quinta-feira, 30 de maio de 2013

Três anos de mobilizações e consolidação da CSP-Conlutas

Já se vão três anos desde a fundação da CSP-Conlutas no Congresso realizado em Santos nos dias 5 e 6 de junho de 2010.

Parece que já passou mais tempo, tal a quantidade e intensidade de lutas e iniciativas que aconteceram de lá pra cá.

A nossa Central se consolida e vem se fortalecendo, no enfrentamento às políticas patronais, do governo Dilma, governos estaduais e municipais, aliados dos empresários, do agronegócio e dos banqueiros.

A CSP-Conlutas mostrou-se uma voz ativa contra essa agressão capitalista e não faz coro com os dirigentes das centrais governistas que aceitam e respaldam essas políticas.

Por isso, a Central vem se fortalecendo em diversos setores e em cada luta que abraça, forjando o perfil de uma entidade de luta, democrática e internacionalista, atuante no movimento sindical e popular, no movimento estudantil e nas lutas contra as opressões. Aí levantamos as nossas bandeiras!

Lutas - Já se foram três anos de muitas lutas. A CSP-Conlutas esteve à frente de muitas delas, por meio da atuação de suas entidades filiadas ou prestou apoio ativo em outros momentos. Campanhas salariais e greves dos servidores públicos federais; a luta pela educação pública e de qualidade que culminou na campanha pelos 10% do PIB para a educação já!; a denúncia voraz contra a política de redução de direitos dos trabalhadores que se expressou recentemente na campanha contra o ACE (Acordo Coletivo Especial); a luta contra a criminalização dos movimentos sociais e ativistas; contra as privatizações; em defesa do emprego, da moradia e da igualdade de direitos.  

Categorias de norte a sul do Brasil contam com o apoio da CSP-Conlutas. Os operários de Belo Monte sabem disso, sabem que podem contar com a nossa Central para defender seus direitos contra os interesses dos grandes empreiteiros. Assim como os trabalhadores de diversas outras categorias, os ativistas dos movimentos populares, da juventude que se organiza na ANEL e dos movimentos de luta contra as opressões, em particular as mulheres, os negros e homossexuais.

Os povos indígenas e quilombolas também viram na Central uma aliada na batalha pela demarcação de suas terras e respeito aos seus direitos ancestrais. O mesmo vale para os assalariados rurais que se enfrentam o agronegócio e os trabalhadores sem terra, que lutam pela reforma agrária. Os movimentos presentes nas lutas populares por moradia, saneamento e condições dignas de vida, assim como na luta contra as remoções que preparam a Copa do Mundo e a Olimpíada, também contam com a CSP-Conlutas.

Dia 12 de junho - Depois da marcha vitoriosa que aconteceu no dia 24 de abril, a nossa Central orienta suas entidades filiadas a realizarem ações nos estados no próximo dia 12 de junho, quando acontece um dia de luta dos servidores públicos federais, que têm entra as principais bandeiras a anulação da reforma da previdência de 2003, comprada com o dinheiro do mensalão. Vamos também, nesta data, dizer não ao fator previdenciário que reduz a aposentarias e à aplicação da fórmula 85/95.

Internacionalismo - A CSP-Conlutas não restringe sua política ao Brasil. Como entidade internacionalista vem construindo juntamente com outras entidades dos cinco continentes a solidariedade de classe e a busca por uma alternativa de luta dos trabalhadores, em oposição à crise capitalista e às políticas de ataque aos trabalhadores e à juventude.

Consequente com essa orientação, a CSP Conlutas compõe hoje a Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, junto com a central sindical francesa Solidaires, a CGT do estado espanhol e dezenas de outras organizações.

