência no tratamento do problema na laringe. (Alerta Total)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Deputado pastor Marco Feliciano responde processo por estelionato no STF

Fonte: O Dia
Brasília – Além de ser acusado de homofobia e racismo, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, também responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por estelionato. Ele é acusado de ter subtraído de uma produtora de shows evangélicos do interior do Rio Grande do Sul o valor de R$ 13,3 mil.
Segundo denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que passou a tramitar no STF quando Feliciano tornou-se deputado federal, ele foi contratado para participar de um show gospel na cidade de São Gabriel, distante 320 quilômetros de Porto Alegre, mas não compareceu. A apresentação deveria ter acontecido dia 15 de março de 2008 e Feliciano era apontado como a atração principal da noite.
Nos autos do processo, ele alegou “motivos de força maior” para não comparecer ao show em São Gabriel. Mas no transcorrer da investigação, o MP descobriu que ele tinha outra apresentação no Estado do Rio de Janeiro, no mesmo dia e horário da apresentação marcada no Rio Grande do Sul. “A vítima depositou o valor imposto pelos denunciados, assim como teve outros gastos com passagens aéreas e transporte”, afirma na denúncia a promotora de Justiça Criminal da Comarca de São Gabriel, Ivana Battaglin.
De acordo com a promotora, a proprietária da produtora de shows evangélicos responsável pela organização do evento, Liane Pires Marques, sofreu uma verdadeira “espoliação em seu patrimônio”. “Haja vista que os denunciados agendaram outros compromissos sem dar satisfação a ela, sabendo de antemão que não cumpririam com o que foi pactuado”.
Além de ter pago os R$ 13 mil em espécie para o pastor, Liane Marques alega nos autos ter um prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. O valor contabiliza gastos com publicidade, logística e ressarcimento de preço de ingressos de pessoas que foram ao show exclusivamente para ver o pastor Marco Feliciano.
Ainda segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul, a responsável pelo show tentou em vários momentos manter contato com o pastor Marco Feliciano, mas sem sucesso. Ela também pediu ressarcimento dos R$ 13 mil. O valor foi pago à responsável pelo show apenas no final do ano passado, após determinação judicial. “Ele já marcou (o show) sabendo que não compareceria. Ele não é onipresente”, ressaltou a promotora Ivana Battaglin.
A ação tramita no Supremo desde maio de 2011 e está sob a relatoria do vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski. O processo está pronto para ser julgado a qualquer momento. Ele alegou também nos autos do processo que os organizadores do show poderiam marcar outra data para a apresentação. Na ação, Feliciano disse ter sido “surpreendido” com o processo por estelionato. Estelionato é um crime passível de um a cinco anos de prisão.
Indicado pelo PSC, o pastor Marco Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara com 11 dos 12 votos dos deputados presentes, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito. Um dos votos foi em branco. O iG tentou contato com Feliciano, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno.
Informações do repórter Wilson Lima, do iG

Reitor nomeia secretário do Massacre de Carajás

Por Jeso Carneiro 

Paulo Sette Câmara, ex-secretário de Segurança Pública do Pará no governo Almir Gabriel (1995-2003), é o novo número 1 da Superintendência de Infraestrutura da Ufopa (Universidade Federal do Oeste Pará).
Foi nomeado pelo reitor Seixas Lourenço  há cerca de 15 dias.
Entre as atribuições de Sette Câmara está a de zelar pela segurança da Ufopa.
Sette Câmara tem o nome ligado ao trágico Massacre de Eldorado de Carajás. Foi ele que deu ordem para ação policial, com autorização para “usar a força necessária, inclusive atirar” nos sem-terra, o que resultou na morte de 16 pessoas, no dia 17 de abril de 1976.

domingo, 17 de março de 2013

Prefeita de Boa Vista (RR) é denunciada por desviar verba destinada à pavimentação da cidade


