terça-feira, 30 de julho de 2013

Melgaço - Pará é a cidade com pior IDH do Brasil

O melhor e o pior IDHM do Brasil


ONU divulga dados sobre desenvolvimento humano dos municípios. Índice (IDHM) é divulgado uma vez a cada 10 anos

A cidade paulista de São Caetano do Sul, na região do ABC, manteve a liderança no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e com a Fundação João Pinheiro. A cidade atingiu IDHM de 0,862 e, nas duas últimas vezes em que o índice foi divulgado, em 1998 (referentes a dados de 1991) e em 2003 (com dados de 2000), São Caetano também aparece no topo da lista do País.
Publicado uma vez a cada dez anos, o indicador traz para o âmbito municipal o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global, divulgado anualmente pelo PNUD e que mede o desenvolvimento humano dos países. O IDHM, que faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, é medido por uma escala que vai de zero a um – quanto mais próximo de um, melhor o desenvolvimento do local.

Melgaço é a cidade com pior IDH do Brasil

O município de Melgaço, no Marajó, no Pará, tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país: 0,418. A constatação foi apontada pelo novo estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta segunda-feira (29) e intitulado “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013″. Os dados podem ser consultados neste link.
são caetano melhor idhm brasil
São Caetano tem melhor IDH do Brasil (Imagem: Atlas Brasil / ONU)
A cidade com o pior IDH do país é marcada pelo analfabetismo. Melgaço possui cerca de 24 mil habitantes, sendo que metade da população não é alfabetizada, segundo censo publicado em 2012 pelo IBGE.
Em 2003, ano em que o último IDHM foi publicado, o município com o pior quadro no Brasil foi Aroeiras do Itaim, no Piauí, com IDHM de 0,208. A paraense Melgaço registrava um IDHM, naquela época, de 0,260.

Mudanças no cálculo

É importante ressaltar que houve alterações no cálculo do IDHM nesta edição, e que os pesquisadores, para comparação com as edições anteriores, recalcularam os valores com base na nova metodologia.
Com mais de 180 indicadores para os mais de 5.500 municípios do País, a atual edição do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil também permite uma análise das cidades mais bem colocadas por região. A capital do Tocantins, Palmas, por exemplo, atingiu IDHM de 0,788 e lidera o desenvolvimento humano na Região Norte.
No Nordeste, a ilha de Fernando de Noronha (IDHM de 0,788) é a mais bem colocada, enquanto a maranhense Fernando Falcão (0,443) ocupa o outro extremo da tabela. O ranking no Centro-Oeste é encabeçado por Brasília, com IDHM 0,824, enquanto a pior pontuação fica com Japorã (MS), com IDHM 0,526.
Os municípios das Regiões Sul e Sudeste com maior índice de desenvolvimento são Florianópolis (0,847) e São Caetano do Sul, respectivamente. A outra ponta da tabela é ocupada, nas duas regiões, pela paranaense Doutro Ulysses (0,546) e pela mineira São João das Missões (0,529).
A cidade que mais avançou no IDHM nos últimos 10 anos foi Mateiros, no Tocantins. Desde 2000, Mateiros conseguiu um avanço de 0,326 pontos no indicador, passando de 0,281 para 0,607 pontos.
Estados. Na comparação entre Unidades da Federação, o IDHM é liderado pelo Distrito Federal, com 0,824. Em seguida, vêm São Paulo (0,783) e Santa Catarina (0,774). Os Estados com o desempenho mais fraco são Alagoas (0,631) e Maranhão (0,639).

segunda-feira, 29 de julho de 2013

CARLA HIRT: BALEADA, AGREDIDA E ACUSADA DE FORMAR QUADRILHA, MILITANTE DIZ QUE FOI DIFAMADA PELA MÍDIA E TEME REPRESÁLIAS

Via blog Evidentemente de Jadson Oliveira



Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo, de 26/07/2013


Desde a noite do dia 17 de julho a geógrafa Carla Hirt, integrante do Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro, vem vivendo um pesadelo.

