domingo, 30 de junho de 2013

Emiliano José lança o livro “Galeria F – Lembranças do mar cinzento (IV) – Golpe. Tortura. Verdade


Emiliano José

Será no dia 11 de julho, às 18h, na Livraria Cultura do Shopping Salvador, o lançamento do novo livro do escritor e jornalista Emiliano José.  A obra “Galeria F – Lembranças do mar cinzento (IV) – Golpe. Tortura. Verdade” (Caros Amigos Editora) tem prefácio do pesquisador de comunicação Venício A. de Lima, da Universidade Nacional de Brasília (UNB) e posfácio assinado por Paulo Vannuchi, integrante da Comissão de Direitos Humanos da OEA. O autor resgata fatos nacionais, como o depoimento do ex-ministro Waldir Pires nos primeiros dias do golpe militar. Também retoma depoimentos de Carlos Marighella Filho e Marco Antônio da Rocha Medeiros, presos na Operação Radar que matou duas dezenas de dirigentes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em todo o país, sob comando direto do oficial Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de ter matado na tortura pelo menos 50 militantes políticos.

É o décimo livro do autor, sendo o quarto volume da série “Galeria F – Lembranças do mar cinzento”. Neste, o jornalista resgata o trágico assassinato de Gildo Macedo Lacerda, cujo corpo até hoje não foi encontrado, como tantos outros. Relata como ocorreu a emboscada que matou o líder revolucionário Carlos Marighella e narra o calvário de Mário Alves, dirigente do PCBR, morto empalado na tortura, como na Idade Média. Ele passa pela guerrilha do Araguaia, pelo assassinato do capitão Lamarca e as homenagens prestadas a ele, mais de 40 anos depois, na Bahia. O livro relembra as ações dos religiosos que se rebelaram contra a ditadura, como dom Helder, dom Timóteo e padre Cláudio Perani. Dedica um capítulo à coragem da advogada Ronilda Noblat, defensora dos presos políticos, recupera a história do combativo Apolônio de Carvalho e de Euclides Neto, ex-prefeito cassado pelo golpe em Ipiau, mais tarde secretário da Reforma Agrária no governo Waldir Pires.

COMBATE - O autor endereça uma carta de solidariedade a Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos, durante o linchamento midiático por ocasião do lançamento do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos. Sobre Emiliano ele escreve: “Jovem militante da resistência clandestina contra a ditadura de 1964, nos quadros da Ação Popular (AP), preso político durante quatro anos e vencedor no enfrentamento desigual com os torturadores, Emiliano sobreviveu e amadureceu como um intelectual da estirpe batizada por Gramsci com o conceito de orgânico. Jornalista, professor doutor universitário, parlamentar combativo na Assembléia Legislativa da Bahia, na Câmara de Vereadores de Salvador e na Câmara dos Deputados, vem se firmando como o mais disciplinado pesquisador e memorialista daquele ciclo heróico de insurgência contra a tirania”.

PELA VERDADE - Venício A. de Lima, em sua apresentação, explica que o livro contém 42 artigos, entrevistas, resenhas, reportagens publicados em revistas, jornais e sites na Internet. Mas o núcleo central é a repressão contra muitos que resistiram à ditadura na Bahia, embora fale de heróis da luta revolucionária de outros estados e inclusive da luta dos negros contra a escravidão. “O leitor tomará conhecimento de incríveis histórias de puro horror como a tortura inconcebível perpetrada contra duas crianças – Janaína e Edson.  O que une todas as histórias, entretanto, é o compromisso com o total esclarecimento da verdade naqueles tempos sombrios. “Galeria F constitui um clamor vivo, quase um lamento” ressalta Venício A. de Lima.