Desvio teria favorecido empresa de irmão do ex-secretário de Obras Nélio Afonso Borges
Eleita pela quarta vez para ocupar o cargo de prefeita da capital de Roraima, Boa Vista, Maria Teresa Saenz Jucá, popularmente conhecida como Teresa Surita (PMDB), é alvo de duas denúncias do Ministério Público Federal. Oferecidas na última quarta-feira, 6 de março, as peças acusam a atual gestora municipal de desviar recursos federais oriundos de convênio com o Ministério das Cidades e fraudar licitações destinadas à contratação de empresa para asfaltar o município. Além dela, também foram denunciados Nélio Afonso Borges, secretário de Obras da prefeitura na época das contratações (2002), e seu irmão, Nei Afonso Borges, dono da empresa NAB Engenharia Ltda, contratada para prestar os serviços de pavimentação.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, a empresa de Nei Afonso Borges foi a única a comparecer nas licitações, o que configura fraude à competitividade dos certames, segundo o MPF. Além disso, o contrato social da vencedora foi modificado antes das publicações dos editais, para incluir entre as suas atribuições o objeto da licitação, ou seja, a pavimentação asfáltica. A peça acusatória também aponta, nos dois contratos, o superfaturamento das obras, que teriam excedido o valor de mercado em mais de R$ 375 mil reais.

Outras irregularidades listadas em relatório da Controladoria-Geral da União levaram o MPF a pedir a abertura de ação penal contra os acusados. Uma delas seria o fato de a NAB Engenharia receber por serviços que a própria prefeitura estava realizando, como a usinagem do asfalto e a utilização de veículos/máquinas necessários, que foram emprestados pela prefeitura à empresa.

Desvio – Em depoimento, o irmão do ex-secretário de Obras, Nei Afonso Borges, afirmou que a empresa estava com as atividades paralisadas desde 2003, apesar de não ter encerrado suas atividades financeiras. Para o autor das denúncias, procurador regional da República Ronaldo Albo, isso mostra que a  NAB Engenharia foi criada com intuito de desviar verbas. “Tal fato gera estranheza, pois a empresa foi criada pouco tempo antes das licitações, e paralisou suas atividades algum tempo depois da entrega do objeto da licitação”, afirma. O representante do MPF aponta a atual prefeita, Teresa Surita, como a responsável pelos desvios e acusa o ex-secretário de obras e seu irmão de cometerem peculato e crimes de licitações. As acusações serão analisadas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, órgão competente para julgar ações contra prefeitos municipais.

Teresa Surita - Maria Teresa Saenz Surita Jucá (PMDB), ex-mulher do senador da República Romero Jucá (PMDB), seu principal aliado político na última eleição, já foi prefeita de Boa Vista três vezes. Entre os cargos ocupados por ela estão o de coordenadora de Ação Social do governo de Roraima, Assessora Especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, posto que ocupou até o início de 2010. Há dois anos, foi eleita pela segunda vez como deputada federal por Roraima.

Números judiciais:  2005.01.00.057410-8
2005.01.00.057409-8

sexta-feira, 15 de março de 2013

Reaberto prazo de inscrição de chapas para eleição da Uepa

A mudança no calendário eleitoral foi aprovada em reunião ordinária do Conselho Universitário da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Novas chapas poderão se inscrever no prazo de 14 a 20 de março. A eleição será realizada no dia 24 de abril.



A Comissão Eleitoral responsável pela coordenação do processo eleitoral de escolha dos docentes que irão compor a lista tríplice para os cargos de Reitor e Vice-Reitor da UEPA reabre nesta quinta-feira, dia 14, o prazo para inscrições de chapas interessadas em concorrer aos cargos. A mudança no calendário foi aprovada em reunião ordinária do Conselho Universitário (Consun). As inscrições encerram no dia 20 deste mês e a eleição será realizada no dia 24 de abril.
 