Primeiro, foi atingida por dois tiros de balas de borracha durante manifestação na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Depois, foi presa sob acusação de formação de quadrilha, apesar de desconhecer totalmente aqueles que foram presos junto com ela — supostamente integrantes da mesma quadrilha.

Em seguida, Carla foi autuada como se tivesse sido presa na rua Visconde de Pirajá, onde de fato aconteceram atos de vandalismo — quando, assegura, foi presa na rua Redentor, 294, diante de um prédio intacto, de fachada de vidro, onde ela e outros manifestantes se abrigaram justamente para evitar os tiros da polícia.

Finalmente, no dia 25, o jornal O Globo publicou uma reportagem ilustrada por uma foto que sugere que Carla e o marido dela, Igor, agente da ABIN – Agência Brasileira de Inteligência — teriam sido flagrados em atos de vandalismo.
Para ler toda a barbaridade da polícia e do jornal O Globo no Viomundo:

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Juiz do Trabalho recebe proteção por risco de morte no Pará

O juiz do Trabalho em Marabá (PA) Jônatas Andrade está com proteção policial integral, desde esta quinta (25), por conta de suspeitas de que sua morte estaria sendo encomendada por fazendeiros da região.

(blog do Leonardo Sakamoto)

Jônatas tornou-se conhecido por julgar ações trabalhistas de centenas de milhões de reais que envolviam a Vale. No ano passado, recebeu o Prêmio Nacional Direitos Humanos, concedido pela Presidência da República, por conta de sua luta contra o trabalho escravo. Ironicamente, também atua na implantação de programas de proteção aos trabalhadores e lideranças sociais ameaçados de morte no Sul do Pará.

Denúncias que chegaram à Justiça do Trabalho afirmam que o fazendeiro Délcio José Barroso Nunes estaria envolvido. A Polícia Federal procurou-o, nesta quarta (24) e ele foi ouvido hoje, em Rondon do Pará, negando qualquer envolvimento. Este blog não conseguiu localizá-lo até a publicação deste post.
Delsão, como é conhecido, também é acusado de ser o mandante do assassinato de José Dutra da Costa, o Dezinho, liderança de trabalhadores rurais morta em 2000 em Rondon do Pará. Além de desmatamento ilegal, grilagem de terra e violação dos direitos trabalhistas de empregados de suas madeireiras, serrarias e carvoarias.

Em abril deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou nove pessoas que estavam sob sua responsabilidade: duas na fazenda Lacy e sete na madeireira Paricá, ambas no já citado município. Região de extração de madeira, Rondon tem um histórico de violência contra os movimentos sociais, que acusam os grandes fazendeiros locais de terem criado um “sindicato do crime”.

De acordo com fontes que não quiseram se identificar por medo de represálias, Delsão coagia os trabalhadores a não reivindicar seus direitos na Justiça. E, nos casos em que se via obrigado judicialmente a pagar, quitava apenas as primeiras parcelas. Depois, apostava no tempo para vencer o trabalhador pelo cansaço. As denúncias contra ele apontam que a maior parte de seu patrimônio está em nome dos filhos e das mulheres.

Jônatas Andrade percebeu esse modus operandi, reuniu todas as execuções judiciais contra ele (que totalizavam R$ 3,5 milhões) e, cansado de enviar oficiais de Justiça que voltavam de mãos vazias por conta de prepostos que impediam a remoção dos bois, foi até a fazenda e determinou o embarque do gado. Requisitou o parque de exposições da cidade, sob resistência de pecuaristas e políticos locais, para negociar cerca de 900 cabeças a fim de quitar os débitos de Delsão com a Justiça. Segundo informações obtidas na cidade, o fazendeiro reclamou que seus bois de “elite” foram vendidos como bois comuns.

