Acabo de receber a informação de que o Pará pode estar perdendo os
investimentos da mineradora Vale no Instituto Tecnológico Vale - ITV, o
que seria uma perda irreparável para o estado.
Segundo me foi confidenciado, por gente gabaritada, a motivação da Vale seria o seu descontentamento com o governador Jatene, fruto da imposição da tal taxa sobre a atividade mineral recém criada pelo governo e que atingirá fortemente a empresa. Ainda segundo essa fonte, a Vale estaria prestes a aprovar em seu Conselho de Administração a referida paralisação desses investimentos.
Segundo me foi confidenciado, por gente gabaritada, a motivação da Vale seria o seu descontentamento com o governador Jatene, fruto da imposição da tal taxa sobre a atividade mineral recém criada pelo governo e que atingirá fortemente a empresa. Ainda segundo essa fonte, a Vale estaria prestes a aprovar em seu Conselho de Administração a referida paralisação desses investimentos.
É lamentável que fatos como estes estejam ocorrendo, pois o ITV, se
instalado, contará com cerca de 300 profissionais do seu quadro próprio e
visitantes, entre os quais pesquisadores e professores brasileiros e
estrangeiros doutores e pós-doutores. Serão investidos cerca de R$ 162
milhões na construção do centro.
Como se pode notar, trata-se não só de uma perda de investimento, mas, principalmente de uma oportunidade ímpar de trazer para Belém uma importante instituição de pesquisa, geradora de Ciência, Tecnologia e Inovação, como afirma o diretor-presidente do ITV, Dr. Luiz Mello:
Como se pode notar, trata-se não só de uma perda de investimento, mas, principalmente de uma oportunidade ímpar de trazer para Belém uma importante instituição de pesquisa, geradora de Ciência, Tecnologia e Inovação, como afirma o diretor-presidente do ITV, Dr. Luiz Mello:
“O ITV de Belém será um centro de excelência, com referência internacional, que vai projetar a imagem de Belém como um grande pólo de ciência e tecnologia brasileiro”
Ademais, o projeto do ITV de Belém é assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, ganhador, em 2006, do Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. Totalmente sustentável, prevendo reuso de água e redução do consumo de energia, o projeto buscou reproduzir as construções ribeirinhas, típicas da Amazônia brasileira.
Faço esse alerta para chamar a atenção da bancada do PT na Câmara
Federal e na ALEPA, pois, esse ITV é mais um dos grandes legados
deixados pelo governo do PT no Pará, já que foi a ex governadora Ana
Júlia a grande responsável pela sua vinda, através dos investimentos
feitos na construção do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, que tem
sido responsável pela implantação em Belém de várias instituições de
pesquisa no estado, dentre as quais o próprio ITV.
Contudo, dada a grande incapacidade do governo Jatene em negociar com a
Vale, já que, ao que parece, toda relação entre o governo do Pará e a
Vale é cercada de interesses obscuros, fica aqui o apelo para que alguém
possa intervir a favor do Pará nesse imbróglio e consiga remediar essa
decisão da Vale.
O Pará não merece mais esse golpe, fruto da estupidez de agentes
públicos e privados que não tem compromisso com o desenvolvimento do
estado e sim com seus próprios interesses. Lamentável !!
Abaixo, republico dois artigos sobre o ITV, para que todos possam dimensionar o importância dessa postagem.
Palafita da tecnologia segue o ritmo das águas
16/02/2012 | Notícia | Revista Projeto Design - Fevereiro de 2012
Organização sem fins lucrativos constituída pela Vale, a maior empresa privada da América Latina, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) terá sua base paraense implantada a partir de projeto de autoria do arquiteto Paulo Mendes da Rocha (FAU/Mackenzie, 1954) em conjunto com o escritório Piratininga Arquitetos. Suspensa sobre o rio Guamá, a edificação está sendo construída no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, próximo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Em 2009, ao criar o ITV, a Vale informou que o instituto deveria tornar-se polo gerador e difusor de conhecimento tecnológico. Em meados do ano passado, o plano da empresa era implantar três desses centros, em Minas Gerais (dedicado A mineração), São Paulo (orientado para energia) e Pará (voltado ao desenvolvimento sustentável). Até 2013, segundo a mineradora, seriam investidos 500 milhões de reais nas unidades. No pólo de Belém, cuja licença ambiental para a construção foi concedida em novembro de 2011, devem trabalhar até 400 pessoas, cerca de 50 delas pesquisadores com doutorado e pós-doutorado.
O projeto na capital paraense incorpora técnicas associadas à sustentabilidade, como, por exemplo, o reúso de água e a redução do consumo de energia.
Um de seus aspectos mais significativos, porém, resulta da percepção que os autores tiveram do movimento das águas do rio Guamá, a margem do qual o ITV se situa. As construções ribeirinhas do tipo palafita indicaram aos arquitetos a melhor forma de implantar o conjunto - a assessoria de comunicação da Vaie, Mendes da Rocha observou que o projeto submete-se ao fenômeno das águas que sobem e invadem áreas de floresta.
A edificação foi concebida com componentes metálicos. "As estruturas de
aço ficarão suspensas, numa construção a seco, e poderão ser
transportadas pela estrada já em peças claramente configuradas,
industrializadas, sem necessidade de técnicas tradicionais de
edificação, envolvendo o consumo de água, pedra e cimento", discorreu a
arquiteto. O corpo da edificação ficara elevado sobre o Guamá,
interferindo minimamente no meio ambiente local, em reconhecimento ao
regime hídrico. "Com essa implantação, todo o recinto se transformará em
um peculiar museu de preservação ambiental", previu Mendes da Rocha.