 
A mudança no cronograma da eleição foi aprovada em reunião ordinária do Conselho Universitário da Uepa (CONSUN) realizada nesta quarta-feira, dia 13 de março, e considera a necessidade de oportunizar que outros docentes possam se inscrever para o pleito, de acordo com a decisão judicial em vigor.
 
O mandado de Segurança (Processo n.º 0011408-40.2013.8.14.0301), que suspendeu a exigência de título de pós-graduação em nível de doutorado prevista no artigo 6º da Resolução n.º 2494/12, determina como critérios a serem observados para a inscrição dos candidatos, o disposto nos artigos 29 do Estatuto da UEPA e o §3º do artigo 5º da Lei 6.828/06.
 
As inscrições foram prorrogadas sem prejuízo das chapas com inscrição já homologadas, de acordo com o calendário eleitoral anterior. Novas chapas devem se inscrever por meio do Protocolo Geral da UEPA, localizado no prédio da Reitoria, no horário de funcionamento normal, das 8 às 14 horas. O ofício de inscrição conterá o nome dos candidatos a Reitor e Vice-Reitor e os candidatos deverão apresentar ainda os seguintes documentos:
 
- Declaração da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) comprovando estar em pleno exercício de suas atividades Acadêmicas/Gestão na instituição nos últimos 12 (doze) meses, com o mínimo de 5 (cinco) anos de exercício da função;
 
- Programa de trabalho, que deve incluir estimativa de orçamento da campanha e a provável origem dos recursos;
 
- Currículo Lattes.
 
De acordo com o novo calendário eleitoral, as inscrições devem ser homologadas no dia 21 de março e será concedido o prazo de 22 a 25 de março para recursos. A campanha está prevista para o período de 26 de março a 22 de abril, sendo que no dia 17 de abril haverá debate dos candidatos às 18 horas.
 
As eleições para Reitor e Vice-Reitor ocorrerão no dia 24 de abril, de 9h às 20h e serão realizadas através de votação universal e uninominal.
 
Confira aqui:
 
 
 
Relação dos eleitores aptos a votar:
 
Leia Mais:

VIA AMAZÔNIA INFORMA

terça-feira, 12 de março de 2013

Ficha Suja: Deputado Lira Maia pode ser a bola da vez

 Quem conta é o coleguinha Jeso Carneiro, o rei da blogesfera de Santarém e região

Crime eleitoral de Maia

Via Jeso Carneiro 

Há quase um mês parado, voltou a ser movimentando no STF (Supremo Tribunal Federal) o inquérito 3301 que tem como réu solo o deputado federal Lira Maia (DEM).
Nele, o capo cipoalense é indiciado por crime eleitoral (captação ilícita de votos) no pleito de 2011, conforme acusação do MPF (Ministério Público Federal).
Ontem (11), a papelada do inquérito (380 folhas) voltou à mesa do ministro e relator do caso, Marco Aurélio.
Tal inquérito tramita na mais alta corte do país desde setembro de 2011.

Mortes no campo crescem 10,3%

Por Altamiro Borges
Estudo divulgado na semana passada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que o número de mortos em conflitos agrários no Brasil cresceu 10,3% em 2012, na comparação com o ano anterior – pulou de 29 para 32 o total de líderes dos sem-terra e indígenas assassinatos pelo latifúndio. O relatório confirma a gravidade da situação no campo, em que os ruralistas abusam da violência, com seus jagunços armados; o governo empaca na reforma agrária; e o judiciário garante a impunidade dos criminosos.

Segundo a CPT, a violência cresceu principalmente no Pará e Rondônia, onde as disputas decorrentes da exploração ilegal de madeira recrudesceram nos últimos anos. Mas também houve aumento da violência no Rio de Janeiro, onde a média de mortes era de uma por ano e pulou para quatro em 2012. O relatório não contabiliza a morte do líder do MST em Campos dos Goytacazes, Cícero Guedes, assassinado em janeiro com dez tiros, e da lavradora Regina Pinha, morta em fevereiro na mesma cidade.