DITADURA NÃO - Na Nota do Autor, Emiliano José anuncia que a presidenta Dilma Rousseff comparece na obra, com sua coragem diante dos torturadores e sua altivez face a face com seus interrogadores no tribunal militar. “Ninguém imagina ser agradável tratar dos crimes da ditadura. Mas essa é uma tarefa que não se pode deixar de lado (...) como parte de uma convicção de que aquele passado não pode se repetir. Foi uma época de barbárie, governada por facínoras e torturadores que se acreditavam senhores da vida e da morte (...) e vamos dando consciência às novas gerações de que ditadura nunca mais”, finaliza Emiliano José.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A GRANDE OPORTUNIDADE: GOVERNO DILMA RECONHECE A ENERGIA DEMOCRÁTICA DAS RUAS


A juventude brasileira vai às ruas por mudanças: Boaventura de Sousa Santos acredita que "as esquerdas do Brasil estão em condições de transformar o seu fracasso numa grande oportunidade. Se as aproveitarão ou não, é uma questão em aberto, mas os sinais são encorajadores" (Foto: Internet)

 

Via Blog Evidentemente de Jadson Oliveira

O Brasil está diante de uma grande oportunidade diante da iniciativa da presidenta Dilma, que reconheceu a energia democrática que vinha das ruas. Esse movimento pode ser o motor do aprofundamento da democracia no novo ciclo político que se aproxima. Caso contrário, a direita tudo fará para que o novo ciclo seja tão excludente quanto os velhos ciclos que durante tantas décadas protagonizou. E não esqueçamos que terá a seu lado o big brother do Norte, a quem não convém um governo de esquerda estável em nenhuma parte do mundo. 

Por Boaventura de Sousa Santos, sociólogo português - reproduzido do portal Carta Maior, de 25/06/2013

A história ensina e a atualidade confirma que não é nos períodos de mais aguda crise ou privação que os cidadãos se revoltam contra um estado de coisas injusto, obrigando as instituições e o poder político a inflexões significativas na governança. Sendo sempre difíceis as comparações, seria de esperar que os jovens gregos, portugueses e espanhóis, governados por governos conservadores que lhes estão a sequestrar o futuro, tanto no emprego como na saúde e na educação, se revoltassem nas ruas mais intensamente que os jovens brasileiros, governados por um governo progressista que tem prosseguido políticas de inclusão social, ainda que minado pela corrupção e, por vezes, equivocado a respeito da prioridade relativa do poder econômico e dos direitos de cidadania.

Sendo esta a realidade, seria igualmente de esperar que as forças de esquerda do Brasil não se tivessem deixado surpreender pela explosão de um mal-estar que se vinha acumulando e que as suas congêneres do sul da Europa se estivessem a preparar para os tempos de contestação que podem surgir a qualquer momento. Infelizmente assim não sucedeu nem sucede. De um lado, uma esquerda no governo fascinada pela ostentação internacional e pelo boom dos recursos naturais; do outro, uma esquerda em oposição acéfala, paralisada entre o centrismo bafiento (mofento, de mofo, decadente) de um Partido Socialista ávido de poder a qualquer preço e o imobilismo embalsamado do Partido Comunista.

O Bloco de Esquerda é o único interessado em soluções mais abrangentes mas sabe que sozinho nada conseguirá.

Mas a semelhança entre as esquerdas dos dois lados do Atlântico termina aqui. As do Brasil estão em condições de transformar o seu fracasso numa grande oportunidade. Se as aproveitarão ou não, é uma questão em aberto, mas os sinais são encorajadores. Identifico os principais. Primeiro, a Presidente Dilma reconheceu a energia democrática que vinha das ruas e praças, prometeu dar a máxima atenção às reivindicações dos manifestantes, e dispôs-se finalmente a encontrar-se com representantes dos movimentos e organizações sociais, o que se recusara fazer desde o início do seu mandato. Resta saber se neste reconhecimento se incluem os movimentos indígenas que mais diretamente têm afrontado o modelo de desenvolvimento, assente na extração de recursos naturais a qualquer preço, e têm sido vítimas constantes da violência estatal e paraestatal e de violações grosseiras do direito internacional (consulta prévia, inviolabilidade dos seus territórios).

Segundo, sinal da justeza das reivindicações do Movimento Passe Livre (MPL) sobre o preço e as condições de transportes, em muitas cidades foram anulados os aumentos de preço e, nalguns casos, prometeram-se passes gratuitos para estudantes. Para enfrentar os problemas estruturais neste setor, a Presidente prometeu um plano nacional de mobilidade urbana. Sendo certo que as concessionárias de transportes são fortes financiadoras das campanhas eleitorais, tais problemas nunca serão resolvidos sem uma reforma política profunda. A Presidente, ciente disso e do polvo da corrupção, dispôs-se a promover tal reforma, garantindo maior participação e controlo cidadão, e mais transparência às instituições. Reside aqui o terceiro sinal.

