sábado, 31 de agosto de 2013

Prof. Ulisses Vasconcelos comenta o ENEM E A NOVA REALIDADE

A história dos ativistas Black Bloc no Brasil e no mundo


Black Block Paraenses                                   Foto  Rui Baiano Santana
Ontem a nossa equipe bateu um papo rápido com os Black Block  paraenses na manifestação das Centrais em frente ao CIG (Centro Integrado de Governo), eles não gostam de fotos, esta foi  feita por Rui Baiano Santana, com autorização,  passamos um número de celular  para eles entrarem em contato para fazermos uma entrevista. Veja a matéria abaixo e entenda um pouco o que é os Black Bloc:

Black Bloc: “Fazemos o que os outros não têm coragem de fazer”. Ativistas afirmam não temer o confronto com a polícia e defendem a destruição de “alvos capitalistas”. Conheça a história e a forma de luta que se popularizou com o movimento antiglobalização e ganha destaque no Brasil

Paulo Cezar Monteiro, Revista Fórum
“Os ativistas Black Bloc não são manifestantes, eles não estão lá para protestar. Eles estão lá para promover uma intervenção direta contra os mecanismos de opressão, suas ações são concebidas para causar danos às instituições opressivas.” É dessa forma que a estratégia de ação do grupo que vem ganhando notoriedade devido às manifestações no País é definida por um vídeo, divulgado pela página do Facebook “Black Bloc Brasil”, que explica parte das motivações e forma de pensar dos seus adeptos.
A ação, ou estratégia de luta, pode ser reconhecida em grupos de pessoas vestidas de preto, com máscaras ou faixas cobrindo os rostos. Durante os protestos, eles andam sempre juntos e, usualmente, atacam de maneira agressiva bancos, grandes corporações ou qualquer outro símbolo das instituições Eles afirmam não temer o confronto com a polícia e defendem a destruição de “alvos capitalistas”. Conheça a história e a forma de luta que se popularizou com o movimento antiglobalização e ganha destaque no Brasil “capitalistas e opressoras”, além de, caso julguem necessário, resistirem ou contra-atacarem intervenções policiais.
black bloc brasil quem são
Black Bloc: “Fazemos o que os outros não têm coragem de fazer” (Foto: Flickr.com/nofutureface)
Devido ao atual ciclo de protestos de rua, o Black Bloc entrou no centro do debate político nacional. Parte das análises e opiniões classifica as suas ações como “vandalismo” ou “violência gratuita”, e também são recorrentes as críticas ao anonimato produzido pelas máscaras ou panos cobrindo a face dos adeptos. Mas o Black Bloc não é uma organização ou entidade. Leo Vinicius, autor do livro Urgência das ruas – Black Bloc, Reclaim the Streets e os Dias de Ação Global, da Conrad, (sob o pseudônimo Ned Ludd), a define o como uma forma de agir, orientada por procedimentos e táticas, que podem ser usados para defesa ou ataque em uma manifestação pública.
Zuleide Silva (nome fictício), anarquista e adepta do Black Bloc no Ceará, frisa que eles têm como alvo as “instituições corporativas” e tentam defender os manifestantes fora do alcance das ações repressoras da polícia. “Fazemos o que os manifestantes não têm coragem de fazer. Botamos nossa cara a tapa por todo mundo”, afirma.

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O jornalista e estudioso de movimentos anarquistas, Jairo Costa, no artigo “A tática Black Bloc”, publicado na Revista Mortal, lembra que o Black Bloc surgiu na Alemanha, na década de 1980, como uma forma utilizada por autonomistas e anarquistas para defenderem os squats (ocupações) e as universidades de ações da polícia e ataques de grupos nazistas e fascistas. “O Black Bloc foi resultado da busca emergencial por novas táticas de combate urbano contra as forças policiais e grupos nazifascistas. Diferentemente do que muitos pensam, o Black Bloc não é um tipo de organização anarquista, ONG libertária ou coisa parecida, é uma ação de guerrilha urbana”, contextualiza Costa.
De acordo com um dos “documentos informativos” disponíveis na página do Facebook, alguns dos elementos que os caracterizam são a horizontalidade interna, a ausência de lideranças, a autonomia para decidir onde e como agir, além da solidariedade entre os integrantes. Atualmente, há registros, por exemplo, de forças de ação Black Bloc nas recentes manifestações e levantes populares no Egito.