“A violência aumenta não tanto pela ação estatal, como se via no passado, mas pela iniciativa dos pistoleiros e até de empresas contratadas para este tipo de ação”, denuncia Isolete Wichinieski, da coordenação da CPT. Atualmente, 391 pessoas estão incluídas no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. A pesquisa mostra que o número de “marcados para morrer” no campo diminuiu em 2012, mas permanece elevado. O total de pessoas ameaçadas de morte passou de 347, em 2011, para 280, em 2012

segunda-feira, 11 de março de 2013

"Nem as mentiras nem o ódio puderam com Chávez"


Nicolás Maduro com a espada de Simón Bolívar (ao seu lado, batendo palmas, está Cilia Flores, sua mulher, procuradora geral da Venezuela) (Foto: VTV)
Maduro e 30 chefes de Estado se despediram de Chávez num funeral de Estado cheio de emoção: com palavras que comoveram a audiência, o herdeiro político de Chávez jurou defender seu legado político diante do féretro em que jaziam os restos do líder falecido e olhando os mandatários que fizeram a guarda de honra.

Por Mercedes López San Miguel (traduzido do jornal argentino Página/12, edição de 09/03/2013)

Reproduzido do blog Evidentemente


De Caracas - Tributo, homenagem, emoção. “Não houve em 200 anos um presidente mais vilipendiado, injuriado e atacado vilmente do que o comandante”, disse Nicolás Maduro, elevando a voz, durante o funeral de Estado de Hugo Chávez, ao meio-dia de ontem (sexta-feira, dia 8). “Não puderam nem as mentiras nem o ódio, por que? Porque nosso comandante tinha o escudo mais poderoso: sua verdade, sua pureza de amor de Cristo”, continuou dizendo o herdeiro político de Chávez diante do féretro em que jaziam os restos do líder falecido e olhando os mandatários que se encontravam nas primeiras filas da câmara ardente na Academia Militar desta cidade. Entre eles, aliados regionais como o presidente cubano Raúl Castro e seus pares da Bolívia e Uruguai, Evo Morales e José Mujica.


Olhando Raúl Castro, o líder venezuelano falou do irmão do mandatário cubano, Fidel, mentor e amigo do comandante bolivariano. Disse que Chávez contou a Fidel histórias da Venezuela num avião presidencial. E que Fidel lhe respondeu: “Tenha a certeza de que você e eu morreremos vitoriosos com nossos povos de pé”. O salão explodiu em aplausos. Tomando a espada de Simón Bolívar, Maduro gritou: “Quebramos o malefício da traição à pátria!”.


Antes de suas palavras, os 30 chefes de Estado que participaram do funeral haviam passado diante da câmara ardente para rodear o féretro, formando uma guarda de honra. Um a um, Sebastián Piñera, Michell Martelly, Ollanta Humala e Rafael Correa passaram à frente. O mais aplaudido foi o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, que beijou o ataúde. O único que caminhou em meio ao silêncio foi o herdeiro da coroa da Espanha, Felipe de Borbón. Não estiveram presentes a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, nem seu antecessor Lula da Silva, que haviam chegado a esta cidade na tarde de anteontem (dia 7). Justificaram, segundo publicou a imprensa local, que tinham compromissos para o Dia Mundial da Mulher (dia 8).


Como momento emotivo, a orquestra sinfônica tocou músicas que Chávez escutava como “Marisanto”, cuja letra fala de seu avô, ou “Linda Barinas”, uma canção que se refere à região natal do mandatário. Houve lugar também para a fé. O ativista pelos direitos dos afro-descendentes, ex-candidato presidencial e reverendo norte-americano Jesse Jackson pediu que os Estados Unidos e a Venezuela possam estender novas pontes durante a breve oração que oficiou no funeral. “Nos encomendamos a Deus porque esperamos que possa estender pontes entre os EUA e a Venezuela... que possamos avançar juntos rumo a um território mais elevado.”


