quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vereador Alfredo Costa diz que não assume vaga de Chico da Pesca

Por  Rui Baiano Santana

Troquei um fio com o  Vereador Alfredo Costa (PT), perguntei se ele iria assumir a vaga na ALEPA de Chico da Pesca, que foi cassado pelo TRE Pará. O Vereador que é o candidato do PT a prefeitura de Belém,  falou que ainda não, vai esperar  que Chico entre com recurso junto ao  TSE  para recuperar seu mandato. Leia mais

Nota:  Trocar  um fio na Bahia é falar ao telefone

Adiamento das prévias do PSDB em SP acaba em bate-boca

  

Reunião da executiva municipal do PSDB Foto: Eliária Andrade / O Globo

Silvia Amorim, O Globo

O adiamento das prévias do PSDB em São Paulo para dar mais tempo ao ex-governador José Serra fazer campanha foi marcada, nesta terça-feira à noite, por bate-boca e um racha na direção do partido.
Por 10 votos a 8, a Executiva municipal mudou a data, inicialmente marcada para o próximo domingo, para o dia 25. A discussão que ocorreu por mais de duas horas a portas fechadas continuou mesmo em frente às câmeras.
- É uma palhaçada - gritou o primeiro vice-presidente do PSDB paulistano, João Câmara, aliado do pré-candidato José Aníbal.
- Estamos há sete meses nesse processo e aí vem o Serra, às vésperas, e quer tratorar. Isso é uma provocação, um desrespeito à militância - continuou.
Serra disputa com Aníbal e o deputado federal Ricardo Tripoli a vaga de candidato do PSDB à prefeitura paulistana. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

ÁGUA NO FEIJÃO QUE CHEGOU MAIS UM! JEFFERSON LIMA, CANDIDATO A PREFEITO DE BELÉM

Artigo de Alcindo Junior

Soube esta semana da novidade no cenário político paraense: Jefferson Lima (Foto) é candidato a Prefeito de Belém com as cores do Partido Progressista (PP). Isso vem engrossar o "caldo" de candidatos que pleiteiam o executivo belemense. Além dele, existem nomes até bem conhecidos das últimas eleições. Priante (PMDB), Zenaldo Coutinho (PSDB), Edmilson Rodrigues (PSOL), Arnaldo Jordy (PPS), Alfredo Costa (PT) são os que mais se destacam além do candidato de Duciomar Costa que não descarta o nome de Almir Gabriel. Resta saber se Jefferson Lima vem com uma proposta de realmente concorrer às eleições, ou repetir o "efeito Tiririca" que faz com que partidos políticos apostem em nomes famosos e populares para aumentar suas bancadas e ganhar eleições... Que diga Wladimir Costa, eleito com uma votação estraordinária - que ajudou bastante no coeficiente partidário -, fazendo-o Deputado Federal mais votado em 2010, com seu poder de comunicação, arrebatando velhos caciques políticos de nosso Estado. Jefferson Lima tem um estilo parecido com o do Deputado Wlad mas, não repetiu nas urnas - quando candidato a Vereador de Belém - o desempenho de seu "mestre". Hoje, o PP está passando por um de seus maiores desafios: que é recuperar o espaço perdido durante as últimas eleições. A bancada diminuiu, o seu líder maior, Deputado Gerson Peres, não conseguiu se eleger e, sem dúvida nenhuma, o momento é de reflexão e verificação de novos projetos para os progressistas. Talvez, a candidatura de Jefferson Lima seja resultado de uma nova filosofia do Partido Progressista que é o da renovação. Diz o ditado que "em time que está ganhando, não se mexe". No caso do PP, o fato é que é necessário haver mudanças para que essa sigla partidária volta a ter o peso que sempre teve dentro da história política paraense. Dizer que Jefferson Lima é uma unanimidade até dentro de Partido seria uma falácia mas condená-lo antes do tempo, seria também uma injustiça. Duciomar Costa precisou de 3 eleições para chegar a ser Prefeito, por que não dar um voto de confiança ao comunicador Jefferson Lima? De repente surge aí um novo líder, quem sabe.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

OS “DESAPARECIDOS” DO IMPÉRIO

Tradução: Jadson Oliveira


(Foto: AFP/Reprodução do Página/12) 
Por Atilio A. Borón – cientista político argentino (Reproduzido do jornal argentino Página/12, edição de 14/01/2012)

Um artigo recente assinado por John Tirman, diretor do Centro de Estudos Internacionais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e publicado no The Washington Post, alude a um aspecto pouco estudado das políticas de agressão do imperialismo: a indiferença da Casa Branca e da opinião pública em relação às vítimas das guerras desencadeadas pelos Estados Unidos. Como acadêmico “bem-pensante” ele se abstém de utilizar a categoria “imperialismo” como chave interpretativa da política exterior do seu país, mas sua análise revela claramente a necessidade de se apelar a esse conceito e à teoria que lhe dá sentido. Tirman expressa a preocupação que lhe suscita a incoerência em que incorreu Barack Obama – não esqueçamos, um Prêmio Nobel da Paz – quando em seu discurso pronunciado no Fort Bragg (14 de dezembro de 2011), para render homenagem aos soldados mortos no Iraque (uns 4.500, aproximadamente), não disse uma só palavra sobre as vítimas civis e militares iraquianas que morreram por causa da agressão norte-americana. O objetivo exclusivo dessa guerra, como a que ameaça iniciar contra o Irã, foi apoderar-se do petróleo iraquiano e estabelecer um controle territorial direto sobre essa estratégica zona no momento em que o abastecimento do produto deve ser feito confiando na eficácia dissuasiva das armas em lugar do que no século 18 se chamava “o doce comércio”.