A CSP-Conlutas veio pra ficar. Avante, esta luta é nossa!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Edmilson Rodrigues (PSOL) apresentou requerimento de repúdio a PL que libera o cultivo de cana-de-açúcar na Amazônia Legal


 
Fidel Castro  falou sobre o bio-combustustivel  do Brasil: "Essa história de comida virar combustível não vai acabar bem"
                                                                               

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) apresentou requerimento de repúdio à aprovação do Projeto de Lei no 626/2001, liberar o cultivo de cana-de-açúcar na Amazônia Legal,  em trâmite no Senado. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará, nesta terça-feira, 28, Edmilson fez criticou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), autor da proposta que abre as portas para um novo ciclo de devastação socioambiental na região. O PL foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado, mas ainda será apreciado pelo plenário daquela Casa antes de ir para a votação na Câmara Federal.

O projeto conta com a reação de diversas entidades da sociedade civil, movimentos sociais e pela comunidade científica, que coletando assinaturas numa petição pública on line, disponível em vários sites. O objetivo das ongs é pressionar os senadores a revisarem o PL 626 a fim de que seja rejeitada qualquer menção sobre a autorização de plantio de cana-de-açúcar na Amazônia Legal.

          "Apenas em 2009, o governo aprovou o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar no Brasil, que diz onde pode e onde não pode plantar cana. No texto do zoneamento, o governo decidiu que não era do interesse do país plantar cana na Amazônia, no Pantanal e na Bacia do Alto Paraguai, e barrou o cultivo em terras indígenas e áreas protegidas. O Brasil ficou com 63 milhões de hectares de terras para plantar cana. Porém, toda essa extensão territorial parece ainda não ser suficiente para a Comissão de Meio Ambiente do Senado, que aprovou a liberação do 'cultivo sustentável de cana-de-açúcar em áreas alteradas e em campos gerais situados na Amazônia Legal'. O projeto não explica o que são 'áreas alteradas', mas tudo indica que se refere às áreas de desmatamento já consolidado que não precisam ser reflorestadas pelo novo Código Florestal. Já os 'campos gerais' são áreas de bioma Amazônia onde a vegetação se parece com uma savana. Essas áreas são comuns principalmente em Roraima e na ilha do Marajó", destaca Edmilson, no requerimento.


            O psolista também aponta o risco da monocultura de cana empurrar outras atividades, como a pecuária, para áreas de floresta, o que pode impulsionar ainda mais o desmatamento. Sem falar nas pesquisas que apontam redução da produtividade da cana na Amazônia em razão do clima. "É preocupante que o projeto de lei foi aprovado em decisão terminativa, o que significa que, se não houver recursos de nove senadores, o texto seguirá diretamente para a Câmara, sem precisar ser aprovado no plenário do Senado", conclui o requerimento do deputado.


O requerimento ainda será votado em plenário, pelos demais parlamentares da Alepa, antes de seguir ao Senado. O inteiro teor do documento deverá ser levado ao conhecimento da Câmara dos Deputados, Ministério do Meio Ambiente, Ministério Público Federal (MPF), Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Governo do Estado: Transparência de mentirinha

Via blog Quaradouro

No Olho de Lince:


ReReafirmando as evidências de que o Portal da Transparência do Governo do Estado do Pará só é transparente de mentirinha, ontem e hoje não foi possível obter informação do site pela mesma razão de sempre: Em qualquer consulta, a resposta é sempre a mesma: "Código Verificador não confere". Isso é que eu chamo de fazer o cidadão de bobo!
Com certeza essa situação permitirá ao Governo do Estado, caso questionado por algum Órgão com poder para isso, botar a culpa no sistema informatizado. Não é sempre assim?!
É triste constatar o quanto as autoridades de nosso Estado não colocam como prioridade o atendimento das leis que regem a Admnistração Pública. Para quem reclamar? É essa pergunta que dá a esses dirigintes a ousadia de fazer o que bem entendem bem como de fazer de bobo cada cidadão que se preocupa em saber como estão sendo usados os impostos por ele recolhidos.
Mas, vamos continuar insistindo, pois "O Homem que não luta pelos seus direitos não merece viver" (Rui Barbosa).

sexta-feira, 24 de maio de 2013

MP processa Prefeito de Marabá por desativação do Site Transparência

MP processa prefeito por desativação de site


Por Jeso Carneiro


Paradão desde a posse do prefeito João Salame (PPS) no cargo, o Portal da Transparência de Marabá virou caso de Justiça naquele município.
O MP (Ministério Público) do Pará ajuizou ação civil pública contra o gestor marabaense para obrigá-lo a, digamos assim, ressuscitar o site.
A desativação do portal foi constatada em fevereiro pelo MP.
Sala

domingo, 19 de maio de 2013

Entrevista com João Bernardes " Quando a Sustentabilidade vai ser debatida pelas autoridades do Pará?