Black Bloc no Brasil

Para Leo Vinicius, é um “pouco surpreendente” que essa estratégia de manifestação urbana, bastante difundida ao redor do mundo, tenha demorado a chegar por aqui. “Essa forma de agir em protestos e manifestações ganhou muito destaque dentro dos movimentos antiglobalização, na virada da década de 1990 para 2000. Não é uma forma de ação política realmente nova”. No Brasil, existem páginas do movimento de quase todas as capitais e grandes cidades, a maior parte delas criadas durante o período de proliferação dos protestos. A maior é a Black Bloc Brasil, com quase 35 mil seguidores, seguida pela Black Bloc–RJ, com quase 20 mil membros.
A respeito da relação com o anarquismo, Vinicius faz uma ressalva. É preciso deixar claro que a noção de que “toda ação Black Bloc é feita por anarquistas e que todos anarquistas fazem Black Bloc” é falsa. “A história do Black Bloc tem uma ligação com o anarquismo, mas outras correntes como os autonomistas, comunistas e mesmo independentes também participavam. Nunca foi algo exclusivo do anarquismo. Na prática, o Black Bloc, por se tratar de uma estratégia de operação, pode ser utilizado até por movimentos da direita”, explica o escritor.
Para alguns ativistas, o processo de aceitação das manifestações de rua, feito pela grande mídia e por parte do público, de certa forma impôs que, para serem considerados legítimos, os protestos deveriam seguir um padrão: pacífico, organizado, com cartazes e faixas bem feitas e em perfeito acordo com as leis. Vinicius demonstra certa preocupação com a possibilidade do fortalecimento da ideia de que essa forma “pacífica” seja vista como o único meio possível ou legítimo de protestar. Ele afirma que não entende como violenta a ação Black Bloc de quebrar uma vidraça ou se defender de uma ação policial excessiva. “A violência é um conceito bastante subjetivo. Por isso, não dá pra taxar qualquer ato como violento, é preciso contextualizá-lo, entender as motivações por trás de cada gesto”, avalia.
Para ele, a eficácia de uma manifestação está em saber articular bem formas de ação “pacíficas” e “não pacíficas”. Foi esse equilíbrio, analisa, que fez com que o Movimento Passe Livre – São Paulo (MPL-SP) barrasse o aumento da tarifa na capital paulista. “Só com faixas e cartazes a tarifa não teria caído”, atesta. “Quem tem o poder político nas mãos só cede a uma reivindicação pelo medo, por sentir que as coisas podem sair da rotina, de que ele pode perder o controle do Estado”, sentencia.
Por outro lado, Vinicius alerta que é preciso perceber os limites para evitar que as ações mais “radicais” façam com que o movimento seja criminalizado ou se isole da sociedade e, com isso, perca o potencial de realizar qualquer mudança. Em sua obra, faz a seguinte definição daqueles que adotam a estratégia Black Bloc: “Eles praticam uma desobediência civil ativa e ação direta, afastando assim a política do teatro virtual perfeitamente doméstico, dentro do qual [a manifestação política tradicional] permanece encerrada. Os BB não se contentam com simples desfiles contestatórios, certamente importantes pela sua carga simbólica, mas incapazes de verdadeiramente sacudir a ordem das coisas”, aponta.
Outra crítica recorrente é o fato de os BB usarem máscaras ou panos para cobrirem os rostos. Os adeptos da ação explicam que as máscaras são um meio de proteger suas identidades para “evitar a perseguição policial” e outras formas de criminalização, como também criar um “sentimento de unidade” e impedir o surgimento de um “líder carismático”.