Caso Dezinho
A atuação de Dezinho como liderança de trabalhadores rurais em Rondon do Pará começou na década de 80. Nos anos 90, foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e denunciou práticas de trabalho escravo, pistolagem e a existência de cemitérios clandestinos em fazendas da região. Em 21 de novembro de 2000, foi assassinado com três tiros pelo matador de aluguel Wellington de Jesus Silva, que acabou preso em flagrante. As investigações chegaram até o fazendeiro Décio Barroso Nunes que responde o processo em liberdade.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, a viúva de Dezinho, Maria Joel da Costa, que o sucedeu na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Pará, também foi alvo de ameaças.
 
O juiz do Trabalho em Marabá (PA) Jônatas Andrade está com proteção policial integral, desde esta quinta (25), por conta de suspeitas de que sua morte estaria sendo encomendada por fazendeiros da região.
 
(blog do Leonardo Sakamoto)
 
Jônatas tornou-se conhecido por julgar ações trabalhistas de centenas de milhões de reais que envolviam a Vale. No ano passado, recebeu o Prêmio Nacional Direitos Humanos, concedido pela Presidência da República, por conta de sua luta contra o trabalho escravo. Ironicamente, também atua na implantação de programas de proteção aos trabalhadores e lideranças sociais ameaçados de morte no Sul do Pará.
 
Denúncias que chegaram à Justiça do Trabalho afirmam que o fazendeiro Délcio José Barroso Nunes estaria envolvido. A Polícia Federal procurou-o, nesta quarta (24) e ele foi ouvido hoje, em Rondon do Pará, negando qualquer envolvimento. Este blog não conseguiu localizá-lo até a publicação deste post.
Delsão, como é conhecido, também é acusado de ser o mandante do assassinato de José Dutra da Costa, o Dezinho, liderança de trabalhadores rurais morta em 2000 em Rondon do Pará. Além de desmatamento ilegal, grilagem de terra e violação dos direitos trabalhistas de empregados de suas madeireiras, serrarias e carvoarias.
 
Em abril deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou nove pessoas que estavam sob sua responsabilidade: duas na fazenda Lacy e sete na madeireira Paricá, ambas no já citado município. Região de extração de madeira, Rondon tem um histórico de violência contra os movimentos sociais, que acusam os grandes fazendeiros locais de terem criado um “sindicato do crime”.
 
De acordo com fontes que não quiseram se identificar por medo de represálias, Delsão coagia os trabalhadores a não reivindicar seus direitos na Justiça. E, nos casos em que se via obrigado judicialmente a pagar, quitava apenas as primeiras parcelas. Depois, apostava no tempo para vencer o trabalhador pelo cansaço. As denúncias contra ele apontam que a maior parte de seu patrimônio está em nome dos filhos e das mulheres.
 
Jônatas Andrade percebeu esse modus operandi, reuniu todas as execuções judiciais contra ele (que totalizavam R$ 3,5 milhões) e, cansado de enviar oficiais de Justiça que voltavam de mãos vazias por conta de prepostos que impediam a remoção dos bois, foi até a fazenda e determinou o embarque do gado. Requisitou o parque de exposições da cidade, sob resistência de pecuaristas e políticos locais, para negociar cerca de 900 cabeças a fim de quitar os débitos de Delsão com a Justiça. Segundo informações obtidas na cidade, o fazendeiro reclamou que seus bois de “elite” foram vendidos como bois comuns.
 
Caso Dezinho
A atuação de Dezinho como liderança de trabalhadores rurais em Rondon do Pará começou na década de 80. Nos anos 90, foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e denunciou práticas de trabalho escravo, pistolagem e a existência de cemitérios clandestinos em fazendas da região. Em 21 de novembro de 2000, foi assassinado com três tiros pelo matador de aluguel Wellington de Jesus Silva, que acabou preso em flagrante. As investigações chegaram até o fazendeiro Décio Barroso Nunes que responde o processo em liberdade.
 
Segundo a Comissão Pastoral da Terra, a viúva de Dezinho, Maria Joel da Costa, que o sucedeu na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Pará, também foi alvo de ameaças.
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O juiz do Trabalho em Marabá (PA) Jônatas Andrade está com proteção policial integral, desde esta quinta (25), por conta de suspeitas de que sua morte estaria sendo encomendada por fazendeiros da região.
 