Tirman recorda que as principais guerras que os Estados Unidos desencadearam desde o fim da Segunda Guerra Mundial – Coreia, Vietnam, Camboja, Laos, Iraque e Afeganistão – produziram, segundo suas próprias palavras, uma “colossal carnificina”. Uma estimativa que este autor qualifica como muito conservadora chega a um saldo pavoroso de pelo menos seis milhões de mortes causadas pela cruzada lançada por Washington para levar a liberdade e a democracia a esses infortunados países. Se se contassem operações militares de menor escala – como as invasões a Granada e Panamá, ou a intervenção apenas dissimulada da Casa Branca nas guerras civis da Nicarágua, El Salvador e Guatemala – a cifra se elevaria consideravelmente. Não obstante, e apesar das dimensões desta tragédia (às quais haveria que agregar os milhões de foragidos devido aos combates e à devastação sofrida pelos países agredidos), nem o governo nem a sociedade norte-americana têm demonstrado a menor curiosidade, preocupação, nem digamos compaixão!, para inteirar-se do ocorrido e fazer algo a respeito. Esses milhões de vítimas foram simplesmente apagados do registro oficial do governo e, pior ainda, da memória do povo norte-americano, mantido despudoradamente na ignorância ou submetido à deliberada tergiversação da informação. Como lugubremente reiterava o criminoso ditador argentino Jorge R. Videla, também para Barack Obama essas vítimas das guerras estadunidenses “não existem”, “desapareceram”, “não estão”.

Se o holocausto perpetrado por Adolf Hitler ao exterminar seis milhões de judeus fez com que seu regime fosse caracterizado como uma aberrante monstruosidade ou como uma estremecedora encarnação do mal, então que categoria teórica haveria de se usar para caracterizar os sucessivos governos dos Estados Unidos que semearam mortes em uma escala pelo menos igual, senão maior? Lamentavelmente nosso autor não se formula essa pergunta porque qualquer resposta poria em questão o crucial artigo de fé do credo norte-americano que assegura que os Estados Unidos são uma democracia. Mais ainda: que são a encarnação mais perfeita da “democracia” neste mundo. Observa com consternação, em troca, o desinteresse público pelo custo humano das guerras estadunidenses; indiferença reforçada pelo premeditado ocultamento que se faz daqueles mortos na volumosa produção de filmes, romances e documentários que têm por tema central a guerra; pelo silêncio da “imprensa independente” acerca desses massacres – recordar que, logo depois do Vietnam, a censura nas frentes de batalha é total e que não se pode mostrar vítimas civis e tampouco soldados norte-americanos feridos ou mortos; e porque as inúmeras pesquisas que diariamente se realizam nos Estados Unidos jamais perguntam sobre o tema.

Este pesado manto de silêncio se explica, segundo Tirman, pela persistência do que o historiador Richard Slotkin denominara o “mito da fronteira”, uma das constelações de sentido mais arraigada da cultura norte-americana, segundo a qual uma violência nobre e desinteressada – ou interessada só em produzir o bem – pode ser exercida sem culpa ou dores de consciência sobre os que se confrontam com o “destino manifesto” que Deus reservou para os norte-americanos e que, com piedosa gratidão, as notas de dólar recordam em cada uma de suas denominações. Somente “raças inferiores” ou “povos bárbaros” rechaçam os avanços da “civilização”. A violenta pilhagem sofrida pelos povos originários das Américas, tanto no Norte como no Sul, foi justificada por esse racista mito da fronteira e adocicada com infames mentiras. Na Argentina, a mentira foi denominar como “conquista do deserto” a ocupação territorial a sangue e fogo da terra, que não era precisamente um deserto, dos povos originários. No Chile, batizou-se como “a pacificação da Araucanía” a nada pacífica e sangrenta dominação do povo mapuche. No norte, o objeto da pilhagem e da conquista não foram as populações indígenas e sim uma fantasmagórica categoria, apenas um ponto cardeal: o Oeste. Em todos os casos, como anotara o historiador Osvaldo Bayer, a “barbárie” dos derrotados residia no seu... desconhecimento da propriedade privada!

Em suma: esta constelação de crenças – racista e classista até a medula – presidiu a fenomenal pilhagem de que foram vítimas os povos originários e liberou os pios cristãos que perpetraram o massacre de qualquer sentimento de culpa. Essa ideologia reaparece em nossos dias, claro que de forma transfigurada, para justificar o aniquilamento dos selvagens contemporâneos. Segue “oprimindo o cérebro dos vivos” e fomentando a indiferença popular ante os crimes do imperialismo. Com a incalculável contribuição da “indústria cultural” hoje a condição humana é negada aos palestinos, iraquianos, afegãos, árabes, afro-descendentes e aos povos que constituem 80% da população mundial.