Creio, no entanto, que só muito pressionada é que a Presidente se envolverá em tal reforma. Está em vésperas de eleições, e ao longo do seu mandato conviveu melhor com a bancada parlamentar ruralista (com um poder político infinitamente superior ao peso populacional que representa) e com suas agendas do latifúndio e da agroindústria do que com os setores em luta pela defesa da economia familiar, reforma agrária, territórios indígenas e quilombolas, campanhas contra os agrotóxicos, etc. A reforma do sistema político terá de incluir um processo constituinte, e nisso se deverão envolver os setores políticos das esquerdas institucionais e movimentos e organizações sociais mais lúcidos.

O quarto sinal reside na veemência com que os movimentos sociais que têm vindo a lutar pela inclusão social e foram a âncora do Fórum Social Mundial no Brasil se distanciaram dos grupos fascistoides e violentos infiltrados nos protestos e das forças políticas conservadoras (tendo ao seu serviço os grandes meios de comunicação), apostadas em tirar dividendos do questionamento popular. Virar as classes populares contra o partido e os governos que, em balanço geral, mais têm feito pela promoção social delas era a grande manobra da direita, e parece ter fracassado. A isso ajudou também a promessa da Presidente de cativar 100% dos direitos da exploração do petróleo para a educação (Angola e Moçambique, despertem enquanto é tempo) e de atrair milhares de médicos estrangeiros para o serviço unificado de saúde (o SUS, correspondente ao SNS português).

Nestes sinais reside a grande oportunidade de as forças progressistas no governo e na oposição aproveitarem o momento extra-institucional que o país vive e fazerem dele o motor do aprofundamento da democracia no novo ciclo político que se aproxima. Se o não fizerem, a direita tudo fará para que o novo ciclo seja tão excludente quanto os velhos ciclos que durante tantas décadas protagonizou. E não esqueçamos que terá a seu lado o big brother do Norte, a quem não convém um governo de esquerda estável em nenhuma parte do mundo, e muito menos no quintal que ainda julga ser seu.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Um giro pelos protestos paraenses

 Walter Santos, de Belém.
A febre incendiária está tomando conta das principais cidades paraenses. A semana foi marcada por fortes manifestações de estudantes, moradores e trabalhadores rurais sedentos por justiça.
Pelos menos 40 mil pessoas saíram as ruas e rodovias para protestar por redução das tarifas de transportes, fim das restrições a meia passagem intermunicipal, melhorias nos hospitais e escolas, contra a PEC 37 contra a corrupção de prefeituras e câmaras legislativas e em solidariedade as manifestações em todo o país.
Os protestos espontâneos são a marca das mobilizações. 

Então vamos lá, um resumo das principais manifestações:


Altamira - município localizado na região sudoeste do estado bastante impactado socialmente pelas obras da Hidroelétrica de Belo Monte. Segundos dados de ong's e do próprio governo pelo menos 40 mil pessoas se deslocaram nos últimos anos para a cidade com o intuito de trabalhar ou desfrutar de uma fatia do bolo de 28,5 bilhões de investimentos empenhados pelo governo Dilma para a construção da represa.
Criada pelo governo a Norte Energia Sociedade Anônima, empresa de Parceria Público Privada é responsável pelas obras de condicionantes nas cidades da região, no entanto as obras estão atrasadas e a cidade está um caos. A criminalidade cresceu mais de 500%, os assassinatos, mortes no trânsito, acidentes de trabalho, trafico de drogas prostituição em outras coisas somam o frio cálculo dessa dura realidade. As manifestações possuem participação intensa de trabalhadores rurais, operários, e jovens estudantes.