As únicas presenças do governo norte-americano foram os legisladores democratas Gregory Meeks e William Delahunt. Na terça-feira, dia 5, horas antes do anúncio da morte de Chávez, Maduro havia denunciado o governo de Barack Obama por querer colocar em marcha um plano desestabilizador e havia expulso dois funcionários estadunidenses deste país.


Roy Chaderton, embaixador da Venezuela na OEA, que participou do funeral, disse a esta enviada que era cético sobre esse vínculo. “É permanente o plano de desestabilização dos Estados Unidos, como parte da rotina. Eles não querem conviver com democracias que seguem outro caminho e ao adversário o consideram um inimigo. Aqui se aplicou a sabotagem, a violência, e não puderam”. Chaderton assinalou que existe um jogo duplo de Washington. “Eles querem por um lado normalizar as relações diplomáticas e, pelo outro, andam desestabilizando. São incuráveis.”


O embaixador na Organização dos Estados Americanos comparou o funeral de Chávez com o de Eva Perón. “A morte de Eva como a de Chávez são fenômenos políticos e sociais duma transcendência enorme.” E enfatizou o legado que deixa o presidente bolivariano. “Chávez nos deixa com uma herança que vamos cumprir: seguir adiante com a justiça social, a democracia, educação e saúde gratuitas, direitos humanos e inclusão. Tenho o coração partido, mas a determinação intacta.”


Umas poltronas mais atrás, o intelectual panamenho Nils Castro disse a este diário que a ausência do líder venezuelano representa um novo começo político. “É uma perda e também um relançamento. A enorme mobilização popular é a primeira jornada das eleições que se avizinham.” (A nova eleição presidencial será dia 14 de abril).


Ao mesmo tempo, Nils Castro destacou o papel de Chávez para a América Latina. “Chávez mudou a maneira de fazer política para os latino-americanos, talvez alguns demorarão a entender, mas o fato é que a partir da ofensiva iniciada por ele há outro modo de enfrentar as relações internacionais por parte da nossa região, há uma imensa cota de autodeterminação e soberania que se ganhou. Foi o abre-caminhos, o primeiro que atravessou o muro e iniciou esta época.”


Ontem (dia 8), sob os raios dum sol implacável, milhares de venezuelanos continuaram chegando ao Passeio dos Próceres onde as filas se bifurcavam e os ânimos estavam mais calmos, depois que o governo anunciou mais sete dias de visitação à câmara ardente. Uma garota com sapatos de salto alto parecia imune ao calor e à espera, e disposta à reflexão. “Temos que seguir seu legado. O povo está vivo e um povo doído pode mais do que uma pessoa.” A estudante de Direito de 23 anos, Marinel Canizalez, disse que escutou as palavras do agora presidente interino. “Vamos votar em Maduro porque é o homem escolhido para continuar a revolução. Nunca tinha vindo a uma manifestação, mas pela primeira vez senti que devia estar aqui.”


Uns metros mais atrás, Margarita Martínez, enfermeira, levava um boneco de Chávez vestido com uniforme militar. “Este homem, meu presidente, deu a vida por seu povo e pela revolução. Nós temos que dar a vida por ele!”. Enquanto isso, na fila, as pessoas gritavam “Chávez não morreu, Chávez não morreu!”.


Ao sair do salão do velório Nely Manrique não parava de chorar. “Eu o vi esta manhã, estava muito bonito”, soluçou. “Você sabe que não era muito bonito, mas estava lindo, lindo.” A mulher tinha vindo de Barquisimeto, longe de Caracas (é a capital do estado de Lara, região centro-ocidental).