Luta antiglobalização

Com o passar do tempo, segundo Jairo Costa, as táticas Black Bloc passaram a ser reconhecidas como um meio de expressar a ira anticapitalista. Ele explica que geralmente as ações são planejadas para acontecer durante grandes manifestações de movimentos de esquerda.
O estudioso destaca como um dos momentos mais significativos da história Black Bloc a chamada “Batalha de Seattle”, em 1999, contra uma rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 30 de novembro daquele ano, após uma tarde de confrontos com as forças policiais, uma frente móvel de black blockers conseguiu quebrar o isolamento criado entre os manifestantes e o centro comercial da cidade. Após vencer o cerco policial, os manifestantes promoveram a destruição de várias propriedades, limusines e viaturas policiais, e fizeram várias pichações com a mensagem “Zona Autônoma Temporária”. Estimativas apontam prejuízos de 10 milhões de dólares, além de centenas de feridos e 68 prisões.
Para Costa, um dos episódios mais impactantes – e duros – da história Black Bloc foi o assassinato de Carlo Giuliani, jovem anarquista de 23 anos, durante a realização simultânea do Fórum Social de Gênova e a reunião do G8 (Grupo dos oito países mais ricos), na Itália, em julho de 2001. Ele lembra que, após vários confrontos violentos – alguns deles vencidos pelos manifestantes, que chegaram a provocar a fuga dos policiais, que deixaram carros blindados para trás –, ocorreu o episódio que levou à morte de Giuliani.
“Ele partiu para cima de um carro de polícia tentando atirar nele um extintor de incêndio. Muitos fotógrafos estavam por lá e seus registros falam por si. Ao se aproximar do carro, Giuliani é atingido por dois tiros, um na cabeça. E, numa cena macabra, o carro da polícia dá marcha a ré e atropela-o várias vezes”, narra. Os assassinos de Carlo Giuliani não foram condenados. Dois anos após o fato, a Justiça italiana considerou que a ação policial se deu como “reação legítima” ao comportamento do militante.

Alvos capitalistas

Entre as formas de ação direta do Black Bloc destacam-se os ataques aos chamados “alvos simbólicos do capital”, que incluem joalherias, lanchonetes norte-americanas ou ainda a depredação de instituições oficiais e empresas multinacionais. Costa explica que essas ações “não têm como objetivo atingir pessoas, mas bens de capital”.
Zuleide justifica a destruição praticada contra multinacionais ou outros símbolos capitalistas, porque elas seriam mecanismo de “exploração e exclusão das pessoas”. “Queremos que esses meios que oprimem e desrespeitam um ser humano se explodam, vão embora, morram. Trabalhar dez horas por dia para não ganhar nada, isso é o que nos enfurece. Por isso, nossas ações diretas a eles, porque queremos causar prejuízos, para que percebam que há pessoas que rejeitam aquilo e que lutam pela população”, explica.
Ela reconhece que essas ações diretas podem deixá-los “mal vistos” na sociedade, já que há pessoas que pensam: “Droga, não vou poder mais comer no ***** porque destruíram tudo”. Porém, Zuleide afirma que o trabalhador, explorado por essas corporações, “adoraria fazer o que nós fazemos”, mas, por ter família para sustentar e contas a pagar, não faz. “Esse é mais um dos motivos que nos fazem do jeito que somos”, pontua.
Vinicius explica que, nas “ações diretas”, os black blockers atacam bens particulares por considerarem que “a propriedade privada – principalmente a propriedade privada corporativa – é em si própria muito mais violenta do que qualquer ação que possa ser tomada contra ela”. Quebrar vitrines de lojas, por exemplo, teria como função destruir “feitiços” criados pela ideologia capitalista. Esses “feitiços” seriam meios de “embalar o esquecimento” de todas as violências cometidas “em nome do direito de propriedade privada” e de “todo o potencial de uma sociedade sem ela [as vitrines]”.

Sem violência?