Santarém - município localizado na região sudoeste do estado a beira do rio Amazonas, foi tomado no final da tarde desta quinta-feira (20) por uma multidão que percorreu a principais ruas do centro. A concentração aconteceu na Praça Barão. O movimento ganhou reforço com a chegada de estudantes, donas de casa, servidores públicos, comerciários e representantes de entidades sociais. De lá, os manifestantes seguiram pela avenida Rui Barbosa sempre observados de perto pela Polícia Militar. 
Do alto, um helicóptero monitorava os passos dos protestantes. Estima-se que quase dez mil pessoas participaram da passeata. Quem não se envolveu diretamente na manifestação apoiava a iniciativa acenando da sacada do apartamento ou com faixas na frente das residências. Funcionários de algumas lojas improvisaram cartazes e se juntaram à multidão. Da Rui Barbosa, os manifestantes seguiram rumo ao Palácio Jarbas Passarinhos. Gritando palavras de ordens, as pessoas se concentraram em frente ao prédio, que foi cercado pelos militares. Mas não houve nenhuma tentativa de ocupação. Após alguns minutos, um grupo formado pelas pessoas que coordenaram o manifesto foi recebido pelo chefe de gabinete Jaci Barros e pelo advogado José Maria Lima. Eles apresentaram uma pauta de reivindicações. Entre os pedidos feitos pelos líderes do movimento estão a desapropriação do terreno ocupado pela empresa Buriti, na rodovia Fernando Guilhon, redução da passagem para R$ 1,50 integral, manutenção do valor da meia-passagem, construção de terminal para ônibus e licitação para o transporte público. 
Na próxima terça-feira (25), o prefeito Alexandre Von receberá a comissão para oficializar a apresentação da pauta de reivindicação.




Anapu - município localizado na região sudoeste do Pará, internacionalmente conhecido pelo assassinato da Irmã Dorothy Stang, amanheceu sob fortes protestos nesta terça-feira, (25) moradores de diversas localidades do município ocuparam a Rodovia BR-230 (Transamazônica). A Rodovia dá acesso à Altamira e região do Xingu, onde esta sendo construída a Hidrelétrica de Belo Monte. A manifestação parece ser fruto da febre nacional que tomaram as ruas do país. Os ativistas reivindicam da empresa responsável pela obra e operação da Usina de Belo Monte, a Norte Energia, o cumprimento de diversas condicionantes previstas para as áreas de saneamento e meio ambiente no município. Reivindicam também que o DNIT reveja o contrato de pavimentação da Transamazônica (trecho Anapu) com a Empresa Tork Engenharia, sobre a qualidade da obra, aja visto que o asfalto entregue o ano passado já apresenta desgaste e deterioração. Somando as populações urbanas da cidade, o agricultoress reivindicam ao INCRA e ao IBAMA, a regularização fundiária, eletrificação rural, kits agrários, instalação de UTI no hospital municipal.





Castanhal - município localizado na região nordeste do estado à 63 quilômetros de Belém. recebeu com força total os  protestos de estudantes da UFPA e Uepa e IFPA, com apoio dos movimentos sociais como o Sintepp. Os estudantes se concentraram na Praça do Cristo. Pela principal avenida da cidade, os manifestantes não cansavam de mostrar os cartazes e faixa pedindo melhorias na saúde, educação e infraestrutura. Ao chegar em frente a prefeitura da cidade, os estudantes cantaram o hino nacional e ficaram sentados nas duas pistas da principal avenida da cidade. Um grupo de estudantes foi ao gabinete da prefeito Paulo Titan, mas foi informado que ele não estava. Os estudantes queriam entregar pessoalmente a pauta de reivindicações ao prefeito e deram 30 minutos para que ele aparecesse. Como Paulo Titan não chegou a tempo, os estudantes  ocuparam a prefeitura. Os manifestantes tomaram todo o prédio e ficaram cantando palavras de ordem. Até as 13h o prefeito Paulo Titan não foi ao encontro dos estudantes, o vice prefeito Milton Campos recebeu a pauta de reivindicações e prometeu que segunda feira, o líder do executivo irá se reunir com os estudantes.



Paragominas - fica no nordeste paraense, cerca de 500 pessoas participaram. Estudantes, professores e sociedade civil organizada, participaram pacificamente da manifestação em apoio aos protestos nacionais. De rosto pintado nas cores da bandeira do Brasil, eles deram início a uma caminhada de quase 3 quilômetros ao som do hino nacional, percorrendo ruas da cidade.
Nos cartazes eles pediram melhorias no transporte público, saúde, educação e transparência nos royalties arrecadados com a mineração no município. Esta foi a primeira vez que a comunidade foi às ruas da cidade em busca de melhores condições de vida. Cerca de 50 homens da Policia Militar, agentes de trânsito e do Corpo de Bombeiros fizeram a segurança dos manifestantes.