Tradução: Jadson Oliveira

(Para ver seleção de fotos do velório e de manifestações em homenagem ao líder da Revolução Bolivariana, clicar para o Evidentemente)

domingo, 10 de março de 2013

Procuradoria da República em Marabá deu 48 horas para o Incra prestar esclarecimentos sobre a concessão de lote para acusado de matar Zé Cláudio e Maria

 
Procuradoria da República em Marabá deu 48 horas para o Incra prestar esclarecimentos
O Ministério Público Federal em Marabá (PA) abriu um procedimento para apurar a concessão, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de um lote para Antonia Nery de Souza, mulher de José Rodrigues Moreira, acusado de ser o mandante do assassinato dos extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo (Foto), em maio de 2011.

O Incra tem prazo de 48 horas para explicar ao MPF porque Antonia Nery de Souza foi considerada com perfil para ser beneficiária da reforma agrária e desde quando ela está assentada. O MPF também requisitou cópia integral dos procedimentos administrativos do Incra referentes à concessão do lote e do procedimento que teria sido aberto com o objetivo de retomada do lote.

De acordo com as investigações, José Cláudio e Maria foram assassinados por protegerem camponeses assentados em terras que eram cobiçadas por José Rodrigues Moreira. Ele estava envolvido em compra de lotes destinados à reforma agrária, o que é ilegal. Teria encomendado a morte do casal justamente para se apossar das terras que agora o próprio Incra destinou à mulher dele.

Competência - O MPF chegou a pedir, em 2011, que os homicídios de Zé Cláudio e Maria fossem julgados pela Justiça Federal, por causa da conexão com os crimes de grilagem e desmatamento ilegal em terras da União. Parte das investigações chegaram a ser feitas pela Polícia Federal. Mas depois de idas e vindas, no último dia 4 de março, transitou em julgado uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que determinou a competência estadual para o julgamento dos assassinatos.

Os acusados deverão ser julgados no tribunal do júri no próximo dia 3 de abril, em Marabá. José Rodrigues Moreira (acusado de ser mandante do crime), Lindonjonson Silva e Alberto Lopes (acusados de serem os executores) sentarão no banco dos réus.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Justiça condena grupo a devolver R$ 3,2 milhões desviados da Sudam no Pará

Via Jusbrasil  Brasil

Fraudes foram encontradas no financiamento da empresa Sabisa, de Santarém

A Justiça Federal condenou um grupo de fraudadores a devolver R$ 3,2 milhões desviados da  Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Os desvios foram identificados no financiamento da empresa Sabisa Santarém Biscoitos e Massas S/A, ocorrido em 2000. O grupo também foi condenado a pagar a correção monetária relativa ao valor desviado, calculada a partir de dezembro de 2004.
A decisão, do juiz federal Pablo Zuniga Dourado, é datada de 22 de fevereiro e chegou ao conhecimento do Ministério Público Federal (MPF) em Santarém na semana passada. Além da empresa, foram condenados Agostinho Sousa Nascimento, Armindo Dociteu Denardin, Eduardo Vasconcelos de Azevedo, Elenir Dalasen Coldebella, João Eduardo Vasconcelos de Azevedo, Luis Coldebella, Raimundo Antonio da Silva Barra e Rui Denardin.
O caso foi levado pelo MPF à Justiça em 2001, a partir de informações levantadas pela Receita Federal e por um grupo de trabalho instituído pelo Ministério da Integração Nacional. Segundo as investigações, os responsáveis pelo projeto Sabisa fraudaram o Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) participando de um esquema de fraudes que ficou conhecido como “sistema trampolim”.
Por esse sistema, em vez de aplicar recursos próprios em contrapartida ao empréstimo federal, as empresas fraudadoras depositavam nas contas recursos emprestados de outras empresas, apenas para conseguir receber o dinheiro público. Em seguida, os recursos emprestados eram repassados a outro grupo, que recomeçava o ciclo de fraudes.
Além disso, no financiamento do projeto Sabisa houve uma série de outras fraudes recorrentes com recursos da Sudam: fraudes em notas fiscais, recibos, contratos, declarações prestadas e emissão de cheques.
“Da análise dos fatos narrados pelo MPF e contestado pelos acusados, observa-se, claramente, um conluio entre os requeridos de forma a se estabelecer uma verdadeira rede de desvio de verbas públicas que teve como fulcro a empresa Sabisa SA”, registra a sentença. “Querer esconder todas essas articulações fraudulentas sustentando-se ao fundamento de que parte do projeto foi executada vai de encontro aos princípios norteadores da administração pública, e, notadamente, daqueles regedores do Finam, que visam o desenvolvimento desta região”, complementa o texto do juiz federal Pablo Zuniga Dourado.