João Bernardes, como está organizado o PV em Ananindeua?

O PV em Ananindeua participou das eleições municipais. Fui com muito orgulho o candidato majoritário do partido e tivemos  chapa de vereadores, foi um momento da organização partidária, na campanha divulgamos nossas propostas, debatemos com a população mobilidade, sustentabilidade moradia popular.   Nossa campanha foi  defender a cidade para as pessoas como está na orientação nacional do nosso partido, fizemos uma campanha propositiva, debatemos os problemas que afligem o povo de Ananindeua. Nosso Partido Verde não é  só um partido eleitoral é um partido que debate os  temas  que podem ajudar a sobrevivência da nossa espécie, debatemos as questões que vão da nossa casa as questões do planeta, claro isso com as pessoas.

Como o PV avalia os 5 meses da gestão Pioneiro?
Olha esse tema ainda está em debate no partido, mas a minha opinião pessoal é que o atual prefeito ainda não se encontrou. Na campanha o PV apresentou um programa para debater a cidade como um todo, quando elaboramos nosso programa de governo tivemos a preocupação de ser um programa que fosse aplicado, com prazos para ser  dialogado com a população. Alguns candidatos apresentaram programas de Governo  ao TRE, “mirabolosos”  ou feitos  “copiar e colar”,  pegando alguma coisa ali na internet . Hoje a sociedade cobra coisas além de um asfalto ruim, é preciso asfaltar sim, mas com qualidade, Ananindeua não suporta mais a política de troca de asfalto por voto, temos problemas graves na educação, no saneamento só temos 7% de tratamento de esgotamento sanitário,  mobilidade: as ruas da cidade estão intrafegáveis não falo só da“buraqueira”, as placas nas calçadas a falta de vias para o munícipes, ciclovias. A cidade de Ananindeua  não tem áreas  para o lazer da família, precisamos debater a questão da juventude,  o município e a sociedade não pode deixar a juventude vulnerável do jeito que está ao crime.  Se vc me perguntar se todos esses   problemas  são  da  atual gestão, digo que não, a gestão está  começando agora, Mas  também afirmo que o atual prefeito não é marinheiro de primeira viagem.


João, O PV não faz parte do governo Jatene. O PV vai disputar as
eleições para o governo do estado com chapa própria?

Olha, essa sua pergunta em tese deveria ser feita ao presidente Estadual do Partido o Companheiro Zé Carlos, agora como um ser político e militante do Partido, dou minha opinião: Acho o partido deve ter candidatura própria ao governo e ao senado.  Nosso partido,  não querendo ser presunçoso nem arrogante, quem me conhece e sabe da minha fé, o que me leva a não ter esses defeitos,  é o único partido que debate um programa para as pessoas. Acabou a eleição os partidos aqui e ali  vão para o conchavo, e depois se definem  oposição ou situação, nós do Partido Verde perguntamos? como vamos melhorar a vida das pessoas, do meio ambiente,  as queimadas, como vamos fazer para parar esse mal que acaba com nossa Amazônia.

