Via blog do Zé Dudu
Por Ulisses Pompeu – de Marabá
O prefeito de Marabá, João Salame Neto (PPS) está
encurralado e na eminência de perder o mandato, assim como aconteceu com
os dois últimos gestores daquele município (Tião Miranda e Maurino
Magalhães), que foram afastados por problemas eleitorais.
Nesta quinta-feira, 10, no Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-PA), Salame foi julgado em um processo de 2010, na época
em que era candidato à reeleição a deputado estadual. Pessoas ligadas ao
então deputado foram flagradas com notas assinadas por Salame em um
posto de combustível para entregar gasolina para correligionários.
O caso demorou, mas chegou ao Pleno do TRE, tendo
como relatora a juíza Ezilda Pastana, que já atuou na comarca de Marabá
na década de 1990. Ela votou favorável à condenação de Salame e sugeriu
aos colegas do tribunal que ele tenha o atual mandato de prefeito
cassado, perca os direitos políticos por oito anos e ainda pague uma
multa no valor de R$ 100 mil.
Segundo apurou o blog, além da relatora, a revisora e
outros dois membros do Tribunal Regional Eleitoral votaram a favor da
condenação de João Salame. Seu consolo temporário é que um outro
magistrado pediu vistas do processo e a votação foi suspensa por cerca
de dez dias. Quando o caso voltar ao Plenário para votação, caso mais um
juiz condene Salame, ele perderá o cargo e seu vice, Luiz Carlos Pies,
assumirá em seu lugar, uma vez que Pies não tem nenhuma relação com o
suposto crime eleitoral cometido na eleição de Salame para deputado
estadual em 2010.
Sem querer fazer juízo de valor, a defesa do prefeito
João Salame pisou na bola ao deixar de suscitar a suspeição da relatora
do caso, visto ser publico e notório em Marabá que a mesma teve
entrevero com a atual esposa de Salame na década de 1990, inclusive com
uma briga em ambiente público.
Enquanto a votação do caso Salame no TRE-PA se
desenrolava, muitas pessoas, a maioria ligada à política municipal,
acompanhavam o desfecho do caso através de informantes que estavam no
Tribunal e passavam mensagens o tempo todo. A partir de então, muitos
políticos que ocupam cargo no governo já temem uma saída de Salame e a
consequente assunção da turma do PT de Luiz Carlos Pies no poder,
podendo mudar completamente o cenário administrativo do município. “Se o
caso for parar no TSE, em Brasília, o PT é muito influente e pode
evitar que Salame retorne ao cargo”, avalia um analista político em
Marabá.
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