Condenados:
  • Sabisa Santarém Biscoitos e Massas S/A
  • Agostinho Sousa Nascimento
  • Armindo Dociteu Denardin
  • Eduardo Vasconcelos de Azevedo
  • Elenir Dalasen Coldebella
  • João Eduardo Vasconcelos de Azevedo
  • Luis Coldebella
  • Raimundo Antonio da Silva Barra
  • Rui Denardin

Processo nº 0001318-50.2001.4.01.3902 – 1ª Vara Federal em Santarém (PA)

terça-feira, 5 de março de 2013

Lula quer o ministro Padilha governador

Calma gente, não é aqui no Pará é  em São Paulo. 

Painel
Por  VERA MAGALHÃES  da FSP

O tabuleiro de Lula
Em recente encontro com um grupo de assessores próximos, num sítio do interior paulista, Lula traçou as rotas que vislumbra para os ministros do PT-SP em 2014. O ex-presidente sinalizou que a influência de Aloizio Mercadante (Educação) no governo Dilma Rousseff o credenciará para a coordenação da campanha de reeleição da presidente, ao lado de José Eduardo Cardozo (Justiça). Com isso, Alexandre Padilha (Saúde) seria o "candidato natural" do partido a governador.
-
Menos um Na conversa, Lula buscou sobretudo convencer Luiz Marinho de que Padilha seria o nome mais viável. Hoje à noite, o prefeito de São Bernardo será anfitrião do ministro em evento voltado para secretários de Saúde de todo o Estado.
Dilmo À luz do relato do encontro, petistas afirmam que Mercadante quer ser ministro da Casa Civil em eventual segundo mandato de Dilma, para ser candidato natural à sua sucessão em 2018.

A morte do advogado Jorge Pimentel: “O império da lei há de chegar no coração do Pará”, diz Caetano Veloso *

Via blog do Zé Carlos do PV





A morte do advogado Jorge Pimentel não pode ficar impune






“O império da lei há de chegar no coração do Pará”, diz Caetano Veloso na música que está no CD Abraçaço.

Alguns, ao ouvir o brado do artista contra a impunidade que vigora no Pará, dizem que esta música é injusta e embota a imagem do nosso Estado:

- O Pará não pode ser prejudicado como estas afirmações levianas - reclamam as autoridades.

O Governo do Estado investe muito para divulgar as coisas boas daqui. Financiou o desfile da escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Os carnavalescos de lá se esforçaram para reproduzir nossa vasta e bem elaborada cultura. Erraram um pouquinho na imagem do Teatro da Paz, mas valeu a pena. Nossos encantos foram transmitidos para os quatro cantos do planeta. Venham para o Pará, aqui tem culinária, tem música, dança, belezas e riquezas naturais...

A música de Caetano, em contradição à imagem levada pela Imperatriz e pela propaganda oficial, ecoa.

“Quem matou o meu amor tem que pagar...”, diz a letra.

Mas eles nunca pagam. A impunidade dos mandantes dos crimes de encomenda continuam.

O Governo e os investidores do turismo protestam:

-       Estes crimes hediondos também acontecem em outros Estados – queixam-se.

Mas aqui, estes crimes acontecem muito e desafiam a realidade. Acontecem e ficam impunes, na maioria dos casos.