Em praticamente todas as manifestações, independentemente das causas e dos organizadores, tornou-se comum o grito: “Sem violência! Sem violência!”, que tinha como destinatários os policiais que, teoricamente, entenderiam o caráter “pacifista” do ato. Também seria uma tentativa de coibir a ação de “vândalos” ou “baderneiros”, que perceberiam não contar com o apoio do restante da massa.
Zuleide reconhece que, inicialmente, a ação Black Bloc era alvo desses gritos, mas, segundo ela, quando as pessoas entendem a forma como eles atuam, isso muda. “Os manifestantes perceberam que o Estado não iria nos deixar falar, nos deixar reivindicar algo, e começaram a nos reprimir. Quando há confronto [com a polícia], nós os ajudamos retardando a movimentação policial ou tirando eles de situações que ofereçam perigo, e alguns perceberam isso”, afirma.
Apesar de os confrontos com policiais não serem uma novidade durante as suas ações, os adeptos afirmam não ter como objetivo atacar policiais. Contudo, outro documento intitulado “Manifesto Black Bloc” deixa claro que, caso a polícia assuma um caráter “opressor ou repressor”, ela se torna, automaticamente, uma “inimiga”.
No “Manual de Ação Direta – Black Bloc”, também disponível na internet, a desobediência civil é definida como “a não aceitação” de uma regra, lei ou decisão imposta, “que não faça sentido e para não se curvar a quem a impõe. É este o princípio da desobediência civil, violenta ou não”. Entre as possibilidades de desobediência civil são citadas, por exemplo, a não aceitação da proibição da polícia que a manifestação siga por determinado caminho, a resistência à captura de algum manifestante ou, ainda, a tentativa de resgatar alguém detido pelos policiais.
Também são ensinadas táticas para resistir a gás lacrimogêneo, sprays de pimenta e outras formas de ação policial, além de dicas de primeiros socorros e direitos legais dos manifestantes. De acordo com o documento, as orientações desse manual tratam apenas da desobediência civil “não violenta”.
Outra orientação é que seja definido, antes da manifestação, se a desobediência civil será “violenta” ou “não violenta”. Caso se opte pela ação ‘não violenta’, essa decisão deve ser respeitada por todos, visto que não cumprir o combinado pode pôr “em risco” outros companheiros, além de ser um sinal de “desrespeito”.
Contudo, o mesmo manual deixa claro que o que “eles fazem conosco” todos os dias é uma violência, sendo assim, “a desobediência violenta é uma reação a isso e, portanto, não é gratuita, como eles tentam fazer parecer”.

Uma breve história

1980: O termo Black Bloc (Schwarzer Block) é usado pela primeira vez pela polícia alemã, como
forma de identificar grupos de esquerda na época denominados “autônomos, ou autonomistas”, que lutavam contra a repressão policial aos squats (ocupações).
1986: Fundada, em Hamburgo (Alemanha), a liga autonomista Black Bloc 1500, para defender o Hafenstrasse Squat.
1987: Anarquistas vestidos com roupas pretas protestam em Berlim Ocidental, por ocasião da presença de Ronald Reagan, então presidente dos EUA, na cidade.
1988: Em Berlim Ocidental, o Black Bloc confronta-se com a polícia durante uma manifestação
contra a reunião do Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
1992: Em São Francisco (EUA), na ocasião do 500º aniversário da descoberta da América por Cristóvão Colombo, o Black Bloc manifesta-se contra o genocídio de povos nativos das Américas.
1999: Seattle contra a Organização Mundial do Comércio (OMC). Estima-se em 500 o número de integrantes do Black Bloc que destruíram o centro econômico da cidade.
2000: Em Washington, durante reunião do FMI e Banco Mundial, cerca de mil black blockers anticapitalistas saíram às ruas e enfrentaram a polícia.
2000: Em Praga (República Tcheca), forma-se um dos maiores Black Blocs que se tem notícia, durante a reunião do FMI. Cerca de 3 mil anarquistas lutam contra a polícia tcheca.
2001: Quebec (Canadá). Membros do Black Bloc
são acusados de agredir um policial durante uma marcha pela paz nas ruas de Quebec. Após esse evento, a população local e vários manifestantes de esquerda distanciaram-se da tática Black Bloc e de seus métodos extremos.
2001: A cidade de Gênova (Itália), ao mesmo tempo, recebeu a cúpula do G8 e realizou o Fórum Social de Gênova, com um grande número de Black blockers, além de aproximadamente de 200 mil ativistas. A ação ficou marcada pela violenta morte do jovem Carlo Giuliani, de 23 anos.
2007: Em Heiligendamm (Alemanha), reunião do G8 foi alvo de uma ação com a participação de cerca de 5 mil blackblockers . Mobilização Black Bloc de cerca de 5.000 pessoas
2010: Toronto (Canadá), na reunião do G20. Neste confronto, mais de 500 manifestantes foram presos e dezenas de outros ativistas foram parar em hospitais com inúmeras fraturas.
2013: Cairo (Egito). O Black Bloc aparece com forte atuação nos protestos da Praça Tahir, no combate e resistência ao exército do então presidente Hosni Mubarak.
Fonte: Artigo “A Tática Black Bloc”, escrito por Jairo Costa, na Revista Mortal, 2010

domingo, 25 de agosto de 2013

PT assume com PMDB apoio a filho de Jader Barbalho no Pará

"Ala do PT ligada à ex-governadora Ana Júlia Carepa insiste no lançamento de candidatura própria"