Tirman conclui sua análise dizendo que esta indiferença ante os “danos colaterais” e os milhões de vítimas das aventuras militares do império afunda a credibilidade de Washington quando pretende erigir-se no campeão dos direitos humanos. Mas não é só a credibilidade de Washington que está em jogo. Mais grave ainda é o fato de que a apatia e o entorpecimento moral que invisibilizam a questão das vítimas garante a impunidade dos que perpetram crimes de lesa humanidade contra populações civis indefesas.

Não por casualidade os Estados Unidos têm guerreado incessantemente nos últimos 60 anos. Os preparativos para novas guerras estão à vista: começam com a satanização de líderes desafetos, apresentados ante a opinião pública como figuras despóticas, quase monstruosas; segue com intensas campanhas publicitárias de estigmatização de governos e povos desobedientes; em seguida vêm as condenações por supostas violações dos direitos humanos ou pela cumplicidade daqueles líderes e governos com o terrorismo internacional ou o narcotráfico, até que finalmente a CIA ou algum esquadrão especial das Forças Armadas se encarrega de fabricar um incidente que permita justificar perante a opinião pública mundial a intervenção dos Estados Unidos e seus compinchas para pôr fim a tanto mal. Nos tempos recentes isso se fez no Iraque e depois na Líbia. Na atualidade há dois países que atraem a maliciosa atenção do império: Irã e Venezuela, por pura casualidade donos de imensas reservas de petróleo.

Isto não significa que a funesta história do Iraque e da Líbia vá necessariamente se repetir, entre outras coisas porque, como observara Noam Chomsky, os Estados Unidos só atacam países débeis, quase indefesos, e isolados internacionalmente. Afortunadamente, nem Irã nem Venezuela se encontram nessa situação. De todo modo terão que estar alertas.




















sábado, 18 de fevereiro de 2012

Para atender banqueiros Dilma Corta R$ 55 bi e atinge saúde, moradia e educação.


Artigo de Atnágoras Lopes*

Anunciado em (15/02) pelo governo como “bloqueio”, que é um eufemismo para corte, os R$ 55 bilhões que serão “contingenciados” (outro eufemismo) vão atingir diretamente importantes áreas sociais. O objetivo do corte é alcançar a meta de R$ 140 bilhões de superávit primário que é a reserva de recursos para o pagamento da dívida pública cuja maior parte é diretamente com os bancos.  

Conforme consta na “Programação Orçamentária” distribuída pelos Ministérios da Fazenda e o do Planejamento, Orçamento e Gestão, serão cortados R$ 20 bilhões de despesas obrigatórias (áreas de Previdência e Assistência Social, FGTS e outros). Os R$ 35 bilhões restantes, relacionados como despesas “discricionárias”, são receitas provisionadas em que o governo não tem a obrigação legal de gastar integralmente o que está previsto.

Veja alguns cortes:

R$ 5,5 bi na saúde,

R$ 1,9 bi na educação,

R$ 1,2 bi da Reforma Agrária,

R$ 3,3 bi das Cidades,

R$ 2 bi dos Transportes,

R$ 2,2 bi da Integração Nacional,



Segundo o Ministro Guido Mantega, ao cortar gastos, o governo busca cumprir a meta cheia de superávit primário. "Nós fizemos um corte bastante ousado. O valor de R$ 55 bilhões é elevado. Temos de fazer um corte que nos permita, com folga, fazer o primário estabelecido, de 3,1% do PIB. Esse corte que estamos fazendo permite tranquilamente fazemos o primário estabelecido de R$ 140 bilhões para este ano", disse o ministro.



O fato é que essa política visa garantir os lucros da banca internacional, isso leva 50% de tudo que é produzido em nosso país, um absurdo! Para o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Teixeira Lopes, "É uma imoralidade o que Dilma vem fazendo, trata-se da manutenção de um modelo econômico, há anos implantado por FHC”.



Os cortes vêm acompanhado da proposta de reajuste zero para os servidores e nada de aumento real para as aposentadorias com valores acima do mínimo, além da proposta de redução das aposentadorias dos servidores públicos, prevista no Projeto de Lei 1992/2007, que privatiza a previdência e a entrega aos bancos. 

Segundo o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, “A lógica do governo é que os trabalhadores paguem a conta da crise internacional, cortando investimentos nas áreas sociais e atacando os servidores com o jogo duro nas negociações salariais e o corte de benefícios através destes projetos no congresso nacional. Seguindo com essa política o governo vai enfrentar a resistência e haverá greve na categoria. Estamos mobilizados e vamos pra cima” enfatizou Barela.

No dia de ontem (15/02) foram feitas diversas atividades em Brasília para marcar o dia do lançamento da campanha salarial 2012 dos servidores públicos. A partir desta movimentação foi conseguida a reabertura das negociações com o governo.

* Coordenação Nacional da Central Conlutas e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Gaby Amarantos é nova rainha do Carnaval, segundo O jornal Inglês “Guardian"

 Por Iuri de Castro Tôrres da Folha SP



Gaby Amarantos (Carlos Cecconello/Folhapress)

  Cantora de technomelody Gaby Amarantos foi escolhida pelo respeitado jornal inglês “Guardian” como “escolha do dia” no mundo da música. Em um texto muito elogioso, o diário chama Gaby de a “nova rainha do Carnaval”, colorida e exagerada. “Você até precisa de óculos de sol para visitar o site dela”, brinca o texto.