O arquiteto compara a solução estrutural a um convés de navio que, em vez de flutuar na água, fica suspenso no ar. Além do bloco reservado a pesquisas e estudos - "um edifício longilíneo, com eixo na direção norte-sul", descreve o arquiteto José Arménio de Brito Cruz (FAU/USP, 1984), responsável pelo projeto no escritório Piratininga, do qual é um dos sócios o ITV contará com um prédio de estacionamento, cujos andares mais elevados serão reservados para instalações administrativas da mineradora. A premissa dos autores foi que a construção tocasse o solo o mínimo possível: são 14 pares de pilares dispostos a cada 20 metros; de lado a lado o vão é de 30 metros, com balanços de dez metros.
Os autores previram um andar técnico para receber as instalações que chegam as áreas de ensino e pesquisa por shafts verticais. A previsão da Vale é inaugurar o ITV em 2014.
Ficha técnica
Instituto Tecnológico Vale para o Desenvolvimento Sustentável
Local: Belém, PA.
Data do início do projeto: 2009
Área do terreno: 140.000 m²
Área construída: 40.000 m²
Arquitetura: Paulo Mendes da Rocha
Desenvolvimento: Piratininga Arquitetos Associados - José Armênio de Brito Cruz (responsável pelo projeto); Fabiana Stuchi (coordenação); Antonia Moscoso, Bruno Salvador, Júlia Gouvea e Marlon Longo (equipe)
Estrutura de concreto, aço, fundações, climatização, instalações eletroeletrônicas, hidráulicas e processos: Progen.
Gerenciamento de projetos: Vale
Orçamento: Nova Engenharia e Progen.
Reportagem: Adilson Melendez
Conheça mais sobre o ITV
16/5/2011
16/5/2011
Vale e Governo do Pará lançam pedra fundamental do ITV de Belém
A Vale e o Governo do Pará lançam hoje a pedra fundamental do Instituto Tecnológico Vale (ITV) de Belém, que será dedicado a pesquisas de médio e longo prazo na área de desenvolvimento sustentável. O centro contará com cerca de 300 profissionais do seu quadro próprio e visitantes, entre os quais pesquisadores e professores brasileiros e estrangeiros doutores e pós-doutores. Serão investidos cerca de R$ 162 milhões na construção do centro.
O instituto, cuja inauguração está prevista para 2013, vai ocupar uma área de 140 mil metros quadrados do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. Em outubro, o ITV estará instalado provisoriamente em um prédio, de 2,1 mil metros quadrados, também na capital paraense.
A unidade de Belém é uma das duas que o ITV está construindo no Brasil. A outra ficará em Ouro Preto (MG) e será dedicada à mineração.
“O ITV de Belém será um centro de excelência, com referência internacional, que vai projetar a imagem de Belém como um grande pólo de ciência e tecnologia brasileiro”, afirma o diretor-presidente do ITV, Luiz Mello.
O diretor do ITV paraense é o professor Luiz Carlos Silveira, médico formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), doutor em Biofísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pós-doutorado em Neurociência na Universidade de Oxford. Silveira é professor associado da UFPA, onde fundou o Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular e dirigiu o Núcleo de Medicina Tropical. Tem atuação intensa na comunidade de Ciência e Tecnologia, como membro do Comitê Assessor do CNPq e do Grupo Assessor da Diretoria de Cooperação Internacional da CAPES. “Luiz Carlos é um dos exemplos dos objetivos do ITV, que é investir nos talentos locais, paralelamente à outra estratégia, que é a de trazer pesquisadores brasileiros radicados no exterior e atrair para o país talentos internacionais”, completa Mello.
O projeto do ITV de Belém é assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, ganhador, em 2006, do Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. Totalmente sustentável, prevendo reuso de água e redução do consumo de energia, o projeto buscou reproduzir as construções ribeirinhas, típicas da Amazônia brasileira.
“Todo o projeto foi submetido ao importante fenômeno das águas que sobem e invadem áreas de floresta às margens do rio. As estruturas de aço ficarão suspensas, numa construção “a seco”, e poderão ser transportadas pela estrada já em peças claramente configuradas, industrializadas, sem necessidade de técnicas tradicionais de edificação, envolvendo o consumo de água, pedra e cimento. Suspenso sobre o Rio Guamá, o centro vai interferir minimamente no meio ambiente local, respeitando o regime das águas. Com esta implantação, todo o recinto se transformará em um peculiar museu de preservação ambiental”, explica o arquiteto.
ITV
O Instituto Tecnológico Vale é uma instituição sem fins lucrativos, concebido pela Vale. Sua missão é criar opções de futuro por meio de pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologias de forma a expandir o conhecimento e a fronteira dos negócios da Vale de maneira sustentável.
Com a iniciativa, a Vale pretende ampliar a produção de pesquisas científicas e o desenvolvimento econômico de base tecnológica no país, além de gerar e difundir novos conhecimentos para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e para a cadeia da mineração no Brasil.
Desde que foi lançado, em 2009, até agora o ITV já distribuiu mais de 100 bolsas de mestrado e doutorado. Recentemente, o Instituto fechou um convênio com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para oferecer bolsas de pós-graduação a moçambicanos em universidades brasileiras, além de convênios com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e com a EPFL (École Polytechnique Fédérale de Lausanne), da Suíça.
Outra ação inédita foi a parceria com as Fundações de Amparo a Pesquisa dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Pará, no valor de R$ 120 milhões, para fomento de projetos de pesquisa científica e tecnológica nas áreas de mineração, energia, ecoeficiência e biodiversidade e processos ferrosos para siderurgia. É a maior parceria do setor privado com órgãos públicos de fomento do país.
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