BAGRE - moradores que protestaram contra o racionamento de energia no município marajoara de Bagre na noite da última quarta-feira, ouve enfrentamento e a prefeitura, a Câmara Municipal, a usina de energia que abastece a cidade e a casa do prefeito Cledson Rodrigues foram depredados. Até um ônibus escolar foi alvo. Apesar dos ataques ninguém saiu ferido da manifestação, que foi contornada por policiais militares de Bagre e do município vizinho de Breves.

Marabá - município localizado no sudeste do estado. Protestos somaram cerca de 4 mil pessoas. Próximas manifestações estão marcadas para os dias 28/06 e 30/06. Abaixo coloco as frase marcantes do ato.

 Política – “Brasil 100 corrupção!”.
“Que país é esse? É o novo Brasil”.
“Muda, porque quando a gente muda, o mundo muda com a gente”.
“Não adianta manifestar como um leão, se na hora de votar, vota que nem um jumento”.
“Jogaram mentos na geração Coca-Cola”.
“Não à PEC 37”.
“Presidência do congresso não é pra ladrão: FORA RENAN”.
“Hey, corruptos o Brasil acordou para tirar o sono de todos vcs”.
“Sai do x-videos. #vemprarua. Cadê os 500 Km, Salame?”
“Para quem vai servir a redução da maioridade? Pare e pense”.
Airton Souza: “A educação de qualidade manda lembranças #Marabá-Pa”.
“Educação sim. Corrupção não”.
“Queria fazer um cartaz maz a diuma não deu educassão”.
Religião – “Eu e você, podemos sarar Marabá. #Oremos”.
Saúde – “Coloca os 0,20 centavos no SUS”.
Transporte – “Precisamos de mais transporte para Morada Nova”
“MACONHA, legalize já!”.
“Que a lei seja revista, já. Cada mototáxi tenha seu próprio auxiliar”,.
“Queremos + educação. Redução da menoridade penal é violação de direito, é tapar o sol com a peneira”.
“Mais Saúde e Educação, menos copa e corrupção”.







TUCURUÍ - foi realizado o 1º Ato de Protesto contra a Corrupção. A passeata foi em defesa da população de todo o país e, em especial, pelas grandes dificuldades pelas quais o município atravessa.
Cerca de cinco mil pessoas participaram do protesto, de forma pacífica. Caminharam 6 km até os prédios da Câmara, Prefeitura e da Promotoria de Justiça do Ministério Público de Tucuruí.
Os manifestantes centraram fogo na revogação do aumento da passagem de ônibus.


BREU BRANCO - os manifestantes começaram a chegar em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de Breu Branco. Com faixas e cartazes, e entoando palavras de ordem “Acorda Breu Branco”, aos poucos foram se concentrando no local. O idealizador da manifestação é o professor Eleazar Carrias.




CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA - no início da noite de quarta-feira (19) estudantes, lideranças jovens, representantes populares fizeram um grande manifesto pela cidade.
O protesto iniciou na praça da Bíblia e percorreu as principais vias urbanas, com parada em frente à Prefeitura Municipal. A manifestação terminou no Estádio Carecão, onde estava prevista a abertura de um evento esportivo. 


terça-feira, 25 de junho de 2013

Em Anapu (PA) moradores protestam na Transamazônica



Por Walter Santos
Anapu, município localizado na região sudoeste do Pará, internacionalmente conhecido pelo assassinato da Irmã Dorothy Stang, amanheceu sob fortes protestos nesta terça-feira, (25) moradores de diversas localidades do município ocuparam a Rodovia BR-230 (Transamazônica). A Rodovia dá acesso à Altamira e região do Xingu, onde esta sendo construída a Hidrelétrica de Belo Monte.

A manifestação parece ser fruto da febre nacional que tomaram as ruas do país. Os ativistas reivindicam da empresa responsável pela obra e operação da Usina de Belo Monte, a Norte Energia, o cumprimento de diversas condicionantes previstas para as áreas de saneamento e meio ambiente no município. Reivindicam também que o DNIT reveja o contrato de pavimentação da Transamazônica (trecho Anapu) com a Empresa Tork Engenharia, sobre a qualidade da obra, aja visto que o asfalto entregue o ano passado já apresenta desgaste e deterioração. 