Segundo o jornal, a música de Gaby pode soar, a ouvidos destreinados, como uma mistura de euro rave dos anos 1990, moombhaton, cumbia e electro-pop hispânico que “não sai da sua cabeça quando você já está meio bêbado”.
 O “Guardian” também lembra como o technobrega, ritmo tipicamente paraense, caiu no gosto dos hipsters brasileiros. Afinal, o show de Gaby no Beco203, em SP, estava entupido.
E Gaby ainda deu o recado para o mundo: “O que fazemos é mostrar ao Brasil um novo sentido de brega”, disse a cantora. “De um jeito moderno, divertido e livre.”
“Aqui não há camisetas básicas, jeans, tênis All-Star”, continuou. “Aqui é sempre com salto alto, glitter e glamour. Vá para a festa, suba na mesa, pegue uma cerveja e se jogue nas vibrações do sistema de som.”
E ainda sobrou para Lady Gaga: “Todo mundo aplaude a Lady Gaga, mas, em Belém, as pessoas descendem de naves espaciais há muito tempo.”
Em uma brincadeira, o jornal diz que Beyoncé deve tomar cuidado com Gaby Amarantos. Alguém duvida?

Por Marcos Moraes: Quem vai fazer a festa no interior, Águia ou Cametá?

Marcos Moraes

Para variar, mais uma festa no interior

 Para quem tem um dos melhores carnavais do Pará, vive sempre em ritmo de festa, a resposta é Cametá. Mas para a população do município que tem a equipe  que pratica o futebol mais vistoso, mais produtivo, é o Águia.
Não sou simpatizante de nenhum dos dois. Mas devo ser coerente para dizer que equipe por equipe o Águia é superior. Joga mais bonito, tem um meio de campo que evolui de jogo para jogo, com destaque para Flamel e Analdo; um ataque perigoso, onde Branco sempre está marcando e o principal: tem um banco de reservas à altura dos titulares.
A briga promete. O Cametá tem também uma boa equipe e faz justiça ao esforço de seus atletas e do novo técnico Cacaio, que brilhou pelo Paysandu na década de 90 e agora está dando certo como "Coach".
O que estou achando muito importante nessa final, além da lição que os times da capital estão levando, é a questão organizacional. Águia e Cametá têm salários em dia, jogadores em sua maioria paraenses, quase todos rejeitados pelas duas principais equipes, e isso reforça a teoria de que -mesmo que muitos sejam ainda preconceituosos- "santo de casa faz milagre".
É importante que fique dito que o Cametá, como o Aguia, tem um bom banco de reservas. Para se ter uma idéia, Marcelo Maciel, Garrinchinha e Ciro são reservas  que jogam no meio e no ataque cametaense. Quer dizer, um tome pronto para fazer uma boa final com o Águia.
Palpiteiro como sou, vou torcer -e acho que vai dar-  Águia levar, pois tenho esperança que a Tuna faça bonito no Segundo Turno e ainda entre nessa sofrida e pobre, mas necessária Série D. É isso que nos resta!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Senador Mario Couto: "Renuncio meu mandato se provar que que sou bicheiro" .

 Em vídeo gravado ao Poder Online, o senador Mario Couto (PSDB-PA) respondeu à acusação do deputado José Priante (PMDB-PA) de que ele é banqueiro do jogo do bicho no Pará:

– Faço um contrato de homem com Priante: o meu mandato contra o dele se provar que sou bicheiro.
Veja:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

“ Turismo da corrupção” no Pará


Uma agência de turismo da Republica Theca,  está oferecendo  passeios  por lugares  envolvidos  em casos de corrupção  naquele País. Já pensou se aparece uma agência aqui no Pará, para  oferecer  esse “Tour da Corrupção” . O leitor pode indicar alguns lugares.

ALEPA
Palacio Antonio Lemos sede da prefeitura de Belém
Sede da SUDAM em Belém
Detran
Comando do Corpo de Bombeiros em Belém
Cidade de São João de Pirabas - Pará
Fiscal do PROCON lacra a Loja Eletromil " Vendas premiadas"
 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

LULA passa mal e está internado

Lula passa mal e é internado no hospital Sírio-Libanês
Internação, que não estava prevista, pode ser consequência do tratamento radioterápico
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi internado na tarde deste sábado (11) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
 De acordo com a assessoria pessoal de Lula, o ex-presidente deu entrada no hospital às 17h20 após passar mal, mas adiantou que toda informação sobre seu estado de saúde será repassada pelo Sírio.
Lula, que está em pleno tratamento contra um câncer de laringe, está na reta final do tratamento radioterápico, que costuma debilitar muito o paciente.
Ontem, o ex-presidente enviou uma carta à direção do PT explicando por que ele não apareceu nas comemorações do aniversário de 32 anos do partido.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Deu no Blog Perereca da Vizinha: Delegado acusado de praticar Totura comandará Policia Civil em Belém

Incrível! Delegado que responde a processo criminal por tortura assumiu a Diretoria de Polícia Metropolitana do Pará. Ele garante que é inocente e que a suposta vítima “caiu da escada”. Secretário de Comunicação ignora se governador sabe das acusações. Mas para secretário de Segurança o delegado teria “uma boa imagem”.