Na periferia a população  não tem água potável, ainda tem  os esgotos a céu  aberto!  Como vamos tratar para que as doenças não se proliferem? Em Carajás, em Tapajós os militantes do partido verde atuam no dia a dia para debater a sustentabilidade o meio ambiente. Em Belém, até quando o BRT vai ficar daquele jeito prejudicando a mobilidade das pessoas? Em Ananindeua quando vamos ter áreas de lazer para a família, quando vamos tratar os igarapés  poluídos?   Hoje quem é  vivo corre perigo, os inimigos do Verde irão vencer? 
Quando a Sustentabilidade vai ser  debatido pelas autoridades do Pará?  Então quem pode debater esses temas, e por em pratica  em  nosso Estado, sem um viés politiqueiro? O Partido Verde! 
Defendo que tenhamos candidaturas próprias para o governo e para o senadoVou dar uma de repórter: João  um partido ganha a eleição sozinho? Não queremos ir sozinhos, vamos dialogar, em primeiro lugar com a sociedade, vamos  chamar os partidos para debater uma agenda para as pessoas e para o meio ambiente no Pará.
Sustentabilidade, essa palavrinha que está em moda em alguns programas  de partido,  no PV é um tema sério, precisamos fazer  que a vida  sobreviva. O criador nos colocou no mundo para defender a vida. Um dos nossos maiores bem  é a natureza que Deus nos deu,  precisamos cuidar dela.

João vc. falou e apresentou algumas proposta para o estado, já são proposta para uma candidatura ao governo do Estado?

O debate sempre vai existir para um político como  eu que se preocupa e ama nosso estado. Olha, dentro do PV estamos debatendo tudo isso e também candidaturas próprias para o governo e o senado, eu acredito no programa do meu partido,  e meu nome sempre vai está a disposição para as disputas.Obrigado




quinta-feira, 9 de maio de 2013

Violência no Pará: Polícia desvenda homicídio de fazendeiro em Xinguara

"China" e João: Indiciados
Aurélio Piazza foi morto para não levar ao conhecimento das autoridades o furto de gado

  Via Amazônia Informa
 
A Polícia Civil desvendou o assassinato do fazendeiro Aurélio Piazza, morto a tiros em frente a sua fazenda, na zona rural de Xinguara, sul do Pará, no dia 29 de abril deste ano. Dois acusados de envolvimento no crime estão presos. Um deles é o vaqueiro João Emílio Cardoso da Silva, que trabalhava na fazenda Diadema, de propriedade da vítima. O outro é Marcos Mendonça Hendges, o 'China', sobrinho de Aurélio. Segundo as investigações, Aurélio Piazza foi morto para não levar ao conhecimento das autoridades o furto de gado cometido pelos acusados na fazenda Diadema. Fazendeiro conhecido na região, ele foi baleado no momento em que seguiria para a sede de Xinguara. As investigações foram presididas pelo delegado Orimaldo Farias, da Seccional Urbana da cidade. As prisões foram feitas nesta terça-feira (7). A equipe de policiais civis apurou que o vaqueiro João Emílio estava cometendo furtos de cabeças de gado da fazenda. No dia anterior à morte da vítima, ele havia furtado, ao todo, 53 reses bovinas. O delegado, com base nas provas, representou junto ao Poder Judiciário pela prisão preventiva de João Emílio. No mandado de prisão, o vaqueiro é acusado de furto do gado. Ao ser interrogado, João confessou o furto e declarou que cometia o crime em conluio com o sobrinho do fazendeiro. Em meio às investigações, os policiais civis descobriram que o vaqueiro andava armado com um revólver calibre 38, a arma que foi usada no assassinato do fazendeiro, motivo pelo qual ele passou a ser suspeito da morte da vítima. Diante dos fatos, o acusado confessou o assassinato. Em depoimento, João Emílio revelou que matou o fazendeiro pelo fato de Aurélio Piazza ter descoberto os furtos de gado na fazenda. Após a confissão, a equipe policial foi em busca da arma de fogo usada no homicídio, a qual foi apreendida e apresentada na unidade policial para fazer parte do inquérito. O delegado representou à Justiça, logo em seguida, pela prisão preventiva de 'China'. Ambos estão na Seccional de Xinguara à disposição da Justiça. Com informações da Polícia Civil

domingo, 5 de maio de 2013

Prefeito Carlos Vinicius (PMDB) acusado de mandante de morte do advogado Jorge Pimentel, ameça de morte diretor do Sintepp de Tomé-Açu*