(blog do Leonardo Sakamoto)
 
Jônatas tornou-se conhecido por julgar ações trabalhistas de centenas de milhões de reais que envolviam a Vale. No ano passado, recebeu o Prêmio Nacional Direitos Humanos, concedido pela Presidência da República, por conta de sua luta contra o trabalho escravo. Ironicamente, também atua na implantação de programas de proteção aos trabalhadores e lideranças sociais ameaçados de morte no Sul do Pará.
 
Denúncias que chegaram à Justiça do Trabalho afirmam que o fazendeiro Délcio José Barroso Nunes estaria envolvido. A Polícia Federal procurou-o, nesta quarta (24) e ele foi ouvido hoje, em Rondon do Pará, negando qualquer envolvimento. Este blog não conseguiu localizá-lo até a publicação deste post.
Delsão, como é conhecido, também é acusado de ser o mandante do assassinato de José Dutra da Costa, o Dezinho, liderança de trabalhadores rurais morta em 2000 em Rondon do Pará. Além de desmatamento ilegal, grilagem de terra e violação dos direitos trabalhistas de empregados de suas madeireiras, serrarias e carvoarias.
 
Em abril deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou nove pessoas que estavam sob sua responsabilidade: duas na fazenda Lacy e sete na madeireira Paricá, ambas no já citado município. Região de extração de madeira, Rondon tem um histórico de violência contra os movimentos sociais, que acusam os grandes fazendeiros locais de terem criado um “sindicato do crime”.
 
De acordo com fontes que não quiseram se identificar por medo de represálias, Delsão coagia os trabalhadores a não reivindicar seus direitos na Justiça. E, nos casos em que se via obrigado judicialmente a pagar, quitava apenas as primeiras parcelas. Depois, apostava no tempo para vencer o trabalhador pelo cansaço. As denúncias contra ele apontam que a maior parte de seu patrimônio está em nome dos filhos e das mulheres.
 
Jônatas Andrade percebeu esse modus operandi, reuniu todas as execuções judiciais contra ele (que totalizavam R$ 3,5 milhões) e, cansado de enviar oficiais de Justiça que voltavam de mãos vazias por conta de prepostos que impediam a remoção dos bois, foi até a fazenda e determinou o embarque do gado. Requisitou o parque de exposições da cidade, sob resistência de pecuaristas e políticos locais, para negociar cerca de 900 cabeças a fim de quitar os débitos de Delsão com a Justiça. Segundo informações obtidas na cidade, o fazendeiro reclamou que seus bois de “elite” foram vendidos como bois comuns.
 
Caso Dezinho
A atuação de Dezinho como liderança de trabalhadores rurais em Rondon do Pará começou na década de 80. Nos anos 90, foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e denunciou práticas de trabalho escravo, pistolagem e a existência de cemitérios clandestinos em fazendas da região. Em 21 de novembro de 2000, foi assassinado com três tiros pelo matador de aluguel Wellington de Jesus Silva, que acabou preso em flagrante. As investigações chegaram até o fazendeiro Décio Barroso Nunes que responde o processo em liberdade.
 
Segundo a Comissão Pastoral da Terra, a viúva de Dezinho, Maria Joel da Costa, que o sucedeu na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Pará, também foi alvo de ameaças.
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terça-feira, 16 de julho de 2013

Empresa Status manda seguranças espancar diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém


Via site do Sticmb

No dia 11 de julho, seguranças da empresa Status agrediram o diretor do Stimcb  Antonio de Jesus, conhecido como “Zé Gotinha”. Ele participava da mobilização do dia 11 de julho em frente de uma das  obra da Status na Av. Augusto Montenegro, próximo  ao supermercado Líder, os trabalhadores se concentravam em frente a obra mobilizando  os companheiros para participarem da passeata pelo Dia de Greves, Paralisações e Manifestações, convocado pelas Centrais sindicais e Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém, quando conversava com os operários Zé Gotinha foi covardemente agredido por seguranças da empresa, só não aconteceu o pior por que os operários intervieram. Com varias hematomas no corpo Zé foi levado para o atendimento médico e depois se deslocou a sede do Stimcb e denunciou para a imprensa.  