Em troca de palanque para Dilma, partido também estará com Renan Calheiros na disputa em Alagoas

Por Fernanda Krakovics

 


BRASÍLIA
 
Em jantar marcado por críticas à ausência de uma coordenação política efetiva do Palácio do Planalto, as cúpulas do PT e do PMDB discutiram, na noite de anteontem, as divergências entre os dois partidos nas eleições estaduais do ano que vem. Um dos poucos resultados concretos do encontro foi o compromisso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, de enquadrar seu partido no Pará e apoiar a candidatura de Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ao governo do estado. Falcão também afirmou que o PT apoiará a candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros, para governador de Alagoas.
A prioridade da direção nacional do PT é a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Por isso, o compromisso com dois importantes líderes regionais do PMDB. Em segundo lugar, a cúpula petista quer aumentar suas bancadas na Câmara e no Senado para não ficar tão refém dos aliados, como do próprio PMDB. Assim, o comando do PT exigirá sacrifícios de sua base nas disputas para governador e dará a palavra final sobre as candidaturas. O jantar de anteontem ocorreu no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice Michel Temer.
Apesar da garantia dada por Rui Falcão, a relação com o PMDB continua ruim no Pará. Isso porque a ala do PT ligada à ex-governadora Ana Júlia Carepa insiste no lançamento de candidatura própria. No jantar, Jader Barbalho foi o mais contundente nas críticas à articulação política e à comunicação do governo Dilma.
Esse, aliás, foi um dos pontos de convergência entre PMDB e PT na reunião. Até o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), reclamou da falta de divulgação das obras e programas da administração Dilma, que acabam sendo apropriados pela oposição.
No encontro, os peemedebistas cobraram apoio do PT para seus candidatos e ameaçaram não apoiar a reeleição de Dilma em estados como o Rio de Janeiro e o Ceará. O Rio é o estado que tem o maior peso (maior número de delegados) na convenção nacional do PMDB, que decidirá o rumo da sigla na eleição presidencial do ano que vem. O Ceará é o terceiro em número de votos na convenção.
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), cobrou dos petistas apoio à candidatura do atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Lembrou que o Rio tem cerca de 20% dos votos na convenção nacional do partido e exibiu uma tabela com a diferença de votos entre Dilma e José Serra (PSDB), por estado, nas eleições de 2010, para mostrar que o apoio do PMDB pode ser decisivo para a reeleição da petista - Dilma teve no Rio a maior votação do centro-sul do país.
Após ouvir Eduardo Cunha, o presidente do PT disse que o Rio é o principal problema a ser resolvido, mas afirmou que, na conjuntura atual, de alta rejeição ao governo Sérgio Cabral, a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) é uma alternativa, e que o partido trabalha com esse cenário.
Outro momento de tensão foi a avaliação do quadro no Ceará. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), pré-candidato a governador, afirmou, segundo relatos, que não aceita dois palanques de Dilma no estado - o outro seria do PSB. E que, se isso acontecer, ele vai para a oposição. Eunício tem negociado com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB).
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e seu irmão, Ciro, têm mantido conversas com o PT para ceder o palanque no Ceará a Dilma. Ontem, ao ser questionado, Eunício negou o ultimato:
- O Ceará, a gente combinou de discutir mais para a frente. Não tenho angústia e espero que os aliados estejam todos juntos. Eu, sozinho, tenho seis minutos de propaganda na televisão - afirmou Eunício.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Via twitter Deputado Bordalo Ataca os Rebeldes do PT que não querem apoiar Helder Barbalho

