quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PARAUAPEBAS Empresa foi contratada sem licitação para auditar contas



Deu no Liberal
EVANDRO CORRÊA
Sucursal Sul e Sudeste do Pará

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) recebeu esta semana denúncias contra secretários municipais de Parauapebas, no sudeste do Pará. De acordo com a denúncia protocolada pelo autônomo Marcelo Augusto Carvalho, o servidor Célio Costa, secretário municipal de Planejamento, autorizou, sem a realização de licitação, a contratação de uma empresa de consultoria pelo valor de R$ 2,4 milhões.

Segundo o denunciante, a contratação ocorreu através de procedimento administrativo mediante inexigibilidade de licitação, sendo vencedora a empresa Magnus Auditores e Consultores Associados, com sede em Belo Horizonte (MG), para realizar a auditoria independente nas contas da Prefeitura, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP) e do Levantamento e Avaliação de Bens Patrimoniais do município.
De acordo com a denúncia protocolada no TCM, a forma de contratação da empresa, mediante inexigibilidade de licitação, afronta as normas da Lei de Licitações, uma vez que existem dezenas de empresas de auditoria e consultoria estabelecidos no Estado do Pará, capazes de realizar os serviços contratados com a municipalidade. O denunciante ressalta que o valor da contratação está acima dos preços praticados pelo mercado contábil, caracterizando superfaturamento sem precedentes. "A proposta foi apresentada no dia 2 de janeiro diretamente ao secretário Célio Costa, um dia após a posse do prefeito de Parauapebas, Walmir Mariano", diz a denúncia.
Outra irregularidade apontada pelo denunciante dá conta da contratação da empresa JBA Engenharia e Consultoria Limitada para a elaboração de projetos estruturantes e suporte na fiscalização e gerenciamento de obras.
Segundo Marcelo Carvalho, a contratação foi recomendada pelo secretário Célio Costa, também por inexigibilidade de Licitação, pelo prazo de 48 meses, pelo valor fixo de R$ 70 mil por mês, alcançando um valor total de mais de R$ 3,3 milhões. "O estarrecedor é que ao valor fixo será ainda acrescido o percentual de 4% pela execução do projeto básico e executivo e mais 6% pelo gerenciamento e fiscalização da obra executada e medida pela prefeitura", diz o denunciante, frisando que a contratação da empresa JBA Engenharia e Consultoria Ltda, que tem sede na cidade de São Paulo, implica na terceirização de todas as atividades e atribuições da secretaria de Obras.
Ao final do relato, Marcelo Carvalho pede que o TCM envie ofício ao Ministério Público do Pará, no sentido de que todas as denúncias sejam rigorosamente apuradas.

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