Via Blog Jornalismo B
Não é
por acaso que, diferentemente do que é de costume, a capa desta edição
não trata diretamente de questões da mídia. A vitória de Hugo Chávez na
disputa pela presidência da Venezuela é uma conquista de todos os povos
conscientes de sua posição social, de sua condição de classe e da
necessidade internacionalista das lutas populares. Uma vitória,
inclusive, de quem trabalha pela mudança no eixo do poder midiático,
pela conquista da voz pelo povo em todos os espaços de difusão da
palavra.
Com todas as
contradições inerentes a qualquer processo de mudança, é uma revolução o
que temos na Venezuela. Se essa revolução terá prosseguimento,
aprofundamento e se irá consolidar-se, depende dos passos que virão. Mas
o empoderamento popular, a afirmação da soberania nacional com vistas à
integração entre países e povos historicamente explorados e a paulatina
mudança no eixo estatal assinam como revolucionário o processo
venezuelano construído sob inspiração do Libertador Simón Bolívar.
Essa foi a
décima terceira eleição desde que Chávez ganhou a presidência, em 1998,
entre referendos e disputas pela presidência e por outros cargos
eletivos. Venceu 12, a última com dez pontos percentuais de diferença
para Henrique Capriles, candidato de todas as oposições de direita,
nacionais e internacionais.
Enfrentando a
grande mídia internacional, os Estados imperialistas e seus
subordinados e enfrentando, como mostra farta documentação, o
financiamento da CIA a organizações da oposição interna de
extrema-direita, que chegou a aplicar um breve Golpe de Estado em 2002, o
povo venezuelano mais uma vez bateu no peito e gritou, ecoando Bolívar:
“não descansarei até que tenha libertado a minha pátria”. Gritemos
juntos.
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