Tweets

  1. Atacar na imprensa o PT e suas lideranças de forma despropositada contraria o Regimento e o Estatuto do Partido dos Trabalhadores.
  2. Dividir a base de apoio de Dilma(PT) c/ ataques à aliados é um desserviço à reeleição da Presidente e um grande serviço ao tucanato.
  3. Atacar o PT e suas lideranças em jornal fragiliza o partido e serve como uma luva aos propósitos de Jatene(PSDB)
  4. Lançar candidato"Próprio do PT"em afronta as instancias partidárias em conluio c/ O Liberal é trabalhar p/ dividir o partido. A quem serve?
  5. Lançar candidato"próprio do PT"sem combinar c/ o partido e muito menos em construção c/ aliados é fazer jogo de Jatene p/ dividir oposição.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ÚLTIMOS ESCRITOS DE LENIN: CONTRA A BUROCRATIZAÇÃO DO ESTADO E DO PARTIDO

Via Blog Evidetemente de Jadson Oliveira


Além da tentativa vã de afastar Stalin do comando da Revolução Bolchevique, realçando traços nefastos de sua personalidade – “Stalin é grosseiro demais...” –, o líder revolucionário dedicou suas últimas forças a “uma verdadeira guerra, não apenas teórica, mas contra todas as expressões práticas da burocratização: os privilégios dos dirigentes, a opressão nacional, o rebaixamento do nível político e teórico do partido e outras”.

Reproduzido do sítio da revista Caros Amigos


A Editora Sundermann acaba de lançar Últimos escritos e Diário das secretárias, uma coletânea de cartas e artigos redigidos por Lenin entre setembro de 1921 e março de 1922, ou seja, nos seus 18 últimos meses de atividade política.

 
A temática mais geral da coletânea, presente em praticamente todos os materiais reunidos, é a luta de Lenin contra a burocratização do Estado soviético e do Partido Bolchevique. Mesmo com sua saúde extremamente abalada devido a dois derrames cerebrais, Lenin declara uma verdadeira guerra, não apenas teórica, mas contra todas as expressões práticas da burocratização: os privilégios dos dirigentes, a opressão nacional, o rebaixamento do nível político e teórico do partido e outras.


O mito stalinista e liberal

 
Entre os textos publicados, está a “Carta ao congresso”, conhecida também como “Testamento político de Lenin”. Nela, o fundador da URSS faz uma dura avaliação sobre Stalin e seu papel no aparato do partido. Mais do que uma simples crítica, Lenin propõe a destituição de Stalin do cargo de Secretário Geral e sua relocalização em outra tarefa partidária:  

“Stalin é grosseiro demais, e este defeito, plenamente tolerável em nosso meio e entre nós, os comunistas, se torna intolerável no cargo de Secretário Geral. Por isso proponho aos camaradas que pensem a forma de passar Stalin a outro posto e nomear a este cargo outro homem, que se diferencie do camarada Stalin em todos os demais aspectos apenas por uma vantagem, a saber: que seja mais tolerante, mais leal, mais delicado e mais atencioso com os camaradas, menos caprichoso etc.”  

Bastaria esta citação para demonstrar como são falsas as “teorias” de que o stalinismo é a continuação do leninismo. Ao contrário, a última batalha de Lenin foi justamente contra Stalin, não apenas por sua postura burocrática, mas também por razões políticas profundas. 

Lenin e Stalin estiveram em campos opostos em todas as mais importantes lutas daquele período: na questão do monopólio do comércio exterior, quando o CC bolchevique flexibilizou as leis de controle da economia a revelia das posições de Lenin; na assim chamada “questão georgiana”, quando membros do CC do Partido Comunista da Geórgia foram agredidos fisicamente por Sergo Ordzhonikidze, enviado especial de Stalin à Geórgia em 1922 para discutir a formação da URSS. Em todas essas questões e em inúmeras outras, Lenin via claramente a influência de Stalin e lutava contra ele. Sua proposta de conformar com Trotsky um “bloco contra a burocracia em geral e contra o Bureau de Organização em particular” é altamente ilustrativa a esse respeito.  

