sexta-feira, 15 de junho de 2012

Artigo de Fabio Lima: A intransigência no Poder. " 0 governo Jatene não percebeu ainda que a greve da Adepará, põe em risco um importante trunfo político e econômico para o Estado, estamos pleiteando para todo o Estado do Pará a mudança de status sanitário, para livre de febre aftosa"

Fabio Lima
A intransigência e o autoritarismo andam lado a lado, quando se fala do governo Jatene e seus secretários, essa postura arrogante em não discutir os problemas com os servidores é típico do PSDB, desde o governo Almir Gabriel, passando pelo 1º mandato de Jatene os servidores, não conseguem manter um canal de negociação para discutir a questão salarial, junta-se a essa conjuntura a atual secretária de Administração(SEAD), Alice Viana, que tem rechaçado qualquer proposta de resolução que é apresentado a sua secretaria.
Essa política salarial impositiva, lamentavelmente desvaloriza e desestimula os trabalhadores que levam a máquina burocrática a duras penas. Paradoxalmente o governador cria 5 novas super secretarias e incrementa a folha com dezenas e centenas de novos DAS, para cumprir acordos políticos com seus aliados. Essa política incha a folha salarial e serve como argumento para justificar o aumento de quase 100 milhoes de reais na folha de pagamento em apenas 1 ano e 5 meses de governo. Diante deste cenário, resta aos trabalhadores se organizar e cobrar, usando como instrumento de pressão a paralisação e a greve, como no caso da Adepará, que desde o dia 11 de maio, seus servidores resolveram deflagrar o processo de greve.
Apresento a seguir uma série de elementos que justificam a insatisfação dos servidores da ADEPARÁ para com a sua remuneração: Hoje a Adepará é responsável pela fiscalização e inspeção de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal; o Estado do Pará tem o 5º maior rebanho bovino e o maior rebanho bubalino do país; respondemos por 95% da exportação de boi em pé para países como Líbano, Egito e Venezuela; Exportamos carne bovina para Europa, Asia, EUA e Oriente Médio; nossa produção vegetal também é expressiva, são os casos do Óleo de Palma, Cítricos, Cacau, Abacaxi, Feijão, Mandioca, Soja milho entre outras Culturas. Toda essa produção perpassa obrigatoriamente pelos programas de Acompanhamento, inspeção e fiscalização da Adepará. Por isso é injustificável termos o 2° pior salário entre todas as agencias de defesa do país. Nossa produtividade não é acompanhada pela remuneração. Um claro exemplo disso é que a o governo Jatene não percebeu ainda que a greve da Adepará, põe em risco um importante trunfo político e econômico para o Estado, estamos pleiteando para todo o Estado do Pará a mudança de status sanitário, para livre de febre aftosa com vacinação, junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento(MAPA) e também a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), órgão que avaliza os programas sanitários a nível internacional. Essa mudança de patamar sanitário significa que o Estado está cumprindo suas obrigações para com o Brasil e com o Mundo, além de abrir as portas para a implantação de frigoríficos e a indústria do setor alimentício nacional e internacional.

Nesse sentido, a pauta dos servidores é mais do que justa, “não temos a pretensão de querer um salário similar ao fiscais do MAPA, que gira em torno de R$13.000, nem ao menos estamos discutindo os maiores valores de salário base das Agencias de Defesa estaduais, que hoje é acima de R$5.000, queremos um salário digno que corresponda a importância das tarefas que executamos nesse imenso Estado”. Por isso, não abrimos mão a manter a organização e buscar aliados para sensibilizar o executivo para que entendam que a responsabilidade maior em manter o bem estar econômico, político e social e sanitário de seus cidadãos é do governador Simão Jatene.(Comissão De Greve).

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