Somando as populações urbanas da cidade, o agricultoress reivindicam ao INCRA e ao IBAMA, a regularização fundiária, eletrificação rural, kits agrários, instalação de UTI no hospital municipal.

Com informações do Jornal Altamirense
Foto: Messias Publicidades

A questão não está nos 20 centavos

Artigo de João Cláudio

 
Está em dois pontos:

I.            No método das decisões públicas e seus resultados de baixa qualidade.
II.            Na injusta relação de poder estabelecida na sociedade que subordina a cidadania ao poder econômico.
Diante do “Movimento dos Indignados” que com pluralidade e autonomia tem levado às ruas do país milhões de brasileiros, e de tudo o que significam é preciso que avancemos efetivamente na construção de novas referências políticas e econômicas para a gestão pública e a sociedade brasileira.
Nesta quinta(20.06), fui testemunha privilegiada do diálogo entre representantes dos “indignados” e o prefeito de Macapá, Clécio Luis. E, pude entender bem melhor do que se trata, a partir do que proponho o que segue. Mas antes, registro aqui o alto nível do diálogo que presenciei, de ambas as partes.
Com relação ao primeiro ponto, não há o que tergiversar, se trata da Reforma Política.
E a primeira conclusão necessária é a de que a reforma que é preciso não há como ser obra dos políticos, estes são produto cultural de uma sociedade orientada pelas referências que agora estamos questionando.
Quer seja a corrupção, quer seja a não participação da sociedade no espaço público que tolhe o, democrático e necessário, exercício do Controle Social sobre o Estado, estão enraizadas na cultura política da Sociedade que vem se reeducando para a democracia, a pluralidade, a tolerância e a igualdade de direitos.

Contudo, de fato, ao mesmo tempo em que nos reeducamos enquanto Sociedade, desvalorizando o esperto, o que fura a fila, o que cola na prova, o que paga propina etc, é preciso institucionalizar novas regras para um novo jogo democrático.
Neste contexto, proponho a reflexão das seguintes propostas para a Reforma Política:
1)      Fortalecer as ações que apresentam a Reforma Política como Lei de Iniciativa Popular no Congresso.
2)      Promover Audiências Públicas Independentes que promova o debate de que Sistema Político que queremos, por rua, por bairro, por escola etc.
3)      Estabelecer mecanismos de Controle Social sobre as decisões e suas implementações, organizando Processos Decisórios Participativos, principalmente sobre PPA, LDO e LOA´s. E, Grupos Abertos de Controle Social sobre Obras e Serviços.
4)      Maximizar a transparência sobre decisões e implementações(orçamento e execução) com a utilização de portal, redes sociais e SMS que chegue a todos os indivíduos através de aplicativos que tenham download livre e já venham em todos os computadores e celulares.
5)      Instituir Grupos Abertos de Controle Social sobre Mandatos Públicos sejam do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Cada cidadão com direito de acompanhar um mandato.
6)      Instituir o Direito de Desvotar. Ao longo do mandato, o eleitor poderá retirar o voto dado, a qualquer momento, por mecanismo eletrônico criptogravado com senha sob posse do eleitor. Senha gerada no ato do voto, cada eleitor só poderá desvotar no mandatário que tenha votado. Caso o número de votos retirados de um parlamentar, por exemplo, o deixe com menos votos que seu suplente, será automaticamente substituído por ele.
Com relação ao segundo ponto, sobre as Relações de Poder que se propagam microscopicamente na Sociedade, tanto na relação do indivíduo com instituições e empresas, quanto entre os indivíduos, a fala da presidenta Dilma apresentou uma síntese interessante, disse ela “os interesses da cidadania devem estar acima dos interesses do poder econômico”.
Questão que nos remete, mais uma vez à nossa reeducação como Sociedade. Nos propondo que repensemos o nosso papel na economia, que tenhamos consciência, quer como empreendedor, quer como consumidor – que todos e todas somos.
Fico imaginando, por exemplo, se o Movimento dos Indignados propusesse um mês sem comprarmos em shoppings e supermercados, apenas em feiras, mercearias, costureiras e demais empreendimentos populares.
Fico imaginando outras possibilidades, que só dependem de nós mesmos, como:
1)      Adotar uma prática de consumo principalmente dirigida aos empreendimentos populares e organizados em cooperação horizontal, promovendo, nós mesmos, a necessária distribuição de renda que o país precisa para ser justo.
2)      Organizar grupos e cooperativas de consumo para auferir ganhos de preço, em escala, e qualidade social dos produtos para que não financiemos, com nosso consumo, o trabalho infantil, uso de agrotóxicos, exploração dos trabalhadores etc.
3)      Promover uma reforma financeira, fazendo valer a Lei da Usura(cobrar no máximo 1% ao mês de juros sobre empréstimos) que se aplica ao cidadão comum sob pena de ser enquadrado como agiota, também sobre os bancos e demais instituições do Sistema Financeiro Nacional.
4)      Regulamentar o preceito constitucional do Imposto sobre grandes fortunas
5)      Promover a diferenciação das alíquotas de imposto de renda para que o sistema tributário brasileiro seja progressivo, ou seja, justo – paga mais quem ganha mais.
6)      Incentivar, com a universalização de assistência técnica e financiamento com juros negativos, as estruturas produtivas em solidariedade horizontal, comprovadamente que praticam os princípios cooperativistas de Rochdale.
Ao debate.
Grato