Foto Rui Baiano Santana

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A PRÁTICA E A APATIA POLÍTICA BRASILEIRA É PROBLEMA CULTURAL. É POSSÍVEL MUDAR A POLÍTICA ?



Prof. Ulisses Vasconcelos
Parágrafo 1 - Desde muito jovem, lembro-me de Jáder Barbalho, naquela época inimigo político do governador Alacid Nunes, como um personagem que se destaca no cenário político paraense e nacional. Quando Jáder tornou-se governador, fui algumas vezes ter com ele, juntamente com outras lideranças estudantis, como representante do Centro Acadêmico de Medicina e Enfermagem da FEP (atual UEPA), solicitar apoio à criação da UEPA (Universidade Estadual do Pará) e frete de um ônibus aos estudantes para deslocarem-se a um Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) que seria realizado em Piracicaba-SP, em uma época de grande agitação política dos sindicatos dos metalúrgicos e do último presidente da República João Figueiredo. Essas e outras solicitações foram atendidas por Jáder. Hoje, talvez ele seja o político paraense com um 'grande poder' mais conhecido em todo o Brasil. Foi ele inclusive que colocou em seu governo o desconhecido Jatene (atual governador paraense), que aliou-se ao Almir Gabriel (ex-governador já falecido) contra ele; e agora Jatene o persegue pessoal e politicamente. Toda essa prática política, desde os confrontos políticos de Jáder com Alacid até Jáder com Jatene em dias atuais, sempre deixou a população à margem das grandes decisões políticas. A apatia política do brasileiro faz com que o cenário de exclusão social, corrupção e falta de infraestrutura cada vez aumente mais, haja vista que no imaginário popular, para a grande população brasileira, há a ideia de que 'Política' nunca foi um assunto público, mas sim algo remoto a poucos intelectuais ou àqueles que se dedicam a ela. Afinal, o problema é cultural. Para muitos brasileiros, o poder político obtido por aqueles que são eleitos é algo irrevogável, inalienável. Mesmo que na teoria o país seja uma República Democrática, na qual o poder dos representantes dos cargos legislativos e executivos emana do povo, na prática o povo tem pouca consciência disso.
Há a ideia de que o poder é absoluto (Democracia de poder absoluto) nas mãos dos governantes. Se na teoria nosso país é 'democrático', na prática, no imaginário popular, somos ainda uma monarquia. Isso impede que se veja a 'Política' de uma forma séria e, mais ainda, impede seu desenvolvimento, sua verdadeira reforma e transformação, que levaria à realização desta como ela deveria ser, ou seja, voltada ao bem comum, ao desenvolvimento da nação como um todo, e não um espaço de corrupção como está sendo por toda parte no cenário político.

domingo, 14 de julho de 2013

Jader Barbalho, a Justiça e a força das ruas


A recente condenação do Jader Barbalho a ressarcir R$ 2,2 milhões à União, por apropriação ilícita de recursos públicos federais (decisão que ainda cabe recurso), pode parecer uma coisa corriqueira da Justiça. Pode parecer, mas talvez as manifestações das ruas tenham chegado aos ouvidos dos homens togados.
Não custa imaginar que talvez o Judiciário brasileiro também tenha que descer do seu pedestal e ensaiar uma resposta à voz das ruas. E essa resposta pode atingir um Jader Barbalho, que passou por um triz na Lei da Ficha Limpa. Não esqueçamos que o Supremo já se expôs bastante para segurar a posse do "Caboclo Paraense", como ele próprio se denomina.
Na nomenclatura dos visados pela Justiça, Jader é um dos nomes mais vulneráveis: Sarney tem uma retaguarda, Lula; Renan Calheiros tem o núcleo duro do PMDB; enquanto que Jader está enfraquecido na política nacional. Talvez Sua Majestade, a Justiça, tenha que entregar a cabeça de alguém na bandeja para a turba. Quem será?