Mataram o casal de ambientalistas. Mataram a empresária. Mataram o viciado. Mataram o vereador. Mataram, mataram, mataram...

Todos por execução de hábeis pistoleiros contratados. Alguns acreditam na violência como saída para todo e qualquer conflito. Eles gozam de proteção política e acreditam ser intocáveis.

A polícia, quando muito, prende aquele que puxou o gatilho. O mandante segue impune para contratar outros bons atiradores. E olha que tem muita gente com coragem e agilidade para puxar um gatilho. Habilidade tal, que não pode ser vendida como produto paraense.

O Governo, para não alarmar, apresenta estatísticas que sugerem que os crimes abrandaram. Mas a música do artista baiano segue tocando nas rádios:

“Ter o olho, no olho do jaguar, virar jaguar...”

Um advogado e um empresário chegam num pacato bar de Tomé Açu para se divertir, jogando baralho. Estão alegres, como fazem todos os finais de semana que estão na cidade, jogam e jogam conversa fora, dia de sábado.

Os dois são envolvidos em política, acreditam na democracia, nas liberdades, nas instituições. O advogado bem mais. Eles têm pretensões futuras e conversam sobre elas enquanto manipulam as cartas, arrumando o jogo e descartando aquelas que não servem mais.

Um homem entra no bar, olha para os clientes. Diz que tem um assunto para tratar com os dois, o advogado e o empresário. Um tiro no peito do empresário o derruba de imediato, mais dois, um em cada braço que é para não esboçar reação, e mais uns quantos pelo corpo inteiro. O empresário que queria ser político está morto.

O advogado corre. Corre pouco em função da idade e do peso, mas corre em direção a sua casa, único reduto que acredita seja seguro naquele município terrível - município do diabo. Muitas pessoas morrem ali por bala de aluguel. Benezinho, um sindicalista que lutava por direitos dos trabalhadores rurais, foi assassinado quando saía do sindicato. Raimundo Sampaio, Cabeludo, Caruaru e dois moto taxistas, foram assassinados por encomendas. Muitos outros também foram.

O outro atirador que está na porta, vê o advogado passar correndo e como exímio caçador, espera a presa se afastar uns vinte metros de correria desesperada, fugindo da morte, e o alveja certeiramente pelas costas.

O advogado, alcançado pela bala, cai em uma vala fedida, com a cara nas águas servidas que vem de casas onde moram outros cidadãos sem cidadania.

O pistoleiro, meio querendo certificar a morte encomendada, chega perto e desfere muitos outros tiros. Já nem precisava mais, pois o advogado tinha sido morto com a primeira bala nas costas. A não ser que ele receba uma percentagem por cada bala que atinja o corpo de suas vítimas.

Os que estavam no bar, voltaram para terminar o trago e verificar o corpo do empresário. Os corpos ficaram no chão a espera da remoção. A cidade toda desconfia quem foi o mandante. As investigações iniciam. Muitos delegados foram deslocados para lá. A OAB enviou seus representantes. O Governador foi acionado. A imprensa se mobiliza para cobrir os detalhes e informar à população mais um crime de encomenda.

Os possíveis mandantes, autoridades políticas e empresários de grande fortunas, foram à casa dos parentes das vítimas, dizer que lamentavam o acontecido. A dor era tão grande, mas a ousadia e o medo impedem qualquer reação àquelas presenças indesejadas.

Caetano Veloso insiste:

“Quem matou o meu amor tem que pagar...”

Os que viram, conhecem os assassinos. Aquele que matou o Caruaru anda solto por lá. A Polícia vai interrogá-los, pedir a colaboração das testemunhas, mais eles não vão falar. Outros que viram, falaram e morreram - lembra do fulano que testemunhou o caso do Raimundo? Mataram. 

Caetano Veloso faz um último apelo:

“E ainda mais quem mandou matar (...)
O império da lei há de chegar lá”, termina a canção.

* O Título da Postagem  alterado pelo  Blog Parádebates