Mas o enfrentamento entre Lenin e Stalin não se restringiu ao campo político. Na véspera de seu terceiro derrame, que lhe retiraria completamente a fala e os movimentos do corpo, Lenin rompe suas relações pessoais com Stalin devido a um incidente envolvendo Nadezhda Krupskaya, esposa de Lenin. Em uma carta secreta, datada de 5 de março de 1923, Lenin escrevia a Stalin:  

“Você fez a grosseria de chamar minha esposa ao telefone e ofendê-la. (…) Não tenho intenção de esquecer tão facilmente o que foi feito contra minha pessoa, e não tenho necessidade de lhe dizer que o que for feito contra minha esposa eu considero também feito contra mim. Portanto, peço-lhe que reflita e comunique-me se está disposto a retirar suas palavras e a se desculpar ou se prefere romper as nossas relações.”  

Estes e outros materiais foram escondidos ou ignorados durante muitos anos. Primeiro pelo stalinismo, por razões óbvias. E depois, pela própria historiografia liberal, pois desses escritos emerge um Lenin que luta com todas as suas últimas forças contra a burocratização do partido e do Estado, e para impedir a degeneração completa da maior obra revolucionária de todos os tempos: a república soviética de operários, camponeses e soldados.


Diário das secretárias

 
Foi incluído também nesta coletânea o assim chamado Diário das secretárias, um conjunto de cadernos de notas, utilizados pelas secretárias de Lenin durante os últimos meses de trabalho do líder revolucionário. Nestas anotações, feitas por secretárias e estenografistas que eram ao mesmo tempo militantes e quadros bolcheviques, revela-se o lado mais humano de Lenin, seus hábitos, comentários isolados e reações em um momento tão difícil de adoecimento e perda progressiva de suas faculdades físicas. Além disso, nas entrelinhas do Diário ficam evidentes as limitações burocráticas às quais Lenin estava submetido por parte do Bureau Político, mais especificamente por parte de Stalin. 

Através das observações sobre a rotina de trabalho de Lenin, é possível reconstruir mentalmente o verdadeiro cordão sanitário construído em torno ao líder afastado, de forma que este soubesse o mínimo possível e opinasse menos ainda.


Uma lição para o futuro  

Entre os materiais reunidos, há vários textos inéditos em português e outros que não eram publicados desde o final da década de 1970. A presente edição dos Últimos escritos foi enriquecida ainda com inúmeras notas explicativas, além de uma detalhada introdução histórica, que localiza cada tema em seu tempo e importância.  

Os Últimos escritos, bem como as anotações das secretárias, encerram-se no dia 06 de março de 1923, quando Lenin sofre o terceiro derrame, que o afasta definitivamente de toda e qualquer atividade política até sua morte, ocorrida em 21 de janeiro de 1924.  

Com a presente edição, esperamos dar uma ideia o mais completa e precisa possível a respeito do gigantesco trabalho de luta política e reflexão teórica realizado por Lenin em seus últimos dias. Como escreveu Trotsky em 1926, referindo-se a Lenin: “Seu pensamento trabalhou para a causa da libertação do proletariado até o exato momento em que se apagou por completo”. É nosso dever conhecer e levar a todos os operários conscientes esse trabalho.

Ficha Técnica:
Lenin, Vladimir Ilich.
Últimos escritos e Diário das secretárias. São Paulo: Editora José Luis e Rosa Sundermann, 2012.
160 p., 1ª edição.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Estado e CELPA corruptos, uma parceria digna de repúdio.