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Central Sindical convoca greve geral para 27 de junho

Por Walter Santos, Belém

Acompanhando a onda de manifestações por todo o país a Central Sindical e Popular CSP Conlutas liderada pelo ex-candidato a presidência da República José Maria de Almeida, o Zé Maria do PSTU, convocou seus sindicatos a paralisar a produção nesta quinta 27 se juntando a onda de protestos quem tomam as ruas das principais capitais.
Segundo Zé Maria suas reivindicações são objetivas como a redução dos investimentos na Copa 2014 e ampliação de recursos para saúde, educação, habitação, reforma agrária, além da elevação de salários e redução da jornada de trabalho, afirmou a Folha.
A CSP CONLUTAS é uma central relativamente nova mas de atuação muito importante no estado do Pará, como por exemplo nas campanhas salariais dos operários da construção civil da região metropolitana de Belém, nas greves dos trabalhadores das obras da hidroelétrica de Belo Monte, servidores federais e professores.
Os líderes da central no Pará ainda estudam como organizarão no estado as manifestações. Cleber Rabelo (PSTU) que é vereador da capital e líder sindical afirma que a entrada dos trabalhadores nas manifestações será muito importante para a ampliação das conquistas e massificação dessa luta ao restante da população. 
''É uma ótima oportunidade para reinvindicar mudanças e soluções dos problemas que os trabalhadores e o povo pobre passa todos os dias no trabalho, no transporte, nos hospitais e nos bairros.'' Afirma Cleber.
Abaixo foto de Zé Maria.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

NOTA OFICIAL SOBRE DEMISSÃO DE JORNALISTAS



A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) vêm a público repudiar a demissão coletiva de jornalistas nos jornais O Liberal e Amazônia, das Organizações Romulo Maiorana, iniciada na noite da última terça-feira, 18. Cinco jornalistas já perderam os empregos até às 13 horas desta quarta-feira, 19. Pelo menos duas dessas profissionais tinham mais de 20 anos de serviços prestados àquela empresa, com uma delas prestes a se aposentar. As demissões continuam.

A presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, procurou a empresa na mesma noite que iniciaram as dispensas, em busca de informações, e obteve como resposta que a motivação seria a contenção de despesas, na mesma esteira da prática capitalista odiosa de grandes jornais e editoras do país. Foram negadas informações sobre os critérios para o corte, o número de profissionais a serem atingidos ou o período em que durará as demissões. O Sinjor-PA está em contato com TODOS os jornalistas demitidos, conforme vão ocorrendo os cortes, para manifestar solidariedade e oferecer apoio jurídico. A orientação é para que os jornalistas atingidos façam a rescisão no sindicato.

É inadimíssivel que empresas, especialmente de grande porte, como as ORM, continuem cortando a própria carne para justificar a redução de gastos, enquanto os donos expandem negócios paralelos em grande escala, tal como no setor imobiliário, ao mesmo tempo em que se vêm envoltos em escândalo por suspeita de sonegação fiscal.

FENAJ E SINJOR-PA


FENAJ E SINJOR-PA