A fera de Tomé-Açu

A pistolagem  voltou depois que os tucanos assumiram o poder no Pará. A violência social e política,  saiu do controle. Será que teremos que reeditar o pacto pela vida? Com a palavra o Governador Jatene (PSDB).... *Parádebates


Nova ameaça de morte em Tomé-Açu. Deputado cobra providências da Segup
 
A ameaça de morte recebida pelo coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) de Tomé-Açu e dirigente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no município, Elton Carvalho, será tratada com o secretário estadual de Segurança Pública, Luís Fernandes Rocha, pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) e dirigentes do Sintepp. A audiência será nesta segunda-feira, 6, às 11 horas da manhã, na Segup. O principal suspeito de autoria da ameaça é o prefeito Carlos Vinicius (PMDB/Foto), que também é acusado de mandante dos assassinatos do empresário Luciano Capácio e do advogado Jorge Pimentel, ocorrido naquele município, há dois meses. O prefeito está foragido. 
Edmilson estará representando a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará. No dia 16 de janeiro deste ano, o presidente do PSOL de Tomé-Açu, André Caruaru, também foi assassinado e a suspeita também recai sobre Carlos Vinícios, que teria uma lista de pessoas marcadas para morrer no município. Elton está sofrendo ameaça desde que denunciou possíveis desvios nos recursos do Fundeb no município. O objetivo da audiência será buscar junto ao governo, a proteção das vítimas de ameaças e a prisão dos acusados.

DIA: Segunda-feira, 06/05
HORA: 11 horas
LOCAL: Segup

Enviado ao Blog por Enzie Vidal:
Da assessoria de Imprensa do Deputado Estadual Edmilson Rodrigues

sábado, 4 de maio de 2013

Paralisação em Belo Monte é mantida mesmo com ordem para reintegração de posse



 
Por Luciano Nascimento Repórter da Agência Brasil 
 
Brasília – Cerca de 100 homens da Polícia Militar do Pará chegaram ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, na tarde de hoje (3), para cumprir mandado de reintegração de posse. A medida, no entanto, não foi executada.
As obras estão paradas desde ontem (2), após o canteiro ter sido ocupado por um grupo de manifestantes. Eles pedem que as obras de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia sejam suspensas e que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.
Os manifestantes, indígenas, ribeirinhos e pescadores, lançaram divulgaram hoje uma carta reafirmando a pauta reivindicatória. No documento, eles rejeitam negociar com o Consórcio Construtor Belo Monte e com a Norte Energia. "Nós estamos aqui para dialogar com o governo. Para protestar contra a construção de grandes projetos que impactam, definitivamente, nossas vidas", diz.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o assessor da Secretaria de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Avelino Ganzer, propôs aos índios que uma comissão definida por eles se reunisse em Altamira (PA), na segunda-feira (6), com um grupo interministerial para dicutir a política indígena no país. Os indígenas recusaram a reunião em Altamira e exigiram a presença do grupo no canteiro de obras ocupado, de modo que todos possam participar da conversa.
Por meio de nota, a Norte Energia, empresa responsável pela operação da usina, e o CCBM confirmaram que a ocupação do Sítio Belo Monte continua. A Norte Energia informou ainda que um “contigente da Força Nacional de Segurança, juntamente com a Polícia Militar do Pará”, está no canteiro de obras desde a tarde de hoje a fim de “preservar o patrimônio da obra e, principalmente, a integridade física dos cerca de 4 mil trabalhadores alojados no canteiro”.
A nota diz ainda que “na tarde desta sexta-feira, duas pessoas não indígenas foram intimadas a deixar o local, com base em decisões judiciais. As forças policiais presentes no ato ofereceram transporte até Altamira, mas os referidos indiciados recusaram a oferta e permaneceram nas imediações de Belo Monte”.

Ampliada às 23h para acréscimo de informação
Edição: Aécio Amado
 Agência Brasil