Jatene: delegado é processado por tortura, processo é público,
mas o governador não sabe de nada

O delegado de Polícia Civil Roberto Teixeira de Almeida, que responde a processo criminal sob a acusação de tortura e roubo, assumiu, hoje, a Diretoria de Polícia Metropolitana do Pará.

 
A informação foi confirmada há pouco pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil. “Ele assumiu hoje a Diretoria e eu acredito que a Portaria (de nomeação) deve estar sendo publicada no Diário Oficial esta semana”, disse um assessor. 
 
O processo a que Roberto Teixeira responde é o de número 0004029-80.2010.814.0401, que tramita na 4 Vara Criminal de Belém. A audiência de instrução e julgamento está marcada para o próximo dia 15 de fevereiro.
 
Além do delegado, figuram como acusados três policiais militares. Em 1997, segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, eles teriam espancado e roubado quatro pessoas, entre elas um advogado, no interior da Seccional do Comércio, em Belém.


O delegado conversou há pouco com a Perereca e negou todas as acusações – e a Justiça pode, de fato, vir a inocentá-lo. Mas elas são pesadíssimas.

 
Veja o que escreveu o juiz substituto da 4 Vara Penal de Belém, Jaires Taves Barreto, em decisão interlocutória, datada de 16 de novembro do ano passado: 
 
“I) Inicialmente, verifico não se tratar de procedimento especial previsto nos artigos 513 e seguintes do CPP, uma vez que se trata, em tese, da apuração de crime inafiançável, qual seja a tortura.
 
II) Feito tal ponderação, verifico que todos os quatros acusados apresentaram resposta escrita, razão pela qual passo a apreciá-las.
 
III) De certo, não houve o decurso do lapso prescricional, haja vista que a pena máxima em abstrato para os crimes ora imputado (art.1, I, b,II, § 1º, 2º, 3º e 4º, da Lei 9455/97) é de 10 ( dez) anos.


Por outro lado, verifico que a petição acusatória qualifica perfeitamente todos os acusados, descrevendo de forma sucinta o fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, razão pela qual não vislumbro a inépcia da denúncia. Ademais, denota se presente o mínimo de evidencias de autoria e materialidade, mormente em razão dos termos de comparecimento da vítima e sua esposa, além da cópia da notícia do Jornal ‘ Liberal’, em que é possível verificar uma lesão no lábio superior da vítima.


Desta forma, considerando que nesta fase deve vigorar o princípio do in dubio pro societatis, de modo que, na dúvida, o Juiz deve deixar para analisar essa questão no momento natural, final do processo. Por conseguinte, a absolvição sumaria somente é admissível quando o Juiz tiver certeza da inculpabilidade, da inimputabilidade ou de que, efetivamente, o fato imputado ao acusado não é crime. Aqui, inverte-se a lógica do processo: para absolver, sumariamente, a decisão do Juiz, na sua motivação, tem de estar acompanhada de prova robusta em prol do acusado - prova material. Isso porque, em rigor, ela é uma decisão de exceção, que somente deve ser dada nas hipóteses em que o Juiz está seguro, com base na robustez da prova, de que o acusado deve ser, independentemente da instrução do processo, desde logo, absolvido (...)”.


"Uma imagem muito boa"

 
O secretário de Estado de Comunicação, Ney Messias, disse não saber se o governador Simão Jatene tem conhecimento das acusações que pesam contra o delegado.
 
A assessora de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública, Lene Alves, informou que o secretário de Segurança, Luiz Fernandes, tem conhecimento das acusações, mas considera Roberto Teixeira “um profissional muito sério, correto, de retidão reconhecida, um delegado com uma imagem muito boa”.


Além do delegado figuram como acusados no processo os policiais militares Marcelo Chuvas Simonetti, na época tenente; Ricardo da Silva Vaz Teixeira e Ricardo Nascimento da Trindade. As vítimas (identificadas no processo online apenas pelas iniciais) foram o advogado Franciney Góes Cardoso, Dener Francisco Góes Cardoso, Sandra Lúcia Góes Cardoso e Marcelo Rodrigues Bastos.

 
Segundo reportagem publicada no portal das ORM, um dos maiores grupos de comunicação do Pará, em 26 de fevereiro do ano passado, os crimes aconteceram na madrugada de 22 de novembro de 1997.
 
O advogado Franciney retornava de um evento na avenida Doca de Souza Franco,  no centro de Belém, quando soube que seus irmãos, Dener e Sandra, estavam presos na Seccional do Comércio e que um relógio de ouro de 22 quilates, de propriedade dele e que estava com Dener, teria sido roubado pelo PM Trindade e entregue ao tenente Simonetti.


Em companhia da esposa, Franciney foi à Seccional e solicitou informações. Como não obteve, mostrou a carteira da OAB, que teria sido  colocada no bolso do delegado. Devido à insistência, ele teria sido então violentamente espancado por Roberto Teixeira e pelos policiais, na sala e, depois, dentro da cela.

 
Ainda de acordo com o MP, o delegado de plantão teria informado que Franciney estava preso por ter desrespeitado um policial. A esposa da vítima, também advogada, exigiu que o marido fosse transferido para outro local e pediu ajuda a conselheiros da OAB, que se deslocaram à Seccional.
 