Por Ulisses Vasconcelos 
 
 Esses nojentos estão cada vez mais ricos e nos afrontam roubando o nosso suado dinheiro.
AONDE ESTÁ O POVO? ESSA É A HORA DE IRMOS PARA AS RUAS.
O GOVERNO FEDERAL CONCEDE EM MARÇO DESCONTO DE 18% NAS CONTAS DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES RESIDENCIAIS E A ANEEL AUMENTA HOJE EM 11% A MESMA ENERGIA, E NINGUÉM PROTESTA!!!
Nova tarifa...
de energia elétrica no Pará entrará em vigor nesta quarta-feira
Valores foram definidos hoje (6), em reunião pública, pela Aneel
As novas tarifas de energia elétrica praticadas no Pará foram definidas nesta terça-feira (6) pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os valores, discutidos em reunião pública, entrarão em vigor a partir de desta quarta-feira (7) para as mais de 1,9 milhão de unidades consumidoras localizadas nos 144 municípios do estado.
O reajuste médio para o consumidor paraense foi de 9,18%, sendo que os clientes do grupo B (ligados em baixa tensão) perceberão efeito médio de 11,52% e no grupo A (atendidos em alta tensão) o efeito médio do reajuste foi de 4,36%.
Para chegar a esses índices, a Aneel levou em consideração o custo de geração, de transmissão e a atualização monetária que tem como base o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado). No entanto, este ano, o que mais impactou no reajuste das tarifas foi o uso de energia proveniente das térmicas.
Em virtude do baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, o Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), precisou acionar essas usinas térmicas, cujo custo de geração é significativamente mais elevado que o das hidrelétricas.
Enquanto a utilização das térmicas foi o fator preponderante no reajuste, a parte que fica com a concessionária paraense, a Celpa, foi o que menos impactou no novo valor da tarifa vigente no Pará, com um percentual de 2,71% de reajuste. Esse índice foi o menor que a inflação do período, que foi de 5,12% de IGPM.
 

sábado, 3 de agosto de 2013

Policiais são condenados a 624 anos de prisão por mortes no Carandiru

 



O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo também determinou a perda do cargo público para os policiais que continuam na ativa. Os réus poderão recorrer em liberdade
Por Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil
Releia: 
 
Os sete jurados que compõem o conselho de sentença decidiram, na madrugada de hoje (3) condenar os 25 policiais militares pela ação policial que resultou na morte de 52 detentos no terceiro pavimento do Pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção do Carandiru.
Eles foram condenados a 624 anos de prisão, cada um, por homicídio qualificado (com pena mínima de 12 anos para cada crime, ou seja, para cada uma das mortes) a ser cumprida inicialmente em regime fechado. O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo também determinou a perda do cargo público para os policiais que continuam na ativa. Os réus poderão recorrer em liberdade.
Os jurados demoraram cinco horas para responder as 7,3 mil questões que decidiram a sentença. Eles tiveram que responder a quatro perguntas para cada uma das 73 vítimas do massacre, multiplicado pelo número de réus. As perguntas se referiam à materialidade, ou seja, questionou se houve crime; autoria (se o réu foi o autor do crime); absolvição e qualificadora (ações que podem ter agravado o crime). Apesar dos promotores do caso terem pedido a absolvição dos réus para 21 das 73 mortes, os jurados precisaram responder às perguntas referentes também a essas vítimas.

No dia 2 outubro, no Complexo do Carandiru, 111 presos foram assassinados (Foto: Divulgação)
Esta foi a segunda etapa do julgamento. Na primeira delas, ocorrida em abril, 23 policiais militares, também todos da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), foram condenados pela morte de 13 detentos, ocorrida no segundo pavimento. Ainda estão previstos outros dois julgamentos referentes às mortes de detentos ocorridas nos outros dois pavimentos do Pavilhão 9, mas as datas ainda não foram definidas.
O julgamento trata da ação policial destinada a reprimir uma rebelião de presos no dia 2 de outubro de 1992, ocorrida na Penitenciária do Carandiru. Nesse dia, 111 detentos foram mortos. O caso ficou conhecido como o maior massacre de presidiários no país.
Antes de anunciar a sentença, O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo disse que “este é certamente o processo mais complexo da Justiça brasileira”. Ele elogiou os jurados, destacando “a conduta e o empenho” que demonstraram durante toda a semana de julgamento.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Operário cai do 9º andar de uma obra da Marko em Belém, ele estava sem equipamento de Segurança


Operário cai de prédio no bairro do Marco


Via DOL – Um operário caiu de um prédio enquanto trabalhava, na tarde desta quinta-feira (1º), na travessa Barão de Triunfo, em Belém. O trabalhador foi identificado como Alexandro Xavier Cruz, de 27 anos e trabalhava a dois na obra (Faltou colocar a o nome da empresa Marko Engenharia, Porque DOL?).
De acordo com Aurinor Marques, coordenador do sindicato dos trabalhadores da construção civil do estado do Pará, Alexandro estava sem os equipamentos de segurança e caiu do 9º andar no poço do elevador, minutos depois foi resgatado e levado para um hospital particular, localizado na avenida Almirante Barroso, em Belém.