Mesmo assim, foi lavrado um auto de flagrante acusando Franciney de lesão corporal e desacato à autoridade contra o delegado Roberto Teixeira e a delegada Nilma de Almeida.
 
Franciney foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) na UTI móvel da OAB. Mas, no lugar do exame de corpo de delito, os policiais queriam que ele fizesse um exame de dosagem alcoólica e toxicológica, o que ele se recusou a fazer. Os advogados entraram em contato com a esposa de Franciney para que ela providenciasse, junto ao delegado, a requisição para o exame de corpo de delito e levasse a carteira vermelha da OAB para que o marido não fosse fichado criminalmente. Horas depois, conseguiram a requisição e o exame foi realizado.


Todas as vítimas teriam sido espancadas e obrigadas a pagar fiança, para permanecerem em liberdade, incluindo Marcelo Bastos, que não teria sido enquadrado em crime nenhum.

 
Delegado nega acusações


A versão do delegado, no entanto, é diferente. Ele diz que estava na delegacia, de madrugada, quando os policiais militares trouxeram duas pessoas,  que, depois de um problema de trânsito, acusaram os PMs de terem lhes roubado um relógio. Essas duas pessoas teriam, também, agredido os policiais com palavrões, e até fisicamente, aos arranhões.


“Eles estavam bêbados e houve uma confusão grande”, diz Roberto Teixeira.


O delegado diz que levou os dois para  sala dele, no segundo andar da Seccional, e estava conversando com eles, quando chegou o advogado, que também estaria bêbado.

 
“Ele (o advogado) já chegou gritando que ninguém ia prender o irmão dele. E quando tirei a vista dele e olhei para a escada, ele me deu um soco. E aí, nesse momento, ele se desequilibrou e caiu da escada. E lá embaixo, quando a delegada Nilma foi ver o que estava acontecendo, ele chutou a delegada”, relata Teixeira.
 
E completa: “Depois, ele foi retirado de lá e eu nunca mais vi esse cidadão. Só no dia seguinte, no jornal, com ele dizendo que eu tinha batido nele, além de ter dado ordem para que batessem”.
 
“Posso não ser um anjo, mas não sou uma pessoa má”, diz ele, que “estranha” o fato de o Ministério Público tê-lo denunciado por tortura, em 2010, por um fato ocorrido em 1997.
 
“No mínimo, isso é uma negligência muito grande. E o que eu acho mais estranho é que, em 99% dos casos, os promotores mandam os inquéritos retornarem às delegacias, para novas diligências. E como é que num caso desses, que aconteceu há doze anos, o promotor acredita só no que o rapaz disse pra ele?”, indaga.


Admite, contudo, que, no processo, há um exame de corpo de delito realizado pelo advogado, “mas isso não comprova que houve tortura e que eu bati nele”.

 
E embora a audiência de instrução e julgamento esteja marcada para os próximos dias, acredita que as denúncias emergiram novamente no último final de semana, quando teve seu nome anunciado para a Direção da Polícia Metropolitana, devido aos inimigos que colecionou, quando foi corregedor da Polícia Civil, no primeiro governo Simão Jatene.
 
“Lutei para moralizar a polícia, mandei delegado pra rua, meus filhos foram ameaçados de morte, como é que eu ia torturar uma pessoa, um advogado?”, pergunta.
 
E conclui: “acho que ficaram sabendo que eu ia assumir uma diretoria importante e resolveram levantar essa questão para me derrubar perante o governador”.
 
Aqui você confere  a reportagem sobre o caso publicada pela Perereca da Vizinha, no último sábado: http://pererecadavizinha.blogspot.com/2012/02/delegado-indicado-para-assumir-o.html
 
Abaixo, veja instantâneos do processo extraídos pela Perereca:

SAIBA QUEM É MARCO PRISCO, O PRINCIPAL LÍDER DA GREVE DA PM NA BAHIA

Por Jadson Oliveira


Marco Prisco, o líder da greve de PM's
(Foto: Edivaldo Fogaça)
(Texto e foto reproduzidos do site do jornal baiano Correio, postagem de 03/02/2012)


Expulso da corporação em 2002, Soldado Prisco lidera o movimento de policias na Bahia

Desde a última quarta-feira (01), o nome de Marco Prisco Caldas Nascimento, o Soldado Prisco, circula por todo estado da Bahia como o principal líder do movimento grevista de parte da Polícia Militar. Coordenador da Associação dos Policiais e Bombeiros (e de seus Familiares) do Estado da Bahia (Aspra-BA), ele virou uma das peças chaves na negociação entre o grupo da corporação e o governo estadual. A vida de servidor público, entretanto, começou no ano de 1999, quando ingressou na Polícia.

Dois anos depois de atuação na PM, Prisco foi um dos protagonistas da greve de 2001, ocasião em que a Polícia Militar suspendeu completamente as atividades reivindicando melhores condições de trabalho e melhores salários e causou pânico total em toda a capital baiana. Por conta da repercussão ocasionadas pelo episódio e pela tentativa de aquartelamento na sede do 8º BPM/São Joaquim, ele foi demitido em nove de janeiro de 2002 e, com a exoneração, iniciou uma campanha junto a outro membros da categoria para a readmissão.

"Fui anistiado pela lei federal em janeiro de 2010, mas não fui reintegrado ainda. Que nesse ano com a graça do Senhor, o meu advogado maior, a vitoria vai chegar", escreveu no começo do ano na página pessoal do Facebook, comentando os dez anos de afastamento.

Aproveitando a visibilidade que conquistou, foi candidato a deputado estadual pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), em 2010. Com discurso pró-melhorias da polícia militar, mas sem votação expressiva, ele foi derrotado nas urnas. Apesar disso, deu continuidade a carreira política através do Movimento Polícia Legal (MPL) e assumiu, mesmo estando afastado do quadro da PM, a presidência da Aspra-Ba.

Além da atuação na Aspra, Prisco se envolveu em movimentos grevistas em outros estados da federação. Em Roraima, chegou a participar da ocupação do prédio do Comando de Policiamento da Capital. No relatório enviado pela PM da Bahia para a PM de Roraima, Prisco é tratado como um indisciplinado, ressaltando "que seus interesses são de cunho inteiramente pessoais e que o modus operandi é exatamente igual àquele que empregou quando de sua participação na greve promovida na Polícia Militar da Bahia".

Ainda naquele estado, foi acusado de cometer crime de falsidade ideológica por ter se apresentado publicamente e diante das autoridades políticas como "deputado estadual baiano". Durante a greve em Roraima, chamou o chefe do executivo de "governador bundão" e de "incompetente". Também foi responsável por participar e articular as mobilizações políticas da greve da Polícia Militar no Maranhão.


Acusações


Durante o desenrolar das mobilizações que culminaram na paralisação parcial das atividades, Prisco disparou acusações contra o governador Jacques Wagner e o Partido dos Trabalhadores. Segundo ele, tanto Wagner quanto a cúpula do PT foram os responsáveis por patrocinarem a greve de polícia em 2001. Teria ocorrido uma doação ao movimento grevista de mais de R$3 mil, além da colocação de veículos à disposição dos policiais.

“Todos eles estiveram lá, Pelegrino inclusive, e nos apoiaram. Eu fiz até campanha para o governador na primeira eleição. Como ele pode ser considerado um democrata? Ele bancou naquele período a greve e agora sequer faz cumprir a lei. É um traidor", declarou no encontro com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo.Concentrados na Assembleia Legislativa, Prisco e os demais policiais não atenderem a ordem judicial para que a greve seja suspensa imediatamente, sob pena de multa de R$ 80 mil, por cada dia de paralisação.

Com a tensão instaurada na ruas de Salvador e de cidades do interior, como Feira de Santana e Camaçari, a Força Nacional e o Exército começaram a desembarcar na capital baiana. Mesmo assim, foram registrados saques e denúncias de arrastões em alguns pontos da capital e do interior.


Algumas fotos do movimento dos PMs baianos (todas reproduzidas da Internet):
Greve aprovada em assembleia no Ginásio dos Esportes dos bancários, no
final da tarde da terça-feira, dia 31
Uma parte dos grevistas, inclusive lideranças, está acampada na
Assembleia Legislativa
Tropas do Exército ajudam no policiamento
Muitas casas comerciais foram saqueadas e depredadas


Emiliano José: "O governador está firme e seguro ao não negociar com pessoas armadas que ameacem o Estado Democrático de Direito"


(Matéria distribuída pela Assessoria de Comunicação de Emiliano, de 03/02/2012)


O deputado federal Emiliano José (PT-BA) afirmou em entrevista que o governador baiano Jaques Wagner está enfrentando de modo firme e seguro a situação de greve instaurada por "uma pequena parcela da PM". Emiliano José fez questão de ressaltar que as providências estão sendo tomadas e que a situação de "pessoas armadas, ameaçando o estado democrático de direito, não deve ser tolerada".

O deputado disse que o governador está disposto a negociar "com quem também está disposto a negociar". Sobre o fato de mais de mil policiais ainda estarem acampados em frente à Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia, ele garantiu que as providências já estão sendo tomadas. "Vamos adotar as providências que devem ser adotadas", disse.

Histórico

O deputado também ressaltou que é curioso ver pessoas que não têm autoridade na área de segurança pública darem opiniões sobre o que vem acontecendo. Ele condenou o "aproveitamento político" que o presidente do partido Democratas, José Carlos Aleluia, e o deputado federal ACM Neto tomaram com a situação. "Na greve de 1981, o então governador ACM mandou resolver a situação a bala e matou gente. O avô do Neto, que está tentando dar lição a gente. Já em 2001, a situação só foi resolvida com o apoio da oposição (na época o PT). E agora eles querem tirar proveito político disto", reclamou.

Para reforçar o policiamento ostensivo no estado, um grupo formado por 150 policias da Força Nacional de Segurança chegou à capital baiana na noite desta quinta feira, 02. O efetivo já iniciou o trabalho de patrulhamento na cidade. De acordo com o comandante da tropa, capitão Luigi Gustavo Pereira, a estratégia de atuação foi definida em conjunto com a cúpula da Segurança Pública do Estado e tem o objetivo de atender às necessidades da população. Outro efetivo, com cerca de 500 homens, está se deslocando por terra, e começa a chegar nesta sexta à capital baiana.

Além dos 650 homens da Força Nacional de Segurança, formada por policiais militares de todos os estados, dois mil soldados do Exército também chegam, no mesmo dia, à Bahia. As forças federais de apoio foram solicitadas ao Ministério da Justiça pelo Governo do Estado para restabelecer a segurança.

Agora à tarde, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, se reúnem com o comandante da VI Região Militar, general Gonçalves Dias, para definir a participação do Exército no reforço à segurança no estado. "Vamos reforçar a sensação de segurança, já que a PM está nas ruas e apenas uma minoria vem promovendo atos de vandalismo", afirmou Barbosa, em entrevista coletiva no auditório da SSP, ao lado do coronel Castro e do delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge.

 

Observação do Evidentemente: Segundo o noticiário do Portal Terra, em postagem de hoje, dia 4, a estimativa do número de policiais militares em greve é de cerca de 10 mil (acrescenta este blog: em torno, portanto, de um terço do efetivo total da corporação no estado. Pode-se deduzir daí que os cerca de três mil homens do Exército e da Força Nacional de Segurança esperados para substituir os grevistas representam um número bem pequeno).


Conforme ainda o Portal Terra, as principais reivindicações da categoria são:


- a criação de um plano de carreira;
- pagamento da Unidade Real de Valor (URV);
- adicionais de periculosidade e insalubridade;
- gratificação de atividade policial incorporada ao soldo;
- anistia para os grevistas;
- revisão do valor do auxílio alimentação;
- e melhores condições de trabalho.

0 comentários

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Há no Brasil, sim, resquícios de uma sociedade escravocrata e racista,

Raimundo Nonato
Artigo de Raimundo Nonato

A discriminação racial está latente, invisível muitas vezes aos olhares menos críticos e sensíveis. O racismo está, sobretudo, na imagem estereotipada do negro na literatura escolar, onde não é cidadão, não tem história, nem heróis, é descrito como mau, violento, criminoso e está sempre em situações subalternas.
Existe um passado no país que não é valorizado, que não está nos livros e, muito menos..., se aprende nas escolas.

Antes ao contrário, a pretexto de uma certa “democracia racial”, esconde-se a realidade cruel da discriminação, tão velada quanto violenta, na abstração dos conceitos, o negro, o preto, o judeu, o árabe, o nordestino são apenas adjetivos qualificativos da raça, cor ou região, sem qualquer conotação pejorativa.


Há na ideologia dominante, falada pelo direito e seus agentes, uma enorme dificuldade em se admitir que há no Brasil, sim, resquícios de uma sociedade escravocrata e racista, cuja raiz se encontra nos processos históricos de exploração econômica, cujas estratégias de dominação incluem a supressão da história das classes oprimidas, na qual estão a maioria esmagadora dos negros brasileiros.

Governador Jaques Wagner diz que policiais em greve em Salvador cometem crimes



GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
FÁBIO GUIBU
 Folha de Saõ Paulo

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse em entrevista coletiva que os policiais militares em greve cometeram crimes que estão acontecendo em Salvador desde que a paralisação começou, na última terça-feira (31).
O petista afirmou que os grevistas estão promovendo "banho de sangue" na cidade para amedrontar a população. 

Desde que a paralisação foi decretada, entre terça e hoje, houve pelo menos 59 homicídios em Salvador e região metropolitana --quase o dobro do registrado nos mesmos dias da semana passada. Além disso, houve saques a lojas e supermercados.
"Parte dos crimes pode ser parte da própria operação montada. A tentativa de criar um clima de desespero para fazer a autoridade do governo do Estado sucumbir ao movimento", disse o petista.
"É tentativa de guerra psicológica. Parte disso é cometida por ordem dos criminosos que se autointitulam líderes do movimento", afirmou.

PM' s dormem no corredor da Assembelia Legislativa da Bahia

Ao negar que pretenda autorizar a invasão da Assembleia Legislativa, onde os grevistas estão acampados, Jaques Wagner atribuiu as mortes a grevistas.
"[Possibilidade de invasão da Assembleia] é mais uma tentativa de achar adesões e provocar pânico. As pessoas estão falando em banho de sangue. Só se for de lá para cá, aliás, algum banho de sangue já foi promovido por eles na cidade."
O governador subiu o tom e disse que não vai se dobrar ao "crime organizado" e que não vai anistiar policiais envolvidos em atos de vandalismo.
Hoje ele disse que os 12 mandados de prisão concedidos pela Justiça são contra líderes do movimento e contra policiais identificados em atos de vandalismo, como os que furaram pneus de ônibus ou de carros de polícia.
"Não vejo como anistiar ou perdoar quem cometeu crime de vandalismo ou de ameaça de morte. Não tem acordo comigo", declarou Wagner, que completou: "Não é possível que governadores sejam ameaçados por policiais com arma em punho".
MILITARES NA RUA
Na mesma entrevista coletiva, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, disse que o contingente de 3.000 homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança mandados para garantir a lei e a ordem na Bahia é o maior já deslocado a um Estado.
"Tenham certeza que a cidade pode ficar na tranquilidade porque teremos Forças Armadas em condições de garantir a segurança de Salvador e de todo o Estado